domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dezoito presidentes de Assembleias têm fortuna de mais de R$ 1 milhão


Dom, 27 de Fevereiro de 2011 09:09
O acriano Élson Santiago (PP), que comanda o Legislativo do Acre, completa o ranking dos que tiveram maior evolução patrimonial.
Dados dos parlamentares declarados no Tribunal Superior Eleitoral revelam que, em quatro anos, os deputados que presidiram os Legislativos estaduais tiveram crescimento patrimonial de 52,6%; o mais rico deles, de Goiás, tem hoje R$3,7 milhões
Dos 27 deputados estaduais que comandam atualmente as Assembleias Legislativas de seus Estados, 13 apresentaram expressiva evolução patrimonial nos últimos quatro anos. Onze tiveram crescimento acima de 100%. Outros dois declararam patrimônio zerado em 2006 e entregaram certidões com valores acima de R$ 100 mil no ano passado.
Levantamento feito pelo Estado na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra ainda que 18 presidentes de Legislativos estaduais declararam ter patrimônio pessoal acima de R$ 1 milhão.
A riqueza desses 27 deputados soma R$ 37,7 mi lhões. Há quatro anos, esses mesmos parlamentares totalizavam um patrimônio de R$ 24,7 milhões em imóveis, veículos, aplicações financeiras, dinheiro guardado em casa, entre outros.
Em um mandato, o patrimônio deles cresceu 52,6%.
Entre os que apresentaram maior crescimento patrimonial, o líder é o deputado Cabo Patrício (PT), que comanda a Câmara do Distrito Federal.
O parlamentar passou de R$ 6 mil para R$ 137,4 mil em quatro anos - crescimento de 2.190%. Em seguida, aparece o novo presidente da Assembleia do Espírito Santo, Rodrigo Chamoun (PSB), que passou de R$ 63,3 mil para R$ 290 mil - ou 358,13%.
Élson Santiago (PP), que comanda o Legislativo do Acre, Gelson Merisio (DEM), chefe da Assembleia catarinense, e Marcelo Nilo (PDT), presidente da Assembleia da Bahia, completam o ranking dos que tiveram maior evolução patrimonial.
Alfredo Junqueira, O Estado de S. Paulo

USP faz campanha contra os casos de abandono de animais

PUBLICIDADE CRISTINA MORENO DE CASTRO DE SÃO PAULO 

 Quem entra na USP, no Butantã, na zona oeste de São Paulo, vê a imagem do olho de um cão e o alerta: "Abandono de animais é crime. Estamos de olho." Veja galeria de imagens Há dez anos, a universidade vem se empenhando para proteger os animais abandonados, desde que o programa USP Convive foi criado. Nesse período, a iniciativa conseguiu a adoção para cerca de 2.000 animais. Os outdoors "ameaçadores", instalados no ano passado, surtiram algum efeito: em vez de 30 cães abandonados no fim de ano, que é a época em que os casos mais ocorrem, foram cerca de dez. Mas o campus não para de receber os despejos, que são feitos por pessoas que levam os animais escondidos no porta-malas dos carros."Já deixaram até coelhos, patos, galinhas, maritacas", afirma Elizabeth Rabóczkay, uma das voluntárias que trabalham no canil-destino dos cães abandonados. Apu Gomes/Folhapress Canil da USP, que recolhe cães abandonados na Cidade Universitária; veja imagens À medida que os animais são entregues para adoção --cerca de dez por mês-- novos hóspedes recebem comida e são vacinados, castrados e vermifugados. Eles costumam ser abandonados quando já estão velhos ou doentes, e muitos morrem atropelados ou vitimados por tiros, venenos, esfaqueamentos e água quente jogada por vândalos. Quem se interessar em adotar um animal pode acessar o site "Patinhas Online" (www.patinhasonline.com.br), parceiro do programa, ou agendar uma visita ao canil por meio do telefone 0/xx/11/3091-4591.

Valorização de imóveis é maior entre os mais antigos

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 A valorização dos usados se acentua com a idade. O preço dos imóveis que foram construídos há mais de 15 anos subiu 57,4% de 2008 a 2010, segundo pesquisa do Creci-SP. Segundo o consultor Ricardo Pinto de Almeida, essa diferença para os que têm até sete anos -valorização de 31,53%- se dá porque os mais antigos têm metragem maior e estão em locais privilegiados, onde as construtoras não acham mais terreno. "Existe um perfil de comprador para cada imóvel. Há pessoas que preferem quartos maiores e decoração antiga em detrimento de uma planta pequena em um condomínio com espaço de lazer", exemplifica. Segundo as imobiliárias ouvidas pela Folha, a maioria das pessoas que buscam apartamentos com mais de 15 anos são adultos com família grande ou idosos. Já o preço costuma ser até 30% menor que o de seminovos. "A diferença [de preço] varia conforme a metragem e a localização, mas os antigos são mais baratos na maioria das vezes", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. Um dos fatores para essa diferença é o número de vagas no estacionamento. Enquanto antigos costumam ter só uma, alguns novos têm mais do que três.

UOL Tabloide -Vídeo mostra óvnis no interior de SP... ou não

Vídeo postado pelo internauta henriquebarduco no YouTube mostra um objeto voador não identificado no céu de Agudos, cidade no interior de São Paulo. Num determinado momento, o óvni solta uma luz muito forte e depois faz, supostamente, a terra tremer. Visite o UOL Tabloide

Grandes cidades nem sempre são as mais poluentes, diz estudo


Em Washington

Grandes cidades como Nova York, Londres e Xangai emitem menos poluição per capita na atmosfera que lugares como Denver e Roterdã, informa estudo divulgado na terça-feira (25).
Pesquisadores examinaram dados de 100 cidades em 33 países em busca de pistas sobre quem seriam os maiores poluidores e por que, de acordo com o estudo publicado na revista especializada Environment and Urbanization.
Enquanto cidades do mundo todo foram apontadas como culpadas por cerca de 71% das emissões causadoras do efeito estufa, cidadãos urbanos que substituíram os carros por transporte público ajudaram a diminuir as emissões per capita em algumas cidades.
Por exemplo, as emissões per capita da cidade de Denver, no oeste dos Estados Unidos, somam aproximadamente o dobro das emissões de Nova York, onde vivem 8 milhões de pessoas e na qual há um sistema de metrô amplamente utilizado.
"Isso pode ser atribuído ao fato de a grande densidade demográfica de Nova York pedir um uso menor do automóvel para a locomoção", informa o estudo.
As emissões per capita de Denver (21,5 toneladas de carbono equivalente) foram até mesmo superiores às de Xangai (11,2 toneladas), Paris (5,2) e Atenas (10,4).
As cidades chinesas são consideradas separadamente, porque têm emissões médias bem superiores ao país como um todo. Pequim, por exemplo, emite 10,1 toneladas de carbono equivalente, enquanto a China emite 3,4 toneladas.
"Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade, uma base industrial significante em muitas cidades e uma população rural relativamente grande e pobre", informa o estudo.
Com base nas emissões de gases causadores do efeito estufa pelo PIB, pesquisadores descobriram que "cidadãos de Tóquio são 5,6 vezes mais eficientes que os canadenses".
A cidade de Roterdã, na Holanda, teve uma nota ruim por conta de seu porto e por ter uma indústria forte.
"O fato de Roterdã ter um índice de emissão per capita de 29,8 toneladas de carbono equivalente versus 12,67 para a Holanda reflete o forte impacto do porto da cidade, que atrai indústrias, assim como no abastecimento de navios", afirma o estudo.
"Esse índice é similar para as cidades com aeroportos muito movimentados e enfatiza a necessidade de ver as emissões das cidades de forma cautelosa."
O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de climas frios terem emissões maiores, e países pobres e de renda média terem emissões per capita inferiores aos países desenvolvidos.
Quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, latino-americanas e africanas, descobriram emissões menores por pessoa.
"A maior parte das cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões inferiores por pessoa. O desafio para elas é manter essas emissões baixas, apesar do crescimento de suas economias."

Atenção: Provas do IFAC será neste Domingo



Neste domingo, dia 27, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC realiza seu exame seletivo dos cursos superiores para o semestre 2011.
As provas serão realizadas das 8h50 (fechamento dos portões) às 13 horas em escolas públicas nos municípios de Rio Branco, Xapuri e Cruzeiro do Sul. Foram inscritos 7.926 candidatos a 90 vagas para seis turmas de tecnólogos em Agroecologia, Logística, Gestão Ambiental e licenciaturas em Ciências Naturais com as habilitações respectivas de Biologia, Química e Matemática.
A presidente da Comissão do Processo Seletivo do IFAC, Jailene Soares, comunica que há possibilidade de ampliação da oferta para cursos superiores pela prova do IFAC se as vagas destinadas ao ingresso pelo Sistema Unificado de Seleção – Sisu não forem preenchidas. “Já realizamos três chamadas e esta semana disponibilizamos matrículas para a lista de espera”, disse.
O exame do IFAC segue a linha do Enem, com 30 questões e uma redação que visam avaliar o ensino do nível médio.
Para os que vão fazer o exame do IFAC neste domingo às orientações para os candidatos são:
  • Ler o edital 04, onde há informações sobre os conteúdos que serão avaliados;
  • Ler com antecedência o edital complementar 03/04/2011 com as orientações sobre horários e locais das provas bem como conferir o colégio e sala que fará o exame;
  • Dormir bem na noite anterior para estar com disposição para o exame;
  • Se alimentar bem antes de chegar ao local de prova;
  • Lembrar de levar documento com foto e caneta esferográfica preta;
  • Sair cedo de casa, garantindo a entrada no colégio, se possível com uma hora de antecedência (8 horas da manhã)
  • Ir ao banheiro e beber água antes do início das provas (só poderá sair da sala após uma hora após o início do exame;
  • Evitar levar equipamentos eletrônicos (celulares, calculadoras e outros) que não poderão ser utilizados nos locais das provas (nem corredores e banheiros);
  • O aluno não poderá levar o caderno de provas antes de uma hora antes do final do exame;
Os gabaritos serão divulgados no dia 01 de março de 2011.
Fonte: Ifac

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


A Chave da Boa Educação

Uma educação de elevada qualidade principia com docentes bem preparados. Mais do que o salário, o caminho é a valorização do professor.

A chave da boa educação
* por Tom Coelho

"A boa educação é moeda de ouro: em toda parte tem valor."
(Padre Antônio Vieira)

Não é tijolo que educa. Escolas podem ser reformadas e ampliadas, quadras poliesportivas construídas, computadores de última geração instalados, e ainda assim a qualidade de ensino continuar sofrível porque a chave para a boa educação está no professor.

Ser professor neste país já foi símbolo de status. Contudo, pesquisa realizada em 2009, pela Fundação Carlos Chagas, encomendada pela Fundação Victor Civita, apontou que apenas 2% dos universitários escolhem o magistério como primeira opção de carreira. Pior, os que o fazem estão entre os 30% de estudantes com pior desempenho escolar que usam a licenciatura e a pedagogia como mera porta de entrada para o nível superior, haja vista serem cursos pouco disputados.

Em contrapartida, na Finlândia, meca do ensino no mundo, para abraçar a carreira de docência o candidato deve estar entre os 20% melhores alunos. Em Cingapura, outra referência, apenas os 30% melhores são aceitos. A lição é simples: o caminho está em selecionar os professores com maior potencial, valorizá-los e extrair o máximo deles.

Neste debate, o salário sempre surge como um dogma. O detalhe é que estudos diversos, inclusive do exterior, desmistificam esta assertiva, comprovando a inexistência de uma correlação direta entre salários maiores e melhor qualidade de ensino. Mas é fato que a questão salarial exige que o profissional acumule vários empregos, tendo menos tempo para capacitação e preparação de aulas. E não se pode negligenciar que a remuneração é um forte atrativo. Afinal, um professor da rede pública, em São Paulo, atinge ganhos mensais da ordem de R$ 4.000,00, incluindo bônus por desempenho, após anos de exercício da profissão, o que representa apenas 15% da bagatela que juízes, e agora também parte do legislativo, recebe. É para fugir do magistério.

Contudo, o maior problema do corpo docente não é o salário, e sim o despreparo, a falta de vocação e interesse em lecionar, e o descrédito da categoria profissional. O Estado brasileiro fez uma opção míope pela quantidade em lugar da qualidade. Assim, valem as estatísticas de redução do analfabetismo, ainda que se formem analfabetos funcionais. Vale perseguir a meta de 30% de estudantes com nível superior, ainda que formados em universidades de fundo de quintal, que vendem diplomas a baciada, em suaves prestações mensais. Neste contexto, ensino vira negócio e, aluno, cliente.

Na Finlândia, o nível de mestrado é pré-requisito para lecionar, exceção feita à pré-escola. No Brasil, apenas 2% dos docentes no 8º ano do ensino fundamental são mestres. Na busca pela quantidade, não é possível formar adequadamente os profissionais mediante uma capacitação que transcenda o conhecimento técnico. Tal qual uma residência médica, o professor precisa de respaldo empírico em sua formação.

A valorização do professor é instrumento essencial para a melhoria da qualidade da educação. É preciso resgatar a autoridade do docente, inseri-lo em um processo de desenvolvimento contínuo, motivar os educadores a trabalharem por metas e ensiná-los a inspirar os educandos. Alunos de professores ruins aprendem mal, aprendem menos e reproduzem o circulo vicioso que já conhecemos.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de "Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional", pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

Cientistas curam doença similar à Aids em camundongos


Experimento estimulou o próprio sistema imunológico dos animais a lutar, mesmo acima do limite, contra o vírus

Por Redação Administradores, www.administradores.com.br

Cientistas australianos conseguiram banir o vírus HIV de um grupo de camudongos. O preço da 'cura', no entanto, é mais alto do que um ser humano pode pagar: os animais desenvolveram inúmeras infecções e doenças auto-imunes devido ao 'superaquecimento' do sistema imunológico.

O método utilizado não envolve antivirais. Os cientistas neutralizaram um gene que tem a função de 'apagar' a defesa do organismo para evitar danos permanentes durante um processo de eliminação de corpos estranhos fortes, como o HIV. Dessa forma, o sistema imunológico foi até às últimas consequências contra o retrovírus... e venceu. Após 60 dias, não havia mais vestígio de HIV nos camudongos.

Os efeitos colaterais, entretanto, vão de graves e recorrentes inflamações até doenças autoimunes - quando a defesa do organismo se volta contra o próprio, atacando as próprias células como se estas fossem invasoras. 

Com informações da Folha.

Saiba quais carreiras ganham com o incremento em inovação no Brasil


Profissionais ligados ao desenvolvimento, melhoria de produtos e inovação devem ser mais demandados no futuro

Investimento em inovação e design é uma das grandes apostas da indústria brasileira para competir com os produtos asiáticos e garantir competitividade mesmo em um contexto de câmbio desfavorável e alto custo de logística. Para promover essa transformação em produtos, serviços e processos nas empresas, no entanto, é necessário contar com profissionais qualificados e que entendam a dinâmica da economia internacional.

É nesta lacuna que estão inseridos os designers de produto. Antes utilizados em funções ligadas a lojas e empresas do setor moveleiro e de desenho de interiores, hoje os profissionais ganham cada vez mais espaço em indústrias ligadas à tecnologia, calçados, hospitais e eletrodomésticos.

O coordenador do curso de Desenho Industrial da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Milton Francisco, explica que, com o crescimento da economia e o desenvolvimento de mais etapas de produção industrial dos produtos dentro do Brasil, o designer ganhou espaço, mas também é mais exigido. “Claro que é importante que quem busque o curso goste de desenhar, mas também é primordial que o designer se interesse e entenda sobre gestão. É necessário que ele pense projetos conhecendo a cadeia produtiva, viabilidade técnica e econômica. Hoje, ele está inserido em uma equipe multidisciplinar”, aponta o professor.

O padrão salarial, segundo o professor, ainda está longe do ideal, mas está em processo crescente. Um profissional iniciando suas atividades recebe em torno de R$ 1.000 a R$ 1.500 mensais, mas esse valor sobe bastante em algumas organizações.

O docente da Faap alerta, no entanto, que após a formação técnica é necessário continuar se aprimorando. Para ele, um bom profissional na área de desenho de projeto é aquele que amplia constantemente seus horizontes de conhecimento, o qualificando para desenvolver diferentes ideias para públicos distintos, e, consequentemente, desenvolve acesso a mais mercados. “Ele[o profissional] precisa entender relações de psicologia, antropologia, filosofia e estar constantemente buscando bibliografia complementar para atender um mercado cada vez mais complexo”, avalia Milton Francisco.

O inovador

Outro profissional que ganha espaço com a necessidade de diferenciar os produtos desenvolvidos no Brasil para o consumo externo é o responsável pela inovação em processos, produtos e gestão. Embora não exista um cargo definido ou a exigência de uma graduação específica para quem pensa a inovação, universidades e instituições de ensino de todo País têm buscado se aprimorar para formar profissionais inovadores e preparados para promover novas soluções nas corporações.

A Unisinos (Universidade do Vale do Rio do Sinos), na cidade de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, é uma delas. Criou, em 2003, a graduação em gestão para inovação e liderança, com aulas em turno integral, grade diferenciada, aulas de inglês durante três anos, oferta de intercâmbios e até entrega de laptops para alunos. O curso, que tem mensalidades acima dos R$ 2.000, tem tido boa procura desde seu início, a ponto de motivar a abertura de novas turmas também em Porto Alegre este ano.

Para a professora de inovação do curso, Janaina Ruffoni Trez, o profissional formado pela graduação tende a ser cada vez mais demandado, já que existe uma grande necessidade de estruturar e inserir o conceito de inovação em empresas no País. “Em muitos setores ainda se inova muito pouco e, além disso, a inovação em muitas empresas ainda é intuitiva, não organizada, caótica, sem gestão ou orientação. Também é para essa realidade que olhamos no curso: não apenas de atender a demanda existente, mas de criar, estruturar e organizar departamentos de inovação em corporações”, aponta.

Engana-se quem pensa que os novos inovadores passam o curso em laboratórios de criação ou que toda essa carga horária é voltada apenas para lições de gestão. Os novos inovadores aprendem história, filosofia, economia, antropologia e até arte. “Assim, apresentamos contextos históricos, momentos e lições que ajudam a formar o lado humano do profissional. As disciplinas mais focadas em administração são ensinadas a partir do segundo semestre”, revela a professora, exaltando a necessidade de interdisciplinaridade para os futuros líderes inovadores.

Segundo a professora da Unisinos, os alunos têm conseguido boa colocação no mercado, sobretudo pela crescente necessidade de inovar na produção e nos processos em diferentes áreas. “Vemos um grande potencial para quem já está preparado para inovar em um mercado que cada vez mais procura por profissionais que saibam pensar, implantar e desenvolver processos de inovação dentro das suas realidades”.

Como atuam em diferentes áreas, mercados e possibilidades, não há um padrão salarial entre os gestores da inovação, embora o crescimento da atividade no mercado tenha estimulado o aumento dos salários médios da área. 

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Investir em atividades sustent�veis pode ajudar a combater pobreza

Conclusão consta de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma)

Por Alex Rodrigues , Agência Brasil

O investimento de 2% da atual riqueza mundial em setores que estimulem o desenvolvimento sustentável pode levar a economia global a crescer acima do limite máximo imposto pelo atual modelo econômico, ajudando no combate à pobreza e ao desperdício. A conclusão consta de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma) que contesta o argumento de que investimentos ambientais retardariam ou impediriam o crescimento econômico.


O relatório Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, divulgado hoje (21) e disponível na internet, aponta a agricultura, o setor de construção, de abastecimento de energia, a pesca, silvicultura, indústria, o turismo, os transportes, o manejo de resíduos e o abastecimento de água como áreas fundamentais para tornar a economia global mais sustentável, ou seja, que contribua para melhorar o bem-estar das populações e diminuir as desigualdades sociais, reduzindo também os riscos ambientais.


Segundo o documento que será apresentado a ministros do Meio Ambiente de mais de 100 países durante a abertura do Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente, promovido pelo Conselho de Administração do Pnuma, o redirecionamento por meio de políticas nacionais e internacionais de cerca de US$ 1,3 trilhão anuais para iniciativas sustentáveis beneficiaria não apenas os países desenvolvidos, mas principalmente os em desenvolvimento. Nessas localidades, em alguns casos, cerca de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) estão ligados à natureza ou a recursos naturais como a água potável, que se quer preservar.


O estudo indica que, atualmente, o mundo gasta entre 1% e 2% do PIB global subsidiando atividades que, a médio e longo prazo, tendem a esgotar o recursos naturais, tais como o atual modelo de agricultura, pesca e de dependência de combustíveis fósseis. De acordo com o relatório, grande parte dessas ações contribui para intensificar os danos ambientais e ampliar a ineficiência da economia global e parte dos recursos necessários para os investimentos em soluções poderia vir do que seria poupado combatendo os desperdícios.


Ou seja, a transição para a Economia Verde envolve políticas e investimentos que desassociam o crescimento econômico do consumo intensivo de materiais e energia. Como exemplo, o estudo cita o Brasil, onde a reciclagem já gera retornos de U$S 2 bilhões anuais ao mesmo tempo em que evita a emissão de 10 milhões de toneladas de gases de efeito estufa.


O Pnuma acredita que, com o estímulo de políticas públicas adequadas, mais vagas de trabalho serão criadas em nova atividades econômicas como as ligadas à produção de energia renovável e de agricultura renovável, compensando os empregos que fatalmente serão extintos devido ao esgotamento do atual modelo, caso da pesca, setor em que, segundo o relatório, subsídios de pelo menos U$S 27 bilhões ao ano acabaram por fazer com que a captura de pescados superasse em duas vezes a capacidade de reprodução deles.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Resumo sobre o Panorama da violência urbana no Brasil



A violência social que ocorre no Brasil e se expressa nos indicadores epidemiológicos e criminais a partir de eventos letais e não letais tem demonstrado uma magnitude e uma intensidade sem precedentes, maiores até do que as observadas em países em situação de guerra.
As taxas de mortes por causas violentas nos principais centros urbanos brasileiros estão entre as mais altas do continente americano, expressando uma tendência de crescimento que desde a década de 1980 vem se acentuando. Dados do Ministério da Saúde informam que o Brasil passou de 59,0 mortes por causas externas (acidentes e violências) por 100 mil habitantes na década de 1980, para 72,5 em 2002. Países da Europa Ocidental têm taxas inferiores a 3 mortes intencionais por 100 mil habitantes e os Estados Unidos encontram-se na faixa de 5 a 6 mortes intencionais por 100 mil habitantes.
Vários estudos no país têm mostrado que a violência afeta a população de modo desigual, gerando riscos diferenciados em função de gênero, raça/cor, idade e espaço social. Ademais, as taxas de mortes violentas só refletem a ponta de um enorme iceberg cuja magnitude dos eventos não letais é ainda muito maior, mesmo se considerando a existência de sub-registros.
Apesar de ser um fenômeno visivelmente mais intenso nas áreas urbanas de maior densidade populacional, acumulando cerca de 75% do total das mortes por causas externas, estudos recentes revelaram um outro processo que se desenvolveu na sua dinâmica, ao qual alguns autores denominam interiorização da violência. Esta decorre, entre outras causas, do percurso do tráfico de drogas em municípios do interior de vários Estados brasileiros, alguns dos quais produzindo-as e outros atuando como corredor para o seu transporte.
A sobremortalidade masculina é uma manifestação também observada em outras sociedades. Entretanto, é relevante a intensidade com que a violência vem dizimando pessoas do sexo masculino em nosso país, com sérias conseqüências na estruturação econômica, social e familiar, principalmente em relação aos adolescentes e adultos jovens nos quais se concentram as maiores taxas de homicídios.
Esse problema vem despertando a curiosidade de vários pesquisadores que têm abordado a questão do gênero para compreender as intrincadas relações entre juventude, masculinidade e violência.
A necessidade de buscar explicações para compreender a onda de violência que assola as cidades brasileiras mostra que é preciso trabalhar na interseção das teorias da exclusão social, do crime organizado e do quadro institucional e cultural em que a criminalização do uso de drogas se insere no Brasil.
Fatores como o desemprego, a desestruturação familiar, o sentimento de frustração e uma busca desenfreada de padrões sociais apresentados como possíveis em um mundo de consumo se acirram principalmente nos grandes centros urbanos e contribuem para a delinqüência e a violência.


Extraído do artigo: Panorama da violência urbana no Brasil e suas capitais
Autores : Edinilsa Ramos de Souza 1
Maria Luiza Carvalho de Lima 2