terça-feira, 31 de maio de 2011

Quão pioneiro você é?

Se fizermos uma reunião em seu escritório e discutirmos feeds RSS, computação em nuvem ou hashtags do Twitter, qual é a probabilidade de você nos olhar com cara de interrogação?


Por Bettina Büchel, Revista Administradores
Das mídias sociais aos iPads, as novas tecnologias estão mudando a forma como os consumidores interagem com as marcas. Clientes insatisfeitos rapidamente expõem suas mágoas com o produto no Facebook, Twitter e outros canais de mídias sociais. Como os executivos conseguem entender o feedback de seus clientes se nem conhecem estes meios? E como podem programar limitações de uso destes meios aos funcionários para evitar catástrofes sem compreender de verdade como funcionam estas ferramentas? Os executivos também precisam entender o valor dos canais de mídia social e as novas tecnologias em termos de ferramentas de marketing e geradores de receita.

Ao implementar ideias pioneiras, nenhum executivo deve se sentir isolado. Estamos passando por uma transição de gerações, em que diferentes grupos têm diferentes tipos de perspectivas. Executivos entre 30 e 40 anos de idade cresceram com uma infraestrutura de TI, e-mail e internet, e adaptaram-se facilmente às novas tecnologias web 2.0. Enquanto isso, executivos na casa dos 40 conheceram a tecnologia tarde na universidade ou no início de suas carreiras, mas a maioria tem se adaptado bem.

Agora, é a faixa etária dos acima de 50 a mais desfavorecida. Eles foram obrigados a aprender e a usar novas tecnologias bem mais tarde em suas carreiras e, compreensivelmente, passaram pela maior curva de aprendizagem na adoção de novas tecnologias. Em termos do pioneirismo em tecnologia, cada grupo tem algo valioso para compartilhar entre si. Ser pioneiro é muito mais do que apenas dominar e aplicar novas tecnologias. Líderes pioneiros de todos os níveis, sejam de uma empresa, unidade de negócio ou área, devem inspirar um espírito coletivo de mudança, desafio e ação se quiserem ter sucesso duradouro.

    Cristian Baitg/ iStockPhoto    
         
     Seja como for sua estratégia, você deve ser pioneiro     


Direcione a mudança

A tecnologia oferece muitas ferramentas que ajudam a disseminar a informação, mas ela por si só não cria um "buxixo" nem inicia a mudança. Ter atitude é muito importante parar inspirar mudança em uma organização e líderes sempre recorrem à sua própria paixão para criar um ambiente propício para tal.

Quanto mais energia positiva e paixão demonstrar ao apresentar a mudança, maior será seu índice de sucesso ao inspirar os envolvidos. Por outro lado, é difícil direcionar a mudança se você não está apaixonado pela ideia. Antes de levar adiante qualquer ideia nova, você deve se perguntar se realmente acredita nela ou mesmo buscar informações certas que irão convencê-lo de que a mudança vale a pena. Nossa paixão pessoal muitas vezes direciona as melhores mudanças.

Suplicy: Palocci ganhou R$ 1 mi para assessorar fusão

31 de maio de 2011 | 9h 59
 
AE - Agência Estado
O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ganhou R$ 1 milhão para trabalhar como consultor de um processo de fusão de empresas, disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Ainda conforme o parlamentar, o valor foi revelado pelo próprio ministro na reunião com a bancada do PT e a presidente Dilma Rousseff na semana passada.
Palocci pediu para fazer uma exposição sobre os negócios de sua empresa, a Projeto, nos anos de 2006 a 2010, quando seu patrimônio cresceu de forma exponencial. Sem citar nomes de clientes, Palocci disse que a Projeto tinha três áreas de atuação: palestras, consultoria econômica e assessoria de empresas em processos de fusão.
Segundo o relato de Suplicy, o ministro afirmou que, em relação a fusões, os contratos tinham taxa de sucesso. Ou seja, Palocci receberia mais dinheiro se a união de empresas fosse referendada pelos órgãos de controle e se mostrasse um bom negócio. No caso citado pelo ministro, a expectativa era de que recebesse entre R$ 2 e R$ 3 milhões, mas, como ele teve de fechar a área de consultoria da Projeto em dezembro do ano passado, o valor ficou mais baixo.
"Na medida em que se realizasse a fusão e se verificasse sucesso em seus resultados, ele (Palocci) poderia ter um rendimento maior. Ele citou um exemplo que ele poderia ter recebido entre R$ 2 e R$ 3 milhões, mas, como teve de fechar a consultoria, acabou concluindo o negócio por R$ 1 milhão", disse Suplicy.

Dano respiratório mata mais no País

Ligada ao cigarro, doença respiratória obstrutiva crônica (DPOC) tem mortalidade acima da média no Brasil, apesar da queda do fumo                                                       31 de maio de 2011 | 0h 00

Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
 
Apesar da queda no número de fumantes nos últimos anos, o Brasil ainda registra casos de mortalidade por doença respiratória obstrutiva crônica (DPOC) associada ao cigarro acima da média mundial.
Marcos de Paula/AE–14/8/2009
Marcos de Paula/AE–14/8/2009
Dano. Dos mortos por DPOC no País, 80% dos homens e 60% das mulheres são fumantes; índices mundiais são de 50% e 20%
Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que será divulgado hoje durante o evento em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco, aponta que oito em dez homens e seis em dez mulheres que morrem de DPOC no País fumam. A média mundial de mortalidade nesses casos, segundo o Inca, é de cinco em cada dez homens e duas em cada dez mulheres.
A DPOC é uma doença progressiva crônica e incapacitante, que pode se manifestar como bronquite ou enfisema pulmonar. Em 90% dos casos, o enfisema é causado pelo cigarro, que gera inflamação nos brônquios e destrói os alvéolos e o tecido pulmonar. Com o tempo, a pessoa perde a capacidade de respirar normalmente - a troca gasosa fica debilitada. Estima-se que de 6% a 7% da população com mais de 40 anos tenha o problema.
Além disso, o Inca estima que 1 milhão de brasileiros, jovens ou idosos, convivem com alguma doença respiratória crônica associada ao ato de fumar. Essas enfermidades representam hoje a terceira causa de mortalidade por doença no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos cânceres.
Para Ricardo Henrique Meirelles, pneumologista da Divisão de Controle de Tabagismo do Inca, uma das hipóteses para explicar a mortalidade tão alta por DPOC entre os fumantes é a demora da doença para se instalar e demonstrar sinais, como falta de ar, tosse crônica e sensação de não estar conseguindo respirar.

"A gente sabe que a DPOC está diretamente associada ao tabagismo. Mas ela é uma doença de progressão lenta, demora uns 20, 30 anos para se instalar. Por isso, ainda estamos lidando com a mortalidade de pessoas que começaram a fumar há mais de 30 anos", diz Meirelles. Ele acredita que, em alguns anos, a tendência é diminuir essa mortalidade.
Para a psiquiatra Renata Cruz Soares de Azevedo, coordenadora do Programa de Prevenção ao Uso Indevido de Substâncias Psicoativas da Unicamp, outro fator que pode explicar a alta mortalidade por DPOC é a falta de diagnóstico precoce na rede.
"Quando o paciente chega à rede para fazer tratamento, já está com a doença instalada e em estágio avançado. Isso dificulta o tratamento e eleva a mortalidade", avalia a psiquiatra.
Dificuldade de acesso. Renata afirma que a dificuldade de acesso na rede pública a programas de tratamento para parar de fumar e a falta de acesso aos medicamentos necessários também são fatores que podem interferir na dificuldade em parar de fumar e, consequentemente, na progressão da doença.
"Parte dos pacientes atendidos pela Unicamp, por exemplo, precisa pagar pela medicação usada. Em geral, o tratamento custa R$ 40 por semana e dura pelo menos três meses", diz.
Segundo Meirelles, do Inca, 610 municípios do Brasil oferecem tratamento antitabágico pelo SUS - em 2009, cerca de 26 mil pessoas participaram. No Estado de São Paulo, no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), 2 mil pessoas são tratadas por ano.
Tratado. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realiza hoje um evento em que o tema será a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado internacional assinado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para implementar políticas de redução do consumo de cigarro em todo o mundo.
Uma das prioridades é implementar políticas para reduzir o tabaco entre as mulheres. Isso porque o número geral de fumantes como um todo caiu no Brasil, mas, entre as mulheres, ele se mantém estável - 12,7%. "O Inca está realizando uma pesquisa para entender melhor essa dinâmica e orientar políticas específicas para as mulheres", diz Tânia Cavalcanti, responsável pela implementação do tratado no País.

Para Ciro, interferência de Lula no caso Palocci foi um erro

31 de maio de 2011 06h51

Antonio Palocci. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Palocci enfrenta denúncias por suposto enriquecimento anormal
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB) criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela "interferência" na crise que envolve o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, pressionado após a divulgação de que teria multiplicado seu patrimônio por 20 vezes em um período de quatro anos. "O Lula tem (cometido) esse equívoco. Na minha opinião, ele cometeu um erro. Se ele quer ajudar, (que) faça isso pelo telefone, discretamente", disse Ciro, em entrevista concedida na segunda-feira ao portal cearense Jangadeiro Online. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Na avaliação de Ciro, a viagem de Lula a Brasília na semana passada, para articular a defesa de Palocci, "liquida com qualquer capital político que a (presidente) Dilma (Rousseff) possa e deva acumular". O ex-deputado federal defendeu Palocci, ao afirmar que "deve haver para ele a presunção da inocência". Mas cobrou explicações. "Estou aguardando, porque não é razoável que não haja explicações", disse.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ANÁLISE-Setor imobiliário vê sinal amarelo e desacelera


Por Vivian Pereira
SÃO PAULO (Reuters) - Após forte crescimento nos últimos anos, o setor imobiliário começa a dar indicações mais fortes de desaquecimento, pressionado, sobretudo, por preços altos, desaceleração da demanda e ritmo menor de lançamentos.
O sinal amarelo acendeu já no primeiro trimestre deste ano, quando construtoras e incorporadoras apresentaram dados de vendas e lançamentos bem abaixo dos vistos em 2010.
Mais recentemente, o Secovi-SP, sindicato que representa o setor em São Paulo, divulgou uma queda de 61,8 por cento nas vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista em março contra um ano antes e recuo de 16,2 por cento sobre fevereiro.
"Redução do crédito, aumento das taxas de juros e migração de investimentos em poupança para outros com retorno maior têm contribuído para um arrefecimento da demanda", afirma o economista e professor de Finanças da BBS Business School, Ricardo Torres.
Mais otimista, o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, disse à Reuters na ocasião da divulgação dos dados de março que a queda foi pressionada por questões sazonais. "O primeiro trimestre sazonalmente é o que vende menos e esse ano foi agravado pelo Carnaval no início de março. A comparação anual também é muito dura. No primeiro trimestre de 2010 o país vivia uma euforia total."
Somado a isso, a segunda fase do "Minha Casa, Minha Vida", que ainda não saiu do papel, vem pesando sobre a demanda, principalmente a da população de baixa renda. De fato, há um ano, o programa habitacional do governo era citado pelo mercado como o principal motor de crescimento do setor.
"Isso (paralisação do programa) causa represamento. Quem depende do subsídio para comprar um imóvel vai aguardar", assinala o analista Wesley Bernabé, do BB Investimentos.
"As empresas colocaram o pé no freio em lançamentos em meio à discussão de aumento de preços (dentro do programa) e o setor já vem sofrendo pressão de custos. Hoje uma parcela representativa do mercado ficou em 'standby'", diz o analista Marcos Pereira, da Votorantim Corretora.   Continuação...
Sarney diz que impeachment de Collor foi acidente


Agência Brasil

BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira (30) que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo foi apenas um “acidente” na história do Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor, que atualmente é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, disse o presidente do Senado.


Sarney foi perguntado sobre a exclusão do impeachment dos painéis que contam a história do Senado desde o Império. Os painéis foram remontados e recolocados hoje – em substituição aos anteriores – no chamado “Túnel do Tempo” da Casa. “Não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que foram os que construíram a história e não os que de certo modo não deveriam ter acontecido”, completou o senador.


O trecho que conta a história do processo sofrido por Collor – que foi aberto pela Câmara dos Deputados e votado pelo Senado – já havia sido retirado do Túnel do Tempo do Senado em 2007, um dia antes de Collor tomar posse como senador. Posteriormente, o episódio foi recolocado nos painéis que ficam no corredor que liga o prédio principal ao anexo, onde estão as salas das comissões.


O ex-presidente da República não chegou a ser cassado pelo Senado porque renunciou ao seu mandato momentos antes da votação no Congresso. Apesar disso, Collor foi condenado pelos senadores e teve seus direitos políticos suspensos. Em 2007 se elegeu senador por Alagoas.


Crise com Palocci ficou “no passado’, diz presidente em exercício

30/5/2011 13:14,  Por Redação - de Brasília
Palocci
Dilma e Temer se despedem na Base Aérea de Brasília
Os conflitos no Norte do país, com a morte de três militantes em prol de causas ambientais, provocaram uma reunião do comando político do governo, nesta segunda-feira, coordenado por Michel Temer, presidente da República em exercício e um dos principais negociadores do novo Código Florestal, na Câmara e no Senado. Com a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Montevidéu, no Uruguai, Temer se reuniu na qualidade de comandante-em-chefe das forças de segurança do país com a direção da Polícia Federal, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e demais ministérios ligados ao setor.
Na reunião, Temer disse aos participantes, segundo fonte presente ao encontro, que os atritos com o ministro-chefe da Casa Civil, AntonioPalocci, há cinco dias, agora são coisas “do passado” e discussões de trabalho não deixam sequelas. Na semana passada, Temer e Paloccitiveram uma áspera discussão por telefone. A razão foram as disputas entre PT e PMDB, exacerbadas durante a negociação e votação do Código Florestal na Câmara. Na tentativa de garantir o apoio do PMDB, que acabou não ocorrendo, Palocci telefonou ao vice e ameaçou demitir todos os ministros da sigla.
– A conversa foi tensa, admito que subi o tom, falei alto mesmo, mas quem me conhece sabe que não sou de falar palavrões – afirmou Temer.
Em telefonema a Temer, na tarde deste domingo, Dilma teria externado seu desagrado com a dimensão que o caso ganhou e, segundo teria afirmado ao interlocutor, “essa história toda é muito ruim e precisa acabar logo com isso”. Em resposta, ouviu do vice-presidente que ele estaria disposto a acertar a situação e que tem conversado bastante com Palocci e que o caso não tem a importância conferida pela imprensa conservadora do país.
– Há muita intriga de ambos os lados (PT e PMDB) – reclamou.
Em entrevista aos setoristas do Palácio do Planalto, no entanto, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reconheceu a gravidade da crise com o PMDB, agravada com o bate-bota entre o vice-presidente da República e o ministro-chefe da Casa Civil. Quanto às notícias de enriquecimento suspeito de Palocci, Carvalho espera que ele se manifeste publicamente nesta semana.
– O pior que pode acontecer agora é o governo parar – pondera.
O esforço a partir de agora é de pacificação para a votação do Código Florestal e para evitar a instalação de uma CPI no Senado para apurar o crescimento do patrimônio de Palocci. A dissidência do PMDB pode ser decisiva. Palocci é coordenador político do governo e pivô de uma crise no governo, após a divulgação no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo sobre a multiplicação do seu patrimônio em 20 vezes, ao longo de quatro anos, com um faturamento em sua empresa, a Projeto, de R$ 20 milhões em 2010, durante o ano eleitoral.
Na manhã desta segunda-feira, Temer e Dilma se despediram na Base Aérea, antes do embarque para Montevidéu e posaram para fotos, nas quais aparecem sorridentes.

Autoridades buscam apoio para sucessor do FMI

Autoridades buscam apoio para sucessor do FMI

Renato Carvalho
 
Rio de Janeiro - Dois candidatos ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional  (FMI) estarão com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta semana, para pedir o apoio do Brasil. Hoje a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, terá um almoço com Mantega e depois será recebida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O Brasil será o primeiro país a ser visitado por Lagarde após o anúncio oficial da sua candidatura. Na quarta-feira, será a vez do presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, ser recebido por Mantega. Ele teve uma primeira conversa com o ministro por telefone. O governo brasileiro ainda não revelou quem apoiará.

Ao mesmo tempo, o governo brasileiro começa a pressionar para que os países ricos adotem algum tipo de controle de saída de capitais para países emergentes. Carlos Cosendey, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, afirma que a questão é muito complexa para que só os países desenvolvidos pensem nela. Os representantes do FMI também admitem o problema, mas dizem que não há soluções definitivas. "Hoje existem cinco ferramentas para controle de capitais, mas há poucos anos eram só duas, o que mostra a complexidade da questão. E não conseguimos chegar a nenhuma solução definitiva neste seminário", afirma Nicolás Eyzaguirre, diretor do FMI. A grande conclusão foi que os países emergentes vão continuar adotando soluções individuais, já que não há, por enquanto, receita única para brecar a especulação vinda dos países ricos, mesmo depois de diversas discussões na última semana em evento no Brasil.

Polícia de Rondônia identifica suspeito pela morte de ambientalista

Da Redação cidades@eband.com.br

A Polícia Civil de Rondônia identificou um dos suspeitos pela morte do líder do (Movimento Camponês Corumbiara), Adelino Ramos, o Dinho. Ele foi morto na manhã de sexta-feira, em Vista Alegre do Abunã, no distrito de Extrema, em Porto Velho.

Segundo a polícia, as investigações tentam apurar se houve participação de terceiros. As equipes da capital auxiliam nas investigações e na busca pelo suspeito. Os Estados do Acre e Amazonas também reforçaram o policiamento nas fronteiras para que se possa prender o investigado.

Dinho foi morto três dias depois da morte de um casal de extrativistas no Pará. De acordo com a CPT (Comissão Pastoral da Terra), Dinho estava vendendo verduras que produzia no acampamento onde vive quando foi assassinado a tiros por um motociclista.

O agricultor vinha sofrendo ameaças por denunciar a ação de madeireiros na divisa entre os Estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Junto com outros trabalhadores sem terra, Dinho reivindicava a criação de um assentamento da reforma agrária na região.


Redator: Marielly Campos

Profissionais autônomos têm dificuldades de lidar com o negócio e cometem erros

Para autor do livro "Empreendedores Esquecidos", autônomos esquecem que são empreendedores

O sonho de muitos profissionais liberais é abrir o próprio escritório de advocacia, o escritório de contabilidade, o consultório médico. Tudo parece simples: ganha-se com o que o negócio render. Para o professor de administração e autor do livro “Empreendedores Esquecidos”, Fábio Zugman, a conta não é bem essa.

 Ele alerta os profissionais liberais esquecem que também são empreendedores: precisam lidar com pessoas, adotar decisões sobre dinheiro e atrair e reter seus clientes. “Realmente, não há necessidade de alguém formado atuando na sua área ficar aprendendo teorias de outro segmento. A não ser que o profissional tenha uma curiosidade pessoal por administração, a maioria dos profissionais quer saber o que funciona”, avalia Zugman.
 E pelo fato de muitos profissionais autônomos não se interessarem em saber como administrar bem o seu negócio, eles acabam cometendo erros que podem por fechar o sonho de ser o dono do próprio nariz.

Os erros mais comuns
O professor lista como erro mais comum o fato de os profissionais confundirem atividade profissional com pessoa física. “É normal muitos profissionais liberais confundirem o dinheiro da empresa com o seu próprio, correndo o risco de se perder na contabilidade. É preciso manter um controle financeiro separado, no mínimo para saber quanto se está ganhando e gastando com a atividade profissional, e não errar na hora de pagar imposto”, aconselha Zugman.
Outro ponto com que os profissionais autônomos costumam pecar é em relação aos limites entre trabalho e vida pessoal. “Como a profissão faz parte da identidade dessas pessoas, é comum que a vida pessoal e profissional se atrapalhe. É preciso organizar para manter os limites e não deixar apenas o profissional tomar conta”.
 No mundo dos negócios, ser bom não é o bastante. É preciso entender que o cliente, muitas vezes, é leigo com relação ao assunto do qual trata o profissional. “Por isso, é importante oferecer sinais de que o seu serviço vale a pena. Do local de atendimento à apresentação do profissional, o modo de se colocar com o cliente, a forma como o atendimento é finalizado e a cobrança é feita, uma infinidade de detalhes é usada pelos clientes para decidir se um profissional é bom ou ruim”, afirma.

Sendo um empreendedor
Para aproveitar o bom negócio, os profissionais autônomos devem ficar atentos a alguns pontos que podem fazer a diferença. A começar pelo planejamento financeiro e do tempo. “Estabelecer rotinas é importante. Possuir processos bem organizados faz uma boa diferença na qualidade de um serviço”, afirma o professor.
Ele explica que processos bem estabelecidos evitam desperdícios e economizam tempo. “Deixe as decisões rotineiras em piloto automático”. Outro ponto é com relação a determinadas atividades. “A cada atividade realizada, avalie se vale mais a pena investir seu tempo e conhecimento no assunto ou contratar um especialista”, aconselha Zungman.
O professor reforça que os profissionais autônomos devem ficar atentos não apenas em ser bons no que fazem, mas também em saber conquistar clientes. “É útil formular cada etapa como uma pergunta: como um cliente em potencial descobre que você existe? Como ele marca um horário? Onde é atendido? Como é esse atendimento? O que acontece depois? Todos os detalhes devem ser pensados para criar uma experiência positiva ao cliente”.

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Recolocação profissional no século XXI

Por Marcos Morita
Tenho provado nestes últimos meses, a transformação provocada pela internet na busca de uma recolocação profissional. Já imaginava muitas mudanças, desde o tempo em que domingo era dia de procurar emprego nos classificados dos jornais. Quatro ou cinco cadernos, literalmente recheados de ofertas, cuja leitura consumia todo o dia. Entre procurar, grifar, recortar, etiquetar e envelopar os currículos batidos à máquina, já era hora de dormir.

Segunda, dia de levá-los ao correio ou enfrentar filas, já que alguns empregadores preferiam desta maneira. Quinta ou sexta chegavam os primeiros telegramas, levando-se em consideração o tempo médio de entrega das cartas e o fato de que não havia ainda telefones celulares.

Estávamos nos anos oitenta e início dos anos noventa, época de mercado fechado, no qual o termo globalização era ainda algo distante. Profissionais pós-graduados e com inglês intermediário eram raros e disputados pelas multinacionais, num tempo em que empresa nacional era considerada como segunda opção.

Muita coisa mudou desde então. Somos hoje um dois países que mais recebem investimentos externos, além do fato de que muitas das melhores empresas são hoje brasileiras. Esta combinação tem atraído diversos profissionais que abandonaram o país em busca da tão sonhada globalização em cidades como Nova York ou Londres. Bem formados, com mestrado e cursos de especialização nas melhores universidades do mundo, hoje eles disputam vagas no Brasil à distância, monitorando oportunidades disponíveis na web.

Nota-se também que as vagas migraram para outras plataformas. Empresas e headhunters utilizam suas próprias páginas, redes sociais específicas ou sites de empregos para divulgar suas vagas - esquecendo muitas vezes os jornais. Diversos agregadores surgiram com a finalidade de classificá-las por cargo, salário e localidade, facilitando o trabalho de busca.

Há ainda algumas redes sociais específicas para o mundo corporativo, as quais passam longe dos congêneres Facebook e Orkut, em termos de objetivo e comportamento. Hoje o Linkedin é a que mais se destaca, com mais de cem milhões de usuários. Seu crescimento no Brasil foi bastante interessante em 2010, atingindo o percentual de 430%.

Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados na hora de procurar um emprego pela internet. Confira:

Currículo online: Ao preencher um currículo via web seja detalhista, listando os diferentes cargos ocupados, mesmo que na mesma empresa. Concentre-se nas principais realizações, enfatizando os principais resultados atingidos.

Coloque os pontos mais relevantes de sua carreira no sumário, o qual levará ou não a leitura do restante de seu perfil. Não se esqueça das palavras-chaves, essencial na era das buscas.

Redes sociais: Filie-se a grupos aos quais tenha alguma afinidade, tais como empregadores atuais e antigos, instituições de ensino, executivos em busca de recolocação, assim como assuntos relacionados ao seu campo de trabalho. Veja os assuntos e o comportamento dos membros, antes de postar suas mensagens.

Foto: Tanto no currículo, quanto nas redes sociais, é importante ter cuidado com as fotos. Como se trata de algo profissional, evite compartilhar fotos do último churrasco ou viagem de férias. Prefira algo mais adequado a sua ocupação profissional. Terno e gravata e tailleur são opções bem seguras.

Efeito Spam: Evite enviar e-mails e convites de maneira indiscriminada, procurando sempre algum contato em comum que possa apresentá-los.
Indicações: Faça-as de maneira honesta, somente para aqueles em que você realmente coloca a mão no fogo. Lembre-se que você é quem estará exposto.

Para solicitá-las, a recíproca é verdadeira. Chefes, pares, subordinados, fornecedores, clientes e até professores podem ser boas referências.

Ética: nunca confunda o propósito pelo qual entrou em uma rede profissional. Assim, mensagens carinhosas, comentários sobre a última festa ou balada devem ser deixadas para outras redes sociais. Vale também salientar que muitos recrutadores e headhunters costumam "pesquisar" os candidatos.

Por fim, quero salientar que a próxima fase será sempre o contato pessoal, seja ele em forma de dinâmicas de grupo ou entrevistas. Transparência, objetividade, sinceridade, vestimenta e comportamento continuam e continuarão a ser avaliados como nos tempos do velho jornal de domingo. Uma boa dica neste caso é perguntar aos mais velhos, cuja experiência não pode ser adquirida na web ou em sites de busca.

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Silvio Santos vai vender o Baú da Felicidade

Intenção é fazer negócio num prazo entre 60 e 90 dias 

Adnews

Silvio Santos já acionou o mercado para se reerguer, depois da fraude bilionária que tirou o Panamericano de suas mãos. O apresentador começou a se desfazer de algumas das 30 empresas que compõem o Grupo Silvio Santos, uma delas, a cara do dono, é o Baú da Felicidade.

Em entrevista a Marina Gazzoni, do portal iG, o vice-presidente do grupo, Lásaro do Carmo Junior, confirmou que o plano de reestruturação inclui a venda do Baú, assim como da Braspag, passada para a Cielo nesta semana por R$ 40 milhões. "Queremos focar em apenas três segmentos que nos interessam", afirmou.

Os segmentos, no caso, são comunicação, consumo e capitalização, nos quais a holding está presente com a Jequiti Cosméticos, com o SBT e 13 emissoras de televisão e com a Liderança Capitalização (que controla a Tele Sena).

A intenção é fazer negócio com o Baú num prazo entre 60 e 90 dias. Espera-se que a saída da empresa faça com que o grupo chegue a uma receita de R$ 2,3 bilhões ainda este ano. Quem conduz as conversas é o Bradesco BBI.

O Baú foi comprado por Santos em 1958, antes do nascimento do SBT. E atualmente é uma rede deficitária, dona de 137 lojas espalhadas por São Paulo e Paraná.

Marketing: novos conceitos e as mesmas conversas

Você já deve ter escutado centenas de denominações de marketing. Inclusive, muito se fala que vivemos uma revolução na área. Mas será que essas transformações não são apenas repaginadas de algo que já vem sendo dito há décadas?



Por Fábio Bandeira de Mello, Revista Administradores
Pense rápido... O que é mais importante em uma estratégia de marketing para uma empresa?

Muito provavelmente você tenha dito os lucros, ou fazer clientes fiéis, talvez tenha pensado nos tradicionais 4Ps (Praça, Preço, Promoção e Produto), ou até mesmo em ser reconhecido pelos consumidores. Caso ainda não tenha reparado, todas essas opções citadas acima são fundamentais e visadas em qualquer campanha há décadas. O verdadeiro sucesso dessas ações está, justamente, em aliar o máximo delas para satisfazer as necessidades dos consumidores.

Só que a capacidade que os profissionais de marketing têm de inventar palavras novas para descrever antigos conceitos é crescente. A prova está na seção de livros de negócios encontrada em qualquer grande livraria. Marketing one to one, de relacionamento, viral, boca-a-boca, direto, de permissão, pessoal, Cauda Longa, 1.0, 2.0, 3.0, marketing de guerrilha e, sem dúvida, essa lista não para por aqui. Essas variações costumam aparecer em livros internacionais, escritos por uma infinidade de novos gurus, mas que, devidamente estudados, são muitas vezes repetições sobre o mesmo tema.

Para a professora de Marketing Nelci Moreira, da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), um exemplo desta constatação está nas escolas de marketing norte- americanas. "Um professor da Harvard Business School, obrigado a publicações acadêmicas para preencher sua cota, solicita como tarefa a seus alunos que visitem uma determinada empresa para elaborar um case. Posteriormente, publica um artigo sobre o assunto. Por aqui, professores passam a escrever novos artigos com base no publicado por Harvard, gerando aulas, citações dos cases e logo alguém na mídia se utiliza desses jargões. Daí, para fazer parte de novos livros fica faltando pouco. Rapidamente estas ideias se misturam e são geradas novas, prejudicando, inclusive a nossa publicação científica, que fica repleta de pseudo-pesquisas", assegura Nelci.

    Montagem sobre foto de James Steidl/iStockPhoto    
       
    Não faltam teorias no marketing querendo reinventar a roda    


Aula na mercearia

O marketing de relacionamento é um desses exemplos que vem sendo apontado como a atual tendência do mercado. Mas essa está longe de ser uma prática realmente inovadora, muito pelo contrário, ela é tão antiga quanto o próprio comércio. Um exemplo disso é a mercearia do Seu Francisco, na cidade de Abaeté, no interior de Minas Gerais, que já está há três gerações com a família. Francisco nunca teve problema com freguesia, sabia o nome de todos os clientes e sempre que conseguia, batia um "dedinho de prosa" ou tomava um cafezinho com os frequentadores. Para os moradores próximos, a mercearia tornou-se essencial e, apesar de não ter a grande variedade de produtos e promoções dos supermercados, as compras do mês eram sempre feitas ali.

"A busca em atender a necessidade do consumidor sempre foi algo imperativo ao marketing. Não há nada de novo nisso. Quem atendesse melhor a necessidade dos consumidores teria mais clientes fiéis", explica o professor de Marketing da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Nicolau André.

De acordo com ele, "a grande diferença, no entanto, é que cada vez mais empresas estão entendendo que o consumidor não compra um produto apenas pela razão, mas pelo bom atendimento, atenção e, principalmente, por alcançar seu lado emocional". Dessa forma, grandes organizações estão aprendendo que atender como a mercearia do Seu Franciso pode fazer toda diferença.

Reclamações e virais sempre existiram

Eduardo Carvalho tinha 17 anos quando comprou sua primeira câmera fotográfica. A aquisição, porém, não foi uma de suas melhores experiências. Menos de um mês depois da compra, o aparelho parou de funcionar. Consequência disso foi ele comentar com seus amigos a contra-indicação daquela marca. Esses contatos se espalharam para outras pessoas, o que fez possíveis compradores desistirem do produto. O detalhe desse fato tão corriqueiro é que aconteceu no final da década de 70.

Muitas teorias de marketing recentes apontam que os consumidores de hoje são mais exigentes e, agora, fazem questão de falar isso em sites de relacionamento. Mas a questão é que as pessoas sempre reclamaram ou recomendaram produtos e serviços através dos tempos. "

"O boca-boca é a mais velha mídia do mundo. Apenas as redes sociais, ligadas na internet com conectividade, amplificaram e facilitaram o fenômeno desse relacionamento interpessoal", indica Renato Marchetti, professor do programa de doutorado em Administração da PUC-PR. Para ele, as novas plataformas originadas na convergência tecnológica permitiram ampliar a dimensão de velhos costumes.

A inovadora Cauda Longa do século 19

Imagine a possibilidade de comercializar milhares de produtos sem os clientes precisarem sair de casa. Ali teriam desde as mercadorias mais procuradas e desejadas, até aquelas que dificilmente estariam numa loja tradicional pela pouca demanda. A grande variedade de produtos e a não necessidade de vendedores em uma loja física se tornariam os impulsionadores desse comércio.

Não, não estamos falando do e-commerce e nem tão pouco da badalada Teoria da Cauda Longa que indicou essa linha de negócios com a internet. Trata-se de um catálogo que fez muito sucesso ainda no final do século 19. "No catálogo da Sears (Wish Book) havia cerca 200 mil itens com descrições e cerca de seis mil ilustrações. Era um tipo de compra postal que barateava o produto em mais de 50%, levando em consideração os custos de expedição", declara Nelci Moreira, da UNISUL.

Para a professora, a essência do modelo de comércio da Sears com a Amazon de hoje, por exemplo, é a mesma. "A grande mudança foi as novas plataformas, que substituíram o catálogo, primeiro pelo computador com a internet e, agora, com celular e tablets."

Nem Kotler escapa

Uma outra teoria que está sendo bastante comentada são os argumentos expostos no Marketing 3.0 de Philip Kotler, considerado uma das maiores autoridades mundiais do marketing. Ela vem influenciando a forma de as empresas se comportarem diante do consumidor. Mas, até o próprio 3.0 não se trata realmente de um novo formato do marketing, apontam estudiosos da área.

Alice Barreto, mestranda em Administração pela UFPB, acredita que Philip Kotler traz novos rótulos para antigas teorias. "Ele tem um papel relevante para estudantes em nível de graduação e gestores pelo acesso a um livro mais didático, com denominações mais entendíveis. No entanto, não se pode caracterizar de fato como evolução da área, em um contexto amplo de desenvolvimento de novos conceitos e teorias", salienta Alice. "Inclusive, o próprio Kotler já trabalhou essas definições de marketing social e marketing para sociedade em um livro da década de 70", complementa.

" A professora Nelci Moreira vai mais longe. Para ela, a questão é que Philip Kotler é um excelente produtor de manuais e transformar isso em novos jargões para o marketing foi uma forma de ganhar notoriedade. "Vamos esperar pelo Marketing 4.0 que será exigido pela aplicação da nanotecnologia e pelo marketing 5.0, uma possível exigência de mudanças radicais ocasionadas pela troca de ciências como suporte de velhos produtos", cogita.

Velhas ideias e novas inspirações

Professores da área são quase unânimes: tantas terminologias para rebatizar velhas ideias com cases mais atualizados são importantes para que novos interessados no assunto reinventem e adaptem ações de marketing. "Muitos livros recentes trazem uma leitura atualizada do que está acontecendo. Isso facilitar entender as ações atuais e ajuda a criar novos programas e abordagens", indica o professor Nicolau André, da FGV.

Para o professor Renato Marchetti, "o livro é um meio para difusão de conhecimento e as editoras sobrevivem de sua venda. Portanto, não há nenhum pecado nisto. Essas propostas representam fontes de inspiração. O importante é não se perder no meio de tantas ideias e novas perspectivas. O foco principal do marketing é o cliente, independente de como o chamamos".

Nesse sentido, nota-se que, apesar de tanto gurus e escritores do marketing atual não terem descoberto a pólvora, conseguiram deixá-la numa embalagem bem mais bonita. Isso é ruim? Claro que não! Empreendedores, estudantes e professores agradecem.

Então, o que há de novo?

O cenário corporativo precisa estar preparado. Por isso, as ações das empresas estão constantemente se adaptando para atender a nova era digital, as múltiplas plataformas e os recentes valores agregados das pessoas.

A sustentabilidade empurra as questões climáticas. A globalização dos mercados e a tecnologia acentuam a necessidade de uma revisão do marketing tradicional. Fala-se hoje em consumo consciente e discute-se com maior profundidade as questões do descarte de produtos, energia limpa e a presença de uma legislação cada vez mais rigorosa e atuante sobre os desvios da conduta ambiental.

De acordo com o professor Renato Marchetti, todas essas variáveis compõem o novo ambiente de marketing. "As empresas deverão se adaptar a este novo cenário como se adaptaram a outras rupturas do passado, como os processos de produção e distribuição em massa no inicio do século 20, a revolução nos meios de transporte e da comunicação."

Nesse sentido, apesar de poucas mudanças drásticas na essência do marketing, tudo se tornou mais intenso, veloz e responsável. O resultado disso? Simples. Olhar para o passado nunca se mostrou tão importante e relevante para a construção das ações do presente e futuro do marketing. 

Esta matéria foi publicada originalmente na revista Administradores nº 1. 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

VENCIMENTO DA CARTEIRA DE HABILITAÇÃO.


NOVAS REGRAS:
A carteira só pode ser renovada durante o prazo de no máximo 30 dias após o vencimento da mesma.
Após este prazo, a carteira é cancelada automaticamentee o condutor será obrigado a prestar todos os exames novamente: psicotécnico, legislação e de rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou carteira. Esta lei não foi divulgada, e muitas pessoas já perderam suas carteiras de habilitação e terão de repetir todos os exames. 
Fiquem atentos quanto ao vencimento de sua CNH.
Fora a multa, para tirar novamente a CNH fica por volta de R$ 1.200,00 e leva + ou - de 2 a 3 meses. As mudanças começaram a valer no dia 1º de ABRIL de 2011.Serão incluídos novos conteúdos, além de uma nova carga horária. 
O Diário Oficial da União (DOU) publicou (22/11/2009) uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que altera as regras para quem vai tirar a carteira de motorista. 
Entre as mudanças está a carga horária do curso teórico que vai passar de 30 para 45 horas aula e a do prático, de 15 para 20 horas aulaSerão incluídos novos conteúdos.
ALÉM DISSO: Providenciar com urgência a retirada do plástico do extintor. Mais uma regulamentação sem a devida divulgação! O extintor de fogo obrigatório do carro tem que estar livre do plástico que acompanha a embalagem. 
Se um policial rodoviário parar seu carro e verificar que o extintor está protegido pelo saco plástico, ele vai te autuar – 5 pontos na carteira e mais R$ 127,50.

Milagre da multiplicação de bens


Após Jesus Cristo ter realizado o milagre da multiplicação dos pães, foram os ex-governadores Orestes Quércia, de São Paulo e Newton Cardoso, de Minas Gerais os próximos a repetir o mesmo milagre, quando foram capas da revista Veja, em razão do patrimônio adquirido num determinado tempo que só mesmo por milagre. Esse recorde que envolve patrimônio astronômico em curto espaço de tempo foi quebrado agora por Antonio Palocci. Como deputado federal, em quatro anos, o genial ministro conseguiu aumentar por 20 tudo que sua capacidade permitira construir por toda sua vida.
Essa notícia foi trazida pelo jornal Folha de São Paulo no ultimo domingo, dia 15 de maio de 2011, ao relatar que o ministro declarara um patrimônio de 375 mil quando fora candidato em 2006. Trata-se da declaração de bens à Justiça Eleitoral, que é obrigatória e feita pelo próprio candidato. Durante o mandato, o então deputado federal  arrecadou 974 mil em salários. Sem notícia de quanto gastou por mês, no fim do mandato o ministro conseguiu comprar dois imóveis, num total de sete milhões e meio de reais.
Intrigante é que o novo rico já é reincidente em casos embaraçosos de grande repercussão. Quando era prefeito de Ribeirão Preto, fora acusado de fraudes em licitação, acompanhado pelos assessores Roberto Buratti, Ralf Barquete e Vladimir Poleto. Depois foi acusado de determinar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, por ter confirmado a presença do ministro em festas com seus ex-assessores numa mansão de Brasília. Não houve punição em nenhuma, como sempre ocorre no Brasil quando os acusados são pessoas em destaque.
De novo e como sempre, todas as autoridades já disseram que não há nada a fazer. Será que elas teriam a mesma resposta e fariam defesa tão rápida se essa genialidade de multiplicação de bens, na mesma proporção, viesse de um cidadão comum?
Nada se quer demais. Apenas que o ministro diga o óbvio: de onde veio o dinheiro. Ele enriqueceu quando exercia uma função pública. Na imprensa faltou comparação com outras empresas de todos os portes, para ver quantas empresas teriam multiplicado o patrimônio.
Diria às autoridades que mereceria investigar pelo simples fato de ser impossível alguém multiplicar por 20, em quatro anos o patrimônio adquirido em toda uma vida de mais de 50 anos. Essa história merece tanto crédito quanto a de um amigo que queria me convencer ter feito uma viagem de carro de Salvador a São Paulo em duas horas; sem maiores explicações.
Nesse episódio inexplicável, o mais chocante é que todos os defensores ferem princípios de direito. Sem nenhum conhecimento ou explicação, todos fazem a defesa prévia do ministro genial. Como a presidenta prometeu acabar com a miséria do país num período idêntico ao enriquecimento de Palocci, lhe recomendaria que tomasse uma dessas medidas: que utilizasse o método Palocci no desenvolvimento do país, e não só acabaria a miséria, como tornaria o Brasil num país de milionários, ou obrigasse o ministro a publicar uma cartilha ensinando o milagre da multiplicação a todos os brasileiros. Se como deputado conseguiu 20 vezes, é de se indagar quantas vezes aumentará durante os quatro anos na Casa Civil, de tão péssima fama, depois de José Dirceu e Erenice Guerra, esta escolhida por Dilma Rousseff. É fato que Palocci se supera na arte de aprontar a cada cargo público. Seu milagre é de matar Jesus Cristo de inveja.
 Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP        Bel. Direito

Vice-prefeito de Campinas é preso ao desembarcar em São Paulo

Redação SRZD | Nacional | 27/05/2011 06h47
O vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), foi preso na noite desta quinta-feira assim que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele era tido como foragido da Justiça desde a última sexta-feira.

Vilagra é suspeito de estar envolvido em esquema de fraudes em contratos públicos investigado pelo Ministério Público. Ele estava passando as férias na Espanha e está na listagem das 20 pessoas que tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça a pedido da Promotoria.

Logo que tomou conhecimento da decretação da prisão, Demétrio disse, através de um microblog, que planejava antecipar a viagem, mas depois corrigiu a informação por meio dos advogados de defesa, alegando estar em grupo de excursão e, devido a isso, não poderia regressar antes.

Jornal do Brasil - País - Vaccarezza: para Dilma, Código é "página virada" na Câmara

Jornal do Brasil - País - Vaccarezza: para Dilma, Código é "página virada" na Câmara

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como aceitar (bem) um "não" no trabalho?

O fato é que ouvir um "não" tem um forte peso para muitos profissionais. Mas nem sempre precisa ser assim. Dá para encarar bem a situação

 Quem nunca ouviu um “não” na vida? Na trajetória profissional, as negativas também são bem comuns. E, assim como na vida pessoal, nem sempre são levadas numa boa. O fato é que ouvir um “não” do líder a respeito de uma ideia ou pedido de promoção ou mesmo de um colega de trabalho tem um forte peso para muitos profissionais. Mas nem sempre precisa ser assim.

“Claro que essa aceitação da negativa não é fácil, mas um feedback negativo faz parte do nosso processo de construção profissional”, ressalta a psicóloga, orientadora vocacional e analista de Carreiras da Veris Faculdades, Paula Souto Sanches. “É um momento de reflexão, porque somos suscetíveis a erros, e também é uma oportunidade de aprendizado”, diz.
“Na verdade, interpretamos uma negativa da forma que queremos”, afirma o consultor de Coaching da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Jonas Tokarski. “Tanto o 'não' como o 'sim' são palavras curtas, mas que têm um poder extraordinário”, avalia o especialista, que ainda completa dizendo que, no mundo corporativo, é difícil encontrar quem encare bem essa negativa.

Por que é tão difícil aceitar
O fato de muitos profissionais sentirem dificuldades em aceitar uma negativa não é de hoje. Na verdade, conforme explicam os especialistas consultados, esse comportamento faz parte do DNA latino-americano. “Na nossa história, muito da cultura que temos foi importada de povos que nos colonizaram”, considera Tokarski.
Por conta dessa histórico, para o especialista, o “não” no mundo moderno tem uma carga muito negativa. “Geralmente, o profissional leva para o lado pessoal, se acha perseguido e o resultado é que ele passa a não trabalhar como antes e a produtividade cai”, explica.
No campo mais afetivo, Paula explica que adultos que tiveram todos os pedidos concedidos durante a infância têm mais chances de terem dificuldades de aceitar um “não”, ao passo que aqueles que tiveram uma infância marcada por negativas têm mais facilidade nessa aceitação. “Ele acaba entendendo melhor e enxerga o 'não' como um desafio”, explica.

Como encarar a negativa
Por mais difícil que possa parecer, encarar a negativa de uma maneira positiva só contribui para o seu desempenho profissional. Encarar o “não” de cara amarrada só desperta desmotivação, que pode prejudicar nos resultados finais. “Sem contar que a imagem do profissional pode ficar prejudicada, porque o comportamento está relacionado à maturidade dele”, diz a psicóloga.

Antes de encarar o “não” de uma maneira negativa, os especialistas ressaltam que ele não está atrelado ao fracasso. “É preciso entender os motivos que levaram o gestor a dizer o 'não'”, avalia Tokarski. Dessa forma, antes de simplesmente aceitar a negativa, questione o líder ou quem a deu sobre os motivos desse resultado.
“Quando ele encara de uma forma positiva essa negativa, o profissional fica mais motivado a acertar depois, a se superar e passa a ter uma visão maior sobre o seu trabalho”, explica Paula.

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Base contraria governo e aprova emenda polêmica

DA REDAÇÃO 25/05/2011 07h45

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Foto: Divulgação
Foi aprovada na madugada desta quarta-feira (25) pela Câmara dos deputados, por 273 votos a favor, 182 contra e duas abstenções, a emenda 164 do novo Código Florestal, principal ponto de divergência entre o governo federal e os parlamentares.
Eles aprovaram a emenda três horas depois de votar a favor do texto-base do projeto do novo Código Florestal, legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais.
A emenda 164, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), estende aos estados o poder de decidir sobre atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente (APPs). O governo federal é contra a proposta.
A emenda 164
A emenda 164, na visão dos governistas,  pode abrir uma brecha para que os estados anistiem agricultores que já ocupam áreas de preservação.
Durante toda a discussão da proposta, ministros e o líder do governo afirmaram que a presidente Dilma Rousseff não vai admitir a anistia de desmatadores. Ex-ministros do Meio Ambiente que estiveram com a presidente nesta terça também disseram que ela manifestou a intenção de vetar.
A presidente Dilma Rousseff já antecipou que não vai aceitar a anistia de desmatadores. Os agricultores que desenvolvem culturas nessas regiões poderiam ser punidos pelo governo federal. A bancada do estado de Santa Catarina, por exemplo, estima que cerca de 80% das propriedades cultivadas no estado estejam dentro de áreas de preservação ambiental.
Com informações do G1

Dilma promete veto ao Código Florestal

Segundo interlocutor do Planalto, presidenta se disse confiante de que conseguirá aprovar as mudanças no texto no Senado

Reuters | 25/05/2011 09:35
A presidenta Dilma Rousseff ficou irritada com a aprovação do Código Florestal na Câmara dos Deputados após um racha da base governista e garantiu a interlocutores que participou das negociações que vetará os trechos do texto que considera equivocados, caso a base não consiga promover mudanças no Senado.

De acordo com essa fonte, que pediu para não ter o nome revelado, Dilma afirmou antes da votação que esperava a derrota do governo mas se disse confiante de que a base governista conseguirá fazer as mudanças na votação no Senado. Ainda segundo o interlocutor, o Planalto vê com bons olhos o nome do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) como relator da matéria no Senado.
Na votação de terça-feira, o governo concordou com o texto do relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) com algumas ressalvas, mas foi contrário a uma emenda proposta pelo PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que, entre outros pontos, tira do governo federal a exclusividade de regulamentar o uso de Áreas de Preservação Permanente (APP).
Na avaliação do governo, a emenda peemedebista anistia desmatadores e, durante a sessão em que ela foi aprovada, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), chegou a falar em nome de Dilma e afirmou que a presidenta considerava a emenda "uma vergonha para o Brasil".

Foto: AE
Movimentação na Câmara dos Deputados na noite da votação do Código Florestal

Bancada do PT quase votou contra proposta de Dilma para novo Código Florestal

 
Foi por muito pouco que a bancada do PT na Câmara decidiu seguir a orientação do governo de aprovar o texto do novo Código Florestal e votar contra a emenda 164, que prevê anistia a pequenos produtores que desmataram área de reserva legal até 2008.
Durante quase três horas, os deputados petistas discutiram qual seria o posicionamento da bancada.
O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira, chegou a defender voto contrário à emenda e ao próprio texto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Resultado: a bancada decidiu — por 27 votos a 24 — se posicionar a favor da orientação do governo.

'Nem cachorro ficaria em um lugar sujo como este', diz advogada de Pimenta Neves

O jornalista e réu confesso na morte da ex-namorada Sandra Gomide está preso no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, em SP

Carolina Garcia, iG São Paulo | 25/05/2011 09:48

A advogada do jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, Maria José da Costa Ferreira, esteve na manhã desta quarta-feira no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central de São Paulo. Ele foi preso na noite de ontem após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que teria de cumprir a pena de 15 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide, em 2000.

"Chega a ser trágico. Nem cachorro ficaria em um lugar sujo e sem higiene como este. Só tem um colchonete. O vaso sanitário não funciona e ele está sem água", afirmou após visitar seu cliente. Ela esteve na delegacia para dar entrada no pedido de transferência de Pimenta Neves para uma prisão.

Foto: ROBSON FERNANDES//AE
O jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves deixa sua residência na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo, onde foi preso no início da noite de terça-feira
Na noite de ontem, a prisão do jornalista foi recebida com espanto pela advogada. Ela se disse "supresa" com a decisão do Supremo de negar recurso de liberdade para Pimenta Neves e demonstrou maior supresa ainda com o fato de a Polícia Civil já possuir no início da noite de terça-feira um madado de prisão expedido pela Justiça paulista.
Sobre o tempo de permanência de seu cliente na prisão, ela estava otimista. "Ele não vai ficar 15 anos. Deve cumprir um sexto dessa pena", disse. Após esse período, todo condenado tem direito de requerer à Justiça a progressão da pena para o regime semiaberto. Como ele já cumpriu quase sete meses da pena, ele deverá ficar preso mais dois anos para ter direito ao benefício.

Metamorfose ambulante

A necessidade de adaptar-se a um mundo em constante mudança exige-nos flexibilidade. Mas isso não significa abrir mão dos princípios.

 Foram necessários 18 séculos para que a teoria geocêntrica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo, formulada por Aristóteles, desse passagem para o modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico, com os planetas girando ao redor do Sol.
 Com todo seu conhecimento e reputação, o mesmo Copérnico, que defendia a órbita circular dos planetas, teve sua tese desfeita em 1609 por Kepler, que demonstrou serem as órbitas elípticas.

A história da humanidade é repleta de passagens como estas. São os chamados paradigmas, que designam modelos científicos aceitos por longo período e que determinam todo o desenvolvimento posterior das pesquisas e das ideias.
Na vida em sociedade, somos igualmente regidos por modelos, padrões, normas, regras, leis. E a inclusão social demanda acatá-los todos. E adaptar-se.

A desobediência à Constituição torna-nos infratores, criminosos passíveis de punição. A inobservância às tendências da moda torna-nos excêntricos, seres abjetos que devem ser renegados.
Estamos produzindo pessoas comoditizadas, que não pensam, não refletem, não elaboram, não opinam. Pessoas sem identidade, ou melhor, com a mesma identidade de todas as demais. Pessoas enquadradas, presas a um plano bidimensional. A clonagem chegou ao cérebro antes do corpo físico.

Lidere, siga ou saia da frente

A teoria evolucionista de Charles Darwin baseava-se nos seguintes fatos: os seres vivos reproduzem-se em progressão geométrica, mas como o número de indivíduos de cada espécie tende a permanecer relativamente constante, há uma luta pela vida na qual vence o mais adaptado ao meio ambiente.
Quando olho para o mundo corporativo de hoje, enxergo com nitidez a aplicação da tese darwiniana. O número de trabalhadores multiplica-se exponencialmente, mas como a quantidade de empregos tende a permanecer estável, ou até a se reduzir, identificamos uma luta pela inserção profissional, na qual conquista a vaga não o melhor, mas o mais adaptado ao meio-empresa.

O mais adaptado pode sê-lo porque foi indicado por alguém influente, estruturou bem seu currículo ou se comportou adequadamente na dinâmica de grupo. Ou talvez porque deu respostas precisas às velhas questões formuladas durante a entrevista e porque durante todo o processo usou roupas com o corte certo e o perfume na quantidade necessária.
O mais adaptado pode não ser o melhor tecnicamente, o mais preparado ou o mais competente. Mas apenas o mais flexível, dentro de sua mediocridade e de sua hipocrisia calculadas. Importa ter sido o vencedor.

Se você tem personalidade forte o suficiente, pode ingressar no "sistema" com base no modelo descrito acima. Para tanto, terá que declinar momentaneamente de algumas de suas ideias para, num segundo estágio, trazê-las à tona, buscando influenciar os que o cercam. Primeiro você se adapta ou denota ter-se adaptado. Depois, propõe um novo modelo e o conduz. Assim são forjados os líderes corporativos de hoje.
Mas este pode não ser o seu perfil, de modo que você, uma vez adaptado, assim permanecerá. Assim é a maioria. Assim são os liderados.
Há evidentemente a classe daqueles que não se adaptam, nem para liderar, nem para serem liderados. Estes são os negligenciados.

Ideias e ideais
Há uma distinção entre ideias e ideais. Não precisamos ficar presos aos mesmos argumentos quando outros, mais convincentes, visitam-nos. É preciso praticar a flexibilidade. Keynes dizia: "Quando mudam os acontecimentos, mudo de ideia". Mas não se deve mudar de opinião se não se pode mudar também a conduta.

Já princípios são inegociáveis. Foi a luta pelo ideal de liberdade da Escócia que fez com que William Wallace preferisse sua execução a jurar lealdade à Inglaterra, como bem retrata o filme "Coração Valente", estrelado por Mel Gibson.

Como exemplo desta metamorfose ambulante que somos, nada melhor que o próprio amor e suas idiossincrasias. A tênue linha que separa amor e ódio, atenção e indiferença, carinho e omissão.

García Márquez nos ensinou que amamos outra pessoa não por quem ela é, mas por quem nos tornamos na sua presença. "Amar", disse Mário Quintana, "é mudar a alma de casa".

Muitos são os lares que a vida nos reserva...