quarta-feira, 30 de maio de 2012

Áreas florestais ocupadas por comunidades locais cresce mas grupo alerta para risco de retrocesso

Por Redação, com ABr – de Brasília
A área de floresta sob o controle de comunidades locais e indígenas nos países em desenvolvimento aumentou de 12% para 31%, nos últimos 20 anos. Mas essa conquista de milhões de comunidades tradicionais que vivem nesses territórios corre o risco de retrocesso, avalia o grupo de organizações internacionais, regionais e comunitárias conhecido como Iniciativa para Direitos e Recursos (RRI, na sigla em inglês). O estudo, divulgado nesta quarta-feira pelo grupo, analisou a situação em quase 75% das florestas de 27 países em desenvolvimento, onde vivem cerca de 2,2 bilhões de pessoas. Segundo o levantamento, na maioria das florestas da África, Ásia e América Latina, mais de um terço das regras que regem os direitos às terras também limita o uso desse território pelas comunidades locais. Para os pesquisadores, a falta de vontade política e os obstáculos burocráticos são os grandes vilões do processo. - Os povos da floresta estão encurralados entre as forças em prol da sustentabilidade ambiental e a forte pressão pelo desenvolvimento econômico. Há um iminente risco de retrocesso nesses direitos, a exemplo dos esforços dos grandes pecuaristas no Brasil no sentido de enfraquecer os direitos detidos por comunidades tradicionais e indígenas, e pela contínua grilagem global por parte de investidores em todos os continentes – destaca o documento. No caso do Brasil, o estudo descreveu a situação de povos tradicionais no Pará como exemplo. Ao menos do ponto de vista da legislação, os pesquisadores consideraram a situação brasileira positiva e avançada. As organizações internacionais citam, como exemplos, o reconhecimento de terras indígenas e quilombolas previsto na Constituição Federal e as regras sobre reservas extrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável e florestas nacionais que têm o uso sustentável dos recursos ambientais como principal objetivo. Apesar disso, o posicionamento de uma das autoras do estudo, Fernanda Almeida, é o de que “leis, por si só, não bastam”. “Precisam ser boas leis, e precisam ser implementadas”, completa ela. De acordo com a RRI, quando os direitos desses povos são reconhecidos, “as comunidades de floresta são protetores tão bons ou ainda melhores do que os governos e a indústria”. Um estudo recente do Banco Mundial estima que a ocorrência de incêndios florestais foi reduzida para um quinto ou menos nas florestas protegidas, controladas por povos indígenas, em comparação com aquelas administradas pelo estado. Na opinião de Adriana Ramos, secretaria executiva do Instituto Socioambiental, o Brasil, que avançou no reconhecimento desses direitos por um período, está, agora, vivendo uma estagnação do processo. Segundo ela, o Poder Executivo não pode permitir retrocessos. - No Supremo Tribunal Federal [STF] tem a análise sobre constitucionalidade de áreas de quilombolas. No Congresso Nacional, a aprovação da Medida Provisória 558, que reduz as áreas das unidades de conservação. Estamos vivendo um momento de tensão política forte em relação a esses procedimentos. A defesa dos interesses coletivos depende da postura do governo – alertou. Matérias Relacionadas: Apesar de aumento de áreas florestais ocupadas por comunidades locais, grupo alerta para risco de retrocesso Áreas ocupadas por índios em MS não pertencem a terras indígenas já homologadas, diz advogado de fazendeiros Diretor da Caixa alerta para risco de cancelamento de obras não licitadas Licitação para recuperar e conter encostas em áreas de risco de Juiz de Fora é remarcada Moradores de áreas de risco de oito estados do Nordeste aprendem como agir para evitar desastres

Preços ao produtor brasileiro tem alta de 1,38% no mês de abril

Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro
O índice de preços ao produtor calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 1,38% em abril, após alta de 1,04% em março. A variação foi a maior desde novembro de 2010, quando atingiu 1,43%. O IBGE revisou o dado de março depois de anunciar anteriormente alta de 1,05%. Em abril de 2011, o índice havia registrado elevação de 0,28%, e no acumulado em 12 meses os preços registram alta de 2,47% no mês passado. Em abril, 21 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços. As maiores variações de abril em relação a março ocorreram em fumo (7,95%), impressão (3,10%), alimentos (2,81%) e outros produtos químicos (2,78%). As maiores influências sobre o indicador em abril foram alimentos (0,53 ponto percentual), outros produtos químicos (0,30 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15 ponto) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07 ponto). Na comparação com o mesmo mês de 2011, as maiores variações de preços ocorreram em fumo (18,17%), calçados e artigos de couro (15,14%), bebidas (10,76%) e outros equipamentos de transporte (10,59%). As principais influências na comparação de abril contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (1,39 ponto percentual), veículos automotores (0,35 ponto), bebidas (0,28 ponto) e metalurgia (-0,26 ponto). O índice mede os preços “na porta das fábricas” e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor. Indicadores recentes de preços vinham mostrando que a inflação estava perdendo força. Por exemplo, o IPCA-15 -considerado uma prévia da inflação oficial- registrou alta de 0,51% em maio, abaixo do esperado pelo mercado. A economia brasileira vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento, sobretudo na indústria, mesmo diante das recentes medidas do governo de estímulo fiscal e monetário, mas acaba tirando uma parte da pressão inflacionária. O próprio governo já reconheceu que a economia brasileira não começou bem este ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou à agência inglesa de notícias Reuters que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vai ter expansão entre 3 e 4%, abaixo da previsão inicial do governo de 4,5%. Esse cenário abre espaço para mais estímulos monetários. Nesta quarta-feira, Comitê de Política Monetária divulgará sua decisão sobre a Selic, atualmente em 9% ao ano, e a expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto percentual, atingindo o menor nível histórico, segundo pesquisa da Reuters. Matérias Relacionadas: Índice de Preços ao Produtor registra alta de 1,38% em abril Petróleo tem alta no preço ao produtor da zona do euro em março Preços de produtos primários brasileiros negociados no exterior têm alta de 0,58% em abril

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Reinventando a educação

Por Leonardo Boff - do Rio de Janeiro
Muniz Sodré, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é alguém que sabe muito. Mas o singular nele é que, como poucos, pensa sobre o que sabe. Fruto de seu pensar é um livro notável que acaba de sair: Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes (Vozes 2012). Nesse livro procura enfrentar os desafios colocados à pedagogia e à educação que se derivam dos vários tipos de saberes, das novas tecnologias e das transformações processadas pelo capitalismo. Tudo isso a partir de nosso lugar social que é o Hemisfério Sul, um dia colonizado e que está passando por um instigante processo de neodescolonização e de um enfrentamento com o debilitado neoeurocentrismo hoje devastado pela crise do Euro. Muniz Sodré analisa as várias correntes da pedagogia e da educação desde a Paideia grega até o mercado mundial da educação que representa uma crassa concepção da educação utilitarista, ao transformar a escola numa empresa e numa praça de mercado a serviço da dominação mundial. Desmascara os mecanismos de poder econômico e político que se escondem atrás de expressões que estão na boca de todos como “sociedade do conhecimento ou da informação”. Melhor dito, o capitalismo-informacional-cognitivo constitui a nova base da acumulação do capital. Tudo virou capital: capital natural, capital humano, capital cultural, capital intelectual, capital social, capital simbólico, capital religioso… capital e mais capital. Por detrás se oculta uma monocultura do saber, aquele maquínico, expresso pela “economia do conhecimento” a serviço do mercado. Hoje, projetou-se um tipo de educação que visa a formação de quadros que prestam “serviços simbólico-analíticos”, quadros dotados de alta capacidade de inventar, identificar problemas e de resolvê-los. Essa educação “distribui conhecimentos da mesma forma que uma fábrica instala componentes na linha de montagem”. A educação perde destarte seu caráter de formação. Ela cai sob a crítica de Hannah Arendt que dizia: “pode-se continuar a aprender até o fim da vida sem, no entanto, jamais se educar”. Educar implica aprender sim a conhecer e a fazer; mas, sobretudo, aprender a ser, a conviver e a cuidar. Comporta construir sentidos de vida, saber lidar com a complexa condition humaine e definir-se face aos rumos da história. O que agrava todo o processo educativo é a predominância do pensamento único. Os americanos vivem de um mito o do “destino manifesto”. Imaginam que Deus lhes reservou um destino, o de ser o “novo povo escolhido” para levar ao mundo seu estilo de vida, seu modo de produzir e de consumir ilimitadamente, seu tipo de democracia e seus valores de livre mercado. Em nome desta excepcionalidade, intervêm pelo mundo afora, até com guerras, para garantir sua hegemonia imperial sobre todo o mundo. A Europa não renunciou ainda a sua arrogância. A Declaração de Bolonha de 1999 que reuniu 29 ministros da Educação de toda a Europa, afirmava que só ela poderia produzir um conhecimento universal, “capaz de oferecer aos cidadãos as competências necessárias para responder aos desafios do novo milênio”. Antes a imaginada universalidade se fundava nos direitos humanos e no próprio Cristianismo com sua pretensão de ser a única religião verdadeira. Agora a visão é mais rasteira: só a Europa garante eficácia empresarial, competências, habilidades e destrezas que realizarão a globalização dos negócios. A crise econômico-financeira atual está tornando ridícula esta pretensão. A maioria dos países não sabe como sair da crise que criaram. Preferem lançar inteiras sociedades no desemprego e na miséria para salvar o sistema financeiro especulativo, cruel e sem piedade. Muniz Sodré em seu livro traz para a realidade brasileira estas questões para mostrar com que desafios nossa educação deve se confrontar nos próximos anos. Chegou o momento de construirmo-nos como povo livre e criativo e não mero eco da voz dos outros. Resgata os nomes de educadores que pensaram uma educação adequada às nossas virtualidades, como Joaquim Nabuco, Anísio Teixeira e particularmente Paulo Freire. Darcy Ribeiro falava com entusiasmo da “reinvenção do Brasil” a partir da riqueza da mestiçagem entre todos representantes dos 60 povos que vieram ao nosso país. A educação reinventada nos deve ajudar na descolonização e na superação do pensamento único, aprendendo com as diversidades culturais e tirando proveito das redes sociais. Deste esforço poderão nascer entre nós os primeiros brotos de um outro paradigma de civilização que terá como centralidade a vida, a Humanidade e a Terra. Leonardo Boff é teólogo, filósofo e escritor. Matérias Relacionadas: Reinventando a educação Sustentabilidade e Educação União Nacional dos Estudantes fazem manifestação em defesa do Plano Nacional de Educação

Inflação cai em cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV

Por Redação - do Rio de Janeiro
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou decréscimo em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na semana de 22 de maio, em relação à semana anterior. A maior queda foi observada na cidade do Rio de Janeiro, de 0,17 ponto percentual (ao passar de 0,57% na semana de 15 de maio para 0,4% na de 22). Outras cidades que tiveram redução foram Belo Horizonte (0,14 ponto percentual, ao passar de 0,62% para 0,48% no período), Porto Alegre (0,11 ponto percentual, ao passar de 0,57% para 0,46%), Brasília (0,07 ponto percentual, ao passar de 0,48% para 0,41%) e São Paulo (0,02 ponto percentual, ao passar de 0,43% para 0,41%). Alta Já as cidades de Salvador e Recife tiveram alta nas taxas do IPC-S. A inflação em Salvador aumentou 0,15 ponto percentual, ao passar de 0,68% para 0,83%. Em Recife, houve aumento de 0,06 ponto percentual, ao passar de 0,74% para 0,8%. Na semana de 22 de maio, o IPC-S ficou em 0,5%, na média global. O resultado é 0,05 ponto percentual inferior ao da semana do dia 15 (0,55%) Matérias Relacionadas: FGV registra inflação menor em cinco das sete capitais pesquisadas Cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV registram inflação menor no fechamento de abril

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Alvos identificados na Operação Ágata 4 podem resultar em novas ações na Amazônia

Por Redação, com ACS - de Brasília
As pistas clandestinas, as áreas ilegais de garimpo e os pontos usados para tráfico de entorpecentes e de animais silvestres identificados pela Operação Ágata 4, encerradas na quinta-feira, podem ser alvos de novas operações das Forças Armadas na região da Amazônia. A determinação foi transmitida pelo chefe de Operações Conjuntas (Choc), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general João Carlos Vilela Morgero, durante videoconferência que marcou o encerramento oficial da operação. A ação militar realizada entre 2 e 17 de maio contou com aparato de 8,5 mil militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB), além de funcionários civis de 18 agências ligadas a dez ministérios. A FAB identificou 12 pistas clandestinas, sendo que uma delas foi explodida às margens do rio Catrimani, a 230km de Boa Vista (RR). As outras pistas passarão pelo processo de limpeza da área, como, por exemplo, a retirada de moradores para, em seguida, serem destruídas. Os números finais da operação Ágata serão encaminhados pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) ao Ministério da Defesa até o dia 25 de maio. Em seguida, será produzido documento com todos os detalhes da operação militar. Para o patrulhamento de 5.128km de fronteiras do Brasil com Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa foram empregados 3.331 militares da Marinha, 4.078 do Exército e 1.037 da FAB. A operação contou com a participação de 11 navios, nove helicópteros, 27 aviões e 65 veículos automotores. O comandante da Força Aérea Componente (FAC), brigadeiro Marcelo Damasceno, disse que a operação permitiu mapear uma região fronteiriça de 5,2 mil quilômetros. Isso significa a distância entre Lisboa (Portugal) e Moscou (Rússia). O total de quilômetros voados pelas aeronaves da FAB durante a operação, 211 mil, representa cinco voltas em torno do planeta Terra. Mapa Os resultados da Operação Ágata 4 servirão para que o governo federal tenha o diagnóstico dos 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao avaliar na última terça-feira (15), em Manaus (AM), a megaoperação. Amorim percorreu trechos da região onde se desenrolou a Ágata 4 acompanhado do vice-presidente da República, Michel Temer; do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito; do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi; e dos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Peri; e da FAB, brigadeiro Juniti Saito. - Com a Operação Ágata 4 completamos o patrulhamento da fronteira brasileira. Nesse período, fizemos o levantamento de áreas estratégicas. Um aspecto importante que devemos destacar foi a interoperabilidade das Forças Armadas – disse o ministro. A Ágata é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. As ações no âmbito dessa operação são coordenadas pelo EMCFA. Após a realização da Ágata, o governo deflagra a operação Sentinela, sob comando do Ministério da Justiça.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Economistas afirmam que impacto da alta no dólar sobre exportações levará tempo a ser sentido

Agência Brasil A alta do dólar, que voltou fechar acima de R$ 2 e está no maior nível em três anos, não melhorará as exportações de imediato, avaliam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Segundo os economistas, a rigidez nos contratos comerciais e as turbulências nos países desenvolvidos servirão como freio para a alta nas vendas externas. Para o economista-chefe da consultoria Austin Rating, Alex Agostini, um eventual aumento das exportações será resultado de fatores sazonais, como o início da safra de soja. A depreciação do real, avalia, não terá quase nenhum impacto sobre as vendas para o exterior. “O saldo da balança comercial pode até melhorar, mas isso ocorrerá por causa de queda das importações, que ficaram mais caras. Não pelo lado das exportações”, diz. - Se estivéssemos num momento de expansão econômica nos países desenvolvidos, a subida do dólar teria efeito positivo sobre as exportações. O problema é que hoje enfrentamos um cenário de crescimento moderado nos Estados Unidos, desaceleração da China e recessão na zona do euro – declara Agostini. “Não adianta ter um dólar valorizado sem mercado comprador”. Outro fator que atrasará a influência do dólar sobre as exportações é o fato de que os contratos comerciais são fechados com bastante antecedência. Dessa forma, eventuais efeitos do aumento da moeda norte-americana levariam meses para serem sentidos. “A maioria dos contratos das exportações de hoje foi fechado há seis meses. A alta do dólar hoje só influenciará as vendas externas lá para o fim do ano”, destaca. Apesar dos efeitos tardios sobre as exportações, a alta do dólar serve de incentivo para a melhoria da competitividade dos produtos brasileiros. No entanto, de acordo com o André Nassif, professor de economia internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV), o efeito só será duradouro se o governo mudar a política em relação ao câmbio e impuser mais medidas de controle do capital que entra no país. - Em diversos momentos nos últimos anos, o câmbio se depreciou de forma violenta, mas o Banco Central e o Ministério da Fazenda não fizeram nada para impedir que o dólar voltasse a cair – reclama Nassif. Para ele, a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro aplicado em renda fixa e na Bolsa de Valores, estratégia adotada pelo governo para conter a queda do real, mostrou-se ineficaz. Na opinião de Nassif, o câmbio voltará a cair quando a instabilidade na economia europeia diminuir, mesmo com as taxações para o capital especulativo nos últimos tempos. Ele sugere medidas mais radicais, como a quarentena para os recursos estrangeiros que entrarem no Brasil, inclusive os investimentos diretos (que geram empregos). “Os asiáticos fazem política cambial muito mais agressiva que o Brasil e tem dado certo por lá”, ressalta. O professor da FGV reconhece que a instituição de uma quarentena sobre os capitais externos teria impacto sobre a inflação. Ele, porém, diz que o Banco Central tem mecanismos para lidar com a alta dos preços sem necessariamente interromper a queda da Selic, taxa básica de juros da economia. “Somente se o Brasil resolver o câmbio desalinhado, os preços relativos voltarão ao lugar e o país será capaz de atingir o crescimento sustentável, tanto das exportações como da economia em geral”, conclui.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Distrito Federal: nova técnica de laqueadura dispensa cortes, anestesia e internação

Da Agência Brasil Brasília – Nove mulheres passaram por nova técnica de esterilização nesta quinta-feira (10) no Hospital Regional do Paranoá, no Distrito Federal. De acordo com a Secretaria de Saúde, o método, chamado de laqueadura tubária histeroscópica via vaginal, tem o mesmo resultado do procedimento tradicional. Além disso, não precisa de cortes e anestesia e a paciente pode ir para casa no mesmo dia, já que não necessita de internação. Segundo o coordenador de Ginecologia e Obstetrícia da Secretaria de Saúde, Adriano Tavares, o procedimento é feito por meio de um aparelho que observa a cavidade uterina, onde são implantadas duas molas de titânio nas trombas de falópio da paciente, impedindo a fecundação. “O método dura de cinco a dez minutos. Como não precisa de cortes e anestesia, elas foram liberadas no mesmo dia. As pacientes não reclamaram de dor, sentindo apenas uma dor menos intensa que uma cólica menstrual. É preciso lembrar que esse tipo de laqueadura é irreversível”, disse. Por enquanto, não há nenhuma restrição para quem quer se submeter à nova técnica de laqueadura. O coordenador avalia que as primeiras intervenções tiveram resultado positivo. Após a realização do procedimento, Tavares aconselha a mulher a continuar usando um método contraceptivo por 90 dias, além de fazer acompanhamento médico regular. Edição: Lana Cristina Matérias Relacionadas: Secretaria de Saúde do Distrito Federal diz que já cumpriu parte de determinações do TCDF sobre Samu Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirma mortes no Hospital de Santa Maria Ipea vai auxiliar governo do Distrito Federal Governo do Distrito Federal suspende negociação com professores em greve Governo do Distrito Federal suspende negociação com professores em greve

Relator da CPMI de Cachoeira afirma que Gurgel pode se explicar por escrito

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG) disse nesta quinta-feira que espera explicações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a respeito da demora em oferecer denúncia contra os indiciados nas operações Vegas e Monte Carlo. Os autores dos requerimentos para sua convocação alegam que ele recebeu os inquéritos das operações, da Polícia Federal, em 2009, e não ofereceu denúncia. Odair ponderou que essas explicações não, necessariamente, devem ser feitas de forma presencial, admitindo até que ele se explique por escrito. - O que a CPMI deseja é uma explicação. A forma da explicação é o menos importante. O mais importante é o conteúdo das respostas. Qualquer cidadão que está investido em um cargo público precisa prestar esclarecimentos. É natural isso. Não queremos criar um cavalo de batalha em torno desse tema – destacou o relator. O relator evitou comentar as declarações do procurador que considerou que as críticas por sua decisão de não aceitar o convite feito pela CPMI para que ele preste esclarecimentos venham de pessoas interessadas em desmoralizá-lo por causa do julgamento do mensalão. “O que nós queremos são respostas. E faz parte do nosso processo de investigação. Questões subjetivas não nos interessam”, disse o relator, que negou existir uma “crise” entre a CPMI e o Ministério Público. - Não há crise nossa em relação ao Ministério Público. O Ministério Público cumpre papel fundamental no Estado brasileiro, é uma instituição que precisa ser fortalecida. Mas, como toda instituição pública, tem compromissos públicos, e a gente espera essa resposta – declarou. Na quarta-feira, Gurgel chegou a dizer que as críticas partiam de “pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão”. No julgamento desse processo, previsto para ocorrer ainda este ano, Gurgel será o responsável pela acusação dos 38 acusados de envolvimento no suposto esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação aguarda apenas a conclusão do processo pelo ministro-revisor, Ricardo Lewandowski.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Marcus Alexandre “fura” e não vai a entrevista na RBN, hoje

10 de maio de 2012 - 10:25:51 Luciano Tavares, da redação de ac24horas lucianotavares@ac24horas.com Depois de dar um “chá de cadeira”, no apresentador do Roda Comunitária, da RBN, radialista César Moreira, o pré-candidato do PT a Prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre, informou por meio de sua assessoria sem explicar a razão que não poderia participar da entrevista pré-agendada para esta quinta-feira. César Moreira ficou durante quase uma hora anunciando que “estava aguardando”, Marcus Alexandre, que participaria do programa para falar sobre as ações do Programa Ruas do Povo no Acre. A entrevista foi remarcada para esta sexta-feira.

Copa Norte/Nordeste de ciclismo vai agitar Rio Branco neste final de semana

10 de maio de 2012 - 9:04:15 Jairo Barbosa – jairobarbosa@ac24horas.com Pela primeira vez na historia a capital do Acre sedia a mais importante competição ciclista entre os estados do Norte e Nordeste. A partir desta sexta feira, mais de cento e vinte atletas de doze estado disputam as provas que vão apontar os melhores ciclistas da região. As provas serão disputadas no Circuito da Av. Amadeo Barbosa, com extensão para a BR 317, onde os atletas vão percorrer mais de 160 km na prova de resistência. No ano passado, em Belém, o Acre foi o grande destaque ao vencer nas principais categorias e vencer a competição na categoria geral. As provas principais acontecem neste sábado e domingo e a entrada é franca.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Precárias condições da saúde indígena são denunciadas à Antônia Lúcia, em Brasília

Os representantes de seis comunidades indígenas do Acre, que estão em Brasília, para participar do ato político, sobre a PEC do Trabalho Escravo, nesta terça-feira, 08, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara Federal, fizeram um protesto pedindo demarcação das terras, educação com qualidade e saúde humanizada. Um documento revelando as precárias condições da saúde indígena, no Acre foi entregue a deputada federal Antônia Lúcia (PSC-AC). Os índios que estão há uma semana em Brasília, denunciam a falta de investimentos no setor de saúde e a falta de atendimento médico qualificado as comunidades indígenas do Estado. Um representante indígena que falava pelos seis povos acreanos, fez um discurso emocionante e de protesto. Os índios protocolaram e entregaram inúmeros documentos às autoridades, expondo a dramática situação porque passam a maioria das comunidades indígenas nos municípios isolados do Acre. “As agruras por que passam os índios no Acre, fizeram emergir do fundo da floresta ao coração do poder, o grito de que estamos morrendo. Que o mundo saiba. Façam alguma ação urgente. Não aguentamos mais. A saúde indígena nunca esteve tão pior…”, bradou um dos índios que representavam as comunidades indígenas acrianas. Sensibilizada com o apelo dos índios, a deputada Antônia Lúcia disse que fará uma peregrinação nos órgãos federais, em busca de mais apoio e recursos para as comunidades indígenas do Acre. “Temos a obrigação de defender os interesses destes cidadãos. Vou lutar pelas melhorias na saúde das comunidades e pela celeridade na demarcação das terras indígenas em todo Acre”, enfatiza. Ray Melo, da redação de ac24horas raymelo@ac24horas.com

Envolvidos no massacre de Carajás têm prisão decretada | Jornal Correio do Brasil

Envolvidos no massacre de Carajás têm prisão decretada | Jornal Correio do Brasil

sábado, 5 de maio de 2012

Integrantes da CPMI do Cachoeira serão vigiados

Por Redação, com ABr - de Brasília
Desde os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, em 2005, nenhuma outra comissão investigativa do Congresso teve cuidado tão rigoroso com a preservação do sigilo de documentos encaminhados pela Justiça quanto a CPMI do Cachoeira. As medidas incluem acesso restrito aos integrantes da comissão, que serão monitorados e gravados nas consultas e não poderão portar celulares ou outros aparelhos que capturem imagem. Os deputados e senadores integrantes da CPMI poderão consultar os inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, já digitalizados, por meio de três terminais de computadores. O trabalho será realizado numa pequena sala com menos de 10 metros quadrados e os parlamentares não poderão estar acompanhados por assessores. O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), destacou em ofício enviado à Subsecretaria de Apoio às Comissões Especiais e Parlamentares de Inquérito, encarregada da guarda dos documentos, que as medidas de segurança obedecem às orientações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. O ofício recomenda que “o exame das cópias enviadas fique restrito à CPMI, que deverá adotar rígidas providências para que seu conteúdo não seja indevidamente divulgado”. Além disso, a Polícia do Senado e a Secretaria Especial de Informática (Prodasen) foram encarregadas por Vital do Rêgo de coordenarem a implantação das medidas. Ao contrário do que aconteceu na comissão parlamentar de inquérito dos Correios, os parlamentares não poderão tirar cópias dos documentos resguardados pelo segredo de Justiça e que descreveriam o funcionamento e ramificações do suposto esquema de corrupção e exploração de jogos ilícitos comandado pelo empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ficou decidido também que os integrantes da CPMI do Cachoeira serão gravados e monitorados enquanto estiverem na sala da Subsecretaria de Apoio às Comissões Especiais e Parlamentares de Inquérito na qual os documentos serão consultados. O parlamentar terá à sua disposição, nessa sala, apenas canetas esferográficas e papel em branco para as anotações que considerar pertinentes. Ao mesmo tempo, por determinação do presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo, os deputados e senadores terão que deixar aos cuidados dos servidores encarregados de proteger a sala aparelhos celulares ou qualquer outro equipamento que disponha de câmara fotográfica ou filmadora capaz de reproduzir imagens Outra norma de segurança adotada foi o lacre de todas as entradas do tipo USB dos computadores. Essas entradas permitiriam a gravação dos documentos por meio eletrônico, conhecido como pen drive. Os terminais também estarão desconectados da internet. Matérias Relacionadas: Parlamentares serão vigiados ao consultar documentos da CPMI do Cachoeira Parlamentares serão vigiados ao consultar documentos da CPMI do Cachoeira CPMI do Cachoeira poderá consultar dados sigilosos a partir de segunda

Fotos de Carolina Dieckmann nua causam engarrafamento na internet

As fotos da atriz Carolina Dieckmann nua que vazaram na internet, nesta sexta-feira, ganharam o topo da audiência dos trends no Twitter e causaram um verdadeiro engarrafamento no tráfego de dados da internet. Em poses sensuais, a atriz aparece, supostamente, fotografada por si mesma. São, ao todo, 36 imagens de Carolina Dieckmann nua que circulam na internet e trazem uma mulher loira, de biotipo semelhante à atriz, completamente nua. Carolina Dieckmann No melhor estilo Scarlett Johansson, que no ano passado teve fotos que estavam guardadas em seu celular divulgadas por um hacker, as imagens revelam partes do corpo e também a completa nudez da modelo. As fotos de Carolina Dieckmann nua foram catalogadas em um servidor de imagens com hospedagem fora do Brasil e podem ser visualizadas aqui. Uma das galerias que continha as fotos, postadas na noite desta quinta-feira, foi retirada do ar, mas seguiram expostas a partir de outras fontes, que trazem Carolina Dieckmann nua e foram editadas em sites e blogs do mundo todo. Carolina Dieckmann fará uma participação especial na nova novela de Glória Perez, Salve Jorge. A novidade foi anunciada pela própria novelista, através de seu Twitter, nesta segunda-feira, 30, e foi muito comemorada pela atriz, que nunca havia trabalhado em uma de suas produções.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

JORGE VIANA E DEMÓSTENES TORRES
Reportagem do Bom Dia Brasil, da Rede Globo, nesta sexta-feira (4), mostra (veja) os senadores petistas Jorge Viana e Aníbal Diniz, ambos do Acre, cumprimentando o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), após discurso, em 6 de março, quando mentiu (leia) sobre o envolvimento dele com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Naquele dia, Jorge Viana pediu aparte para manifestar solidariedade a Demóstenes Torres. Eis a integra do aparte: "Caro Senador Demóstenes, eu sou ainda recém-chegado nesta Casa. Já o conhecia por sua atuação como homem público, na gestão em Goiás, mas especialmente na sua luta, no seu trabalho no Ministério Público. Depois, eu o conheci também como Senador da República e agora tenho o privilégio da convivência, do aprendizado diário aqui, no dia a dia, no contato com V. Exª. Inclusive nós temos uma reunião sempre às terças-feiras, do PT, e eu devo dizer que fiquei feliz de ter participado de uma reunião e visto tanta maturidade do meu partido, dos meus colegas, quando apreciávamos algo que V. Exª, ontem, por telefone, não fez questão de esconder: “Olha, eu, amanhã, devo falar”. E eu, inclusive, no contato com V. Exª, falei: “Eu acho que é muito importante que possamos ouvi-lo, porque eu sei o quanto deve ser difícil para V. Exª passar por essa situação”, como bem disse o Senador Aloysio. Mas V. Exª hoje, aqui, foi muito tranquilo em suas colocações, como era de se esperar; separou as questões. Eu acho que uma questão central é que V. Exª também não acusou ninguém. V. Exª também não fez uma defesa sua, até porque não há acusação. V. Exª abriu a situação toda e explicou que há questões pessoais envolvidas. E, obviamente, há uma pessoa muito complicada no meio disso. Independentemente das relações pessoais e familiares que nós temos, é uma pessoa complicada, tanto é que está detida. Mas isso não pode ser elemento para julgamento precipitado ou coisa que o valha. E mais: V. Exª foi um pouco mais à frente. Se há dúvida, se essas escutas vieram somente de um lado, V. Exª já falou: “Eu estou interessado”. Foi no ano passado que ocorreu esse episódio, e, se houvesse algum diálogo comprometedor, certamente, V. Exª, nesta hora, se estivessem agindo dentro da lei, já deveria ter algum processo aberto junto ao Supremo. Eu queria dizer que, neste País, todos nós – eu, particularmente, que estou chegando a esta Casa – temos a missão de combater a corrupção. É central fazer com que o País ganhe uma fama diferente da que, durante um período, o País carregou. Temos de ter uma atuação baseada em princípios éticos. Eu devo dizer que V. Exª, onde atua... Dou o exemplo do próprio Código Florestal, quando tive sua colaboração importante e decidida, pois V. Exª não veio para facilitar para ninguém, V. Exª veio para dar mais poder para o Estado brasileiro, quando apresentou emendas, aumentando o poder dos órgãos de comando e de fiscalização. Vale ressaltar isso. O nosso Líder, certamente, daqui a pouco, vai falar, até porque o entendimento era esse. Eu iria apartear o meu Líder, mas, como todos os colegas estão se posicionando, achei pertinente trazer aqui um gesto meu de solidariedade a V. Exª. Aqui, não estou fazendo juízo precipitado, mas eu, particularmente, e muitos dos colegas que estão aqui já fomos vítimas, em algum momento, de situações que entendemos que nos atingiram, mas que foram injustas. Existe, no País, um ambiente que em nada ajuda o combate à corrupção, que em nada ajuda a fazermos uma limpeza dos malfeitos: o de tentar nivelar todos. Isso é muito ruim para o País. Em algumas situações, em muitos casos, um questionamento vira denúncia, a denúncia vira acusação, e a acusação vira sentença. Não tenho pendências, mesmo tendo sido Prefeito e Governador, mas meu caso é raro. Na última eleição que disputei, uma indústria de pessoas que deveriam guardar a lei agiu fora da lei; houve uma indústria de denúncia anônima. Com base em denúncia anônima, quebraram o sigilo de quase cinquenta pessoas no Acre, quebraram o sigilo de quem queriam. Quebravam o sigilo, encontravam alguma conversa e, depois, diziam: “Está justificado, porque há uma denúncia anônima”. Combinada com um mesmo juiz? Ou seja, foram atitudes reconhecidamente fora da Constituição, atitudes criminosas. E penso que, além de demonstrar confiança em V. Exª, passado esse período, temos de refletir, no Senado Federal, sobre como esses questionamentos, denúncias, julgamentos e condenações chegam rapidamente aos jornais, sem passar pelas mãos dos juízes, dos tribunais – tudo isso já vai diretamente para os jornais. Algumas figuras da República já são condenadas junto com o questionamento. Hoje, V. Exª tem a confiança desta Casa, porque a conquistou com seu trabalho, com sua postura, com suas atitudes. Espero que V. Exª atravesse esse período, como muitos de nós já tivemos de atravessar. Mas, certamente, V. Exª vai ajudar-nos a fazer com que este País fique um pouco melhor do ponto de vista do manuseio de processos inconclusos, de acusações sem provas e, especialmente, de ilações. Houve relações pessoais e familiares, e V. Exª fez questão de dizer isso. Há questões absolutamente pessoais, que não se podem confundir com a postura pública de V. Exª. Presto minha solidariedade. E devo dizer que para mim é um prazer enorme poder contar com um colega como V. Exª nas Comissões e no plenário desta Casa. Obrigado." Publicado por Altino Machado

UMA LUZ

Escrito por Luiz Calixto Salvo as honrosas exceções, e o percentual natural de ¨nós cegos¨ existentes em qualquer sociedade, não creio que a querida população acreano deixe de pagar suas contas de luz por simples prazer. Por detrás dessa enorme inadimplência alegada pela Eletroacre há um grave problema que o governo e sua ´milionária propaganda tenta esconder: o povo acreano empobreceu na última década, coincidentemente o mesmo período das gestões petistas e a renda concetrou-se ainda mais. Quem tinha, continua tendo. E quem não tinha nada, tem menos ainda. Cerca de 60% das contas não são pagas voluntariamente e somente são recebidas na base do alicate e da inscrição no SERASA. Outro fator determinante é o perigoso endividamento consignado de quem tem renda fixa de salários. Parte dos nossos recursos estão a encher os cofres do Banco do Brasil, do BMG e das dezenas de financeiras que oferecem dinheiro a juros altíssimos nas esquinas da cidade. O que não podemos olvidar é que a Eletroacre é uma empresa do governo federal gerida por petista indicados pelo partido.

Cratera pode deixar a cidade de Manoel Urbano isolada do restante do Estado

Jairo Carioca, de Manoel Urbano-Acre jscarioca@globo.com Uma enorme cratera virou cartão postal da cidade de Manoel Urbano, na zona central do estado do Acre. Localizada na entrada do município, o buraco engoliu mais de 60% da única estrada que permite acesso até a BR 364. Os moradores que moram próximo ao local têm medo de serem engolidos pela destruição. Pior, o aniversário da cidade é dia 14 de maio. O secretário de Obras não foi encontrado na tarde de ontem na sede da prefeitura para falar sobre as providências tomadas. Taxistas temem que até o dia 14, o buraco tenha tomado de conta de toda a pista. Eles dizem que já fizeram várias reclamações ao prefeito Francisco Mendes. A MAV, empresa responsável pela pavimentação da rodovia de acesso a Manoel Urbano, não mantém nenhum profissional em seu canteiro de obras. Cratera já engoliu mais de 60% da pista de acesso à cidade

Ruas do Povo

Vejam só as ruas do povo, do povo esquecido...kkkkkkkkkkkk aguentaaaaaaaaa. Conjunto Tropical.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Gurgel vai a sessão secreta e Serra aparece como suspeito na CPMI do Cachoeira

CPMI

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel acerta os últimos detalhes de sua presença no Congresso com o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rego (PMDB-PB) e o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Gurgel foi convidado a depor em uma sessão secreta da comissão. O mesmo expediente será usado para ouvir delegados da Polícia Federal (PF), que têm dados sigilosos sobre as operações Monte Carlo e Las Vegas, ambas em que estão envolvidos o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM), governadores, empresários, parlamentares e agora o candidato tucano a prefeitura de São Paulo, José Serra. Este último teria contribuído para o faturamento da Delta Construções, em obras durante sua gestão, de perto de R$ 1 bilhão.
O comando da CPMI também enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que libere os delegados da operação a dar explicações aos congressistas sobre o caso. Vital disse que a sessão secreta está prevista no regimento e que é até uma forma de preservar os investigadores. Ele disse que se não tiver entendimento sobre o convite para Gurgel e delegados, eles poderão ser convocados pela CPMI, quando tem a obrigação de comparecer.
Ainda durante as investigações da PF, em uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, o senador Demóstenes Torres chamou o procurador-geral, Roberto Gurgel, de “sem vergonha”. O fato ocorreu durante o escândalo do caso Palocci, em 2011. Áudios vazados para a imprensa, na época, mostram que, em conversa com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o parlamentar afirmou que tinha de “bater” em Gurgel para ele não se animar a investigá-lo.
Segundo a Polícia Federal, a interceptação foi feita na manhã seguinte a um pronunciamento no Senado em que Demóstenes criticava a atuação do procurador-geral, que arquivou a investigação contra o ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Antonio Palocci, por enriquecimento ilícito a partir de consultorias supostamente prestadas por sua empresa, a Projeto. A representação foi feita pelos partidos de oposição. Na ocasião, o senador foi um dos maiores críticos à postura de Gurgel.
– Se não der nele, ele (Gurgel) começa a pegar a gente também, você entendeu? Agora, se ele está cumprindo obrigação do governo, agora ele inocenta o governo e depois pega um da oposição. Isso é sem vergonha. Se não bater nele, ele anima – disse Demóstenes, em conversa às 10h06 do dia 7 de junho de 2011. O bicheiro elogiou a iniciativa do senador e sugeriu que o procurador estaria “desmoralizado” após o discurso do senador.
A gravação ocorreu no mesmo período em que a PF enviou ao procurador peças do inquérito da Operação Vegas, que demonstravam a proximidade entre o senador e Cachoeira. Nos grampos, o parlamentar pede dinheiro ao contraventor para pagar suas despesas. Contudo, mesmo de posse do material desde 2009, o procurador só pediu autorização ao STF para investigá-lo em 2012, após a crise provocada pela Operação Monte Carlo.
Serra suspeito
Nesta semana, quando começam efetivamente os trabalhos da CPI que investigará as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários, um dos primeiros suspeitos a ser convocado será o dono da Delta Construções, o empresário Fernando Cavendish. Suspeita-se, com base em informações da Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal (PF), do envolvimento da empresa com Cachoeira.
Além de negócios suspeitos realizados nos Estados de Goiás e do Rio de Janeiro, Cavendish também se transformou em alvo de investigações nas gestões dos tucanos José Serra, quando na prefeitura de São Paulo, e na atual administração do Estado, com Geraldo Alkmin. Assim que a CPMI foi instalada, no dia 19 de abril, Alckmin, ao ser questionado sobre os contratos da Delta com o Estado de São Paulo, disse não estar preocupado com eles.
– Nem sei se tem [contratos], se tem são ínfimos – disse ele ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.
Mas a realidade é outra. Segundo levantamento feito pelo blog Transparência SP entre 2002 a 2011 a Delta fechou pelo menos 27 contratos (incluindo participação em consórcios) com empresas e órgãos públicos do governo do Estado de São Paulo, numa quantia que beira R$ 1 bilhão. Entre os contratantes estão a Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), comandada por Paulo Vieira de Souza, engenheiro e integrante da cúpula tucana na campanha de Serra, afastado após ser acusado de desviar R$ 4 milhões em fundos políticos destinados ao então candidato à Presidência da República. Os fundos teriam sido captados de forma ilegal, segundo denúncias publicadas em uma revista de circulação nacional.
O montante recebido pela Delta foram pagos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Somam cerca de R$ 800 milhões em valores nominais. Em valores corrigidos (considerando a inflação do período) chegam a R$ 943,2 milhões.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sem engenheiros, obras do governo e do Pac estão com qualidade ameaçada e podem ser suspensas no Acre

2 de maio de 2012 - 8:37:48
Os mais importantes programas de infraestrutura e urbanização do governo de Sebastião Viana, o Ruas do Povo, a Cidade do Povo e várias obras do Programa de Aceleração do Crescimento, podem ser suspensos a qualquer momento, no Acre, pela falta de profissionais da área de engenharia que mantém uma greve da categoria que já dura nove dias.
O Presidente do Sindicato dos Engenheiros, Tião Fonseca denuncia que para suprir a necessidade da falta de profissionais, o governo do Acre colocou fiscais sem a habilitação necessária nessas obras. O caso já foi levado ao conhecimento dos ministérios público, estadual e federal.
Fonseca alerta que a ausência do profissional nas obras pode gerar problemas futuros pela falta qualidade e segurança dos serviços executados, “bem como a gestão de recursos financeiros em andamento, de programas extrema relevância econômica e social como: Ruas do Povo, Cidade do Povo, Programa de Controle a Aftosa e Obras do Programa do PAC, que se encontram sem fiscalização, acarretando sérios riscos e consequências à sociedade”, diz.
Ainda na ação protocolada nos MPs pela direção do sindicato, há denúncias de fortes indícios de que o governo estadual, após o início greve, tem promovido a fiscalização de obras tão somente pelos profissionais terceirizados, “essa atribuição é exclusiva dos servidores públicos, eis que eles não possuem nenhum vinculo efetivo com a administração pública estadual”, ressalta Fonseca, concluindo, “durante o período de greve não há servidores públicos suficientes para acompanhar e fiscalizar as obras e serviços, de modo que estão sendo executadas ao arrepio da lei, isto é de forma irregular”, acrescentou Tião Fonseca.
Luciano Tavares, da redação de ac24horas

Aprender segunda língua pode aumentar poder do cérebro, dizem cientistas


O tronco cerebral reagiu mais no caso de estudantes capazes de falar duas línguas, dizem pesquisadores
Aprender uma segunda língua pode aumentar o poder do cérebro, segundo pesquisadores americanos.
Os cientistas da Northwestern University dizem que o bilinguismo é uma forma de treinamento do cérebro – uma “ginástica” mental que apura a mente.
Falar duas línguas afeta profundamente o cérebro e muda a forma como o sistema nervoso reage ao som, segundo revelaram testes de laboratório.
Especialistas dizem que o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences fornece evidências “biológicas” para isso.
A equipe de pesquisadores monitorou as respostas do cérebro de 48 estudantes voluntários saudáveis – 23 dos quais bilíngues – a sons diferentes.
Foram usados eletrodos no couro cabeludo para traçar o padrão das ondas cerebrais.
Sob condições laboratoriais silenciosas, os dois grupos – o bilíngue e o de alunos que somente falavam inglês – responderam da mesma forma.
Mas em um contexto de conversa barulhenta, o grupo bilíngue foi muito superior em processar os sons.
Eles eram mais capazes de sintonizar informações importantes – a voz do orador – e bloquear outros ruídos que distraem – as conversas de fundo.
‘Poderoso’ benefício
As diferenças de resposta dos dois grupos foram visíveis no cérebro. As reações do tronco cerebral dos que falam duas línguas foram intensificadas.
De acordo com a professora Nina Kraus, que coordenou a pesquisa, “a experiência do bilíngue é aprimorada, com resultados sólidos em um sistema auditivo que é altamente eficiente, flexível e focado no seu processamento automático de som, especialmente em condições complexas de escuta”.
A pesquisadora e co-autora do estudo Viorica Marian disse: “As pessoas fazem palavras cruzadas e outras atividades para manter suas mentes afiadas. Mas as vantagens que temos descoberto em falantes de mais de uma língua vêm simples e automaticamente de conhecerem e usarem dois idiomas”.
“Parece que os benefícios do bilingüismo são particularmente poderosos e amplos, e incluem a atenção, seleção e codificação de som”, completou
Músicos parecem ganhar um benefício semelhante quando ensaiando, dizem os pesquisadores.
Pesquisas anteriores também sugerem que ser bilíngue pode ajudar a afastar a demência.

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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cresce o otimismo dos empresários da indústria, mostra pesquisa da FGV

Por Redação, com ABr - de Brasília
Indústria

Os empresários do setor da indústriade transformação estão mais confiantes na possibilidade de fazerem bons negócios após as medidas de incentivo anunciadas no início deste mês pelo governo federal, indica a pesquisa mensal Sondagem daIndústria de Transformação, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Entre as ações anunciadas pelo governo estão a desoneração da folha de pagamento e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns setores, entre os quais os fabricantes de geladeiras, fogões e outros bens da chamada linha branca, os de móveis e os de luminárias.
Segundo o levantamento da FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), aumentou 0,3%, passando de 103 em março para 103,3 pontos em abril.
É a quinta elevação consecutiva, mas, de acordo com a FGV, os percentuais de alta ainda são modestos. Em março, a taxa havia apresentado variação de 0,5%; em fevereiro, de 0,2%; e em janeiro, de 0,5%.
O Índice da Situação Atual (ISA) teve leve alta (0,2%) ao atingir 104 pontos, ante 103,8, o patamar mais elevado desde julho de 2011 (107,4 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) alcançou a maior pontuação dos últimos nove meses, ao passar de 102,5 para 102,6 pontos.
Para esses cálculos, foram ouvidos representantes de 1.147 empresas. Mais da metade (52,3%) manifestaram a expectativa de uma melhora nos negócios no período de abril a setembro, o que indica um aumento em relação ao resultado de março (44%).
Para 8,2% dos entrevistados, haverá uma piora, o que representa também uma elevação do universo de pessimistas, que na pesquisa anterior chegava a 6%.
Também foi constatado leve aumento no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), que subiu de 83,8% em março para 83,9% em abril, o maior patamar desde julho de 2011 (84,1%).

sábado, 21 de abril de 2012


Sangrando há dois anos, paciente do interior reclama da falta de apoio do TFD e do Governo do Acre

O Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que era para ser um benefício à população carente do Estado, aos poucos vem se tornando um tormento, para os doentes que precisam se deslocar de cidades do interior do Acre, em busca da cura de doenças que não são tratadas nas unidades de saúde dos municípios mais afastados.
As reclamações sobre o acesso e providências do TFD têm sido uma constante na rotina de tratamento de pacientes do interior. Com um sangramento ininterrupto há dois anos, a dona de casa Zenilde Rebouça Ribeiro Lima, procurou a equipe de reportagem de ac24horas, para denunciar o que ela classifica como “descaso e falta de respeito com a vida”.
Segundo relato da paciente, ela teria saído da cidade de Tarauacá, distante 450 quilômetros da capital no dia 10 de março, sem qualquer tipo de ajuda de custo ou auxílio. Ao chegar a capital, a paciente diz que estaria sendo tratada como paciente comum, sendo obrigada a enfrentar filas e chega durante a madrugada na Fundhacre.
Zenilde Rebouça reclama ainda, que estaria tendo acesso apenas as sobras de fichas dos pacientes de Rio Branco. A paciente denuncia que estaria vivendo de favores em uma residência de parente no bairro Santa Inês. “Não estou mais suportando toda essa humilhação, preciso de tratamento e não vejo boa vontade de ninguém”, reclama.
Com todos os exames prontos e com a prescrição médica seguida a rigor, Zenilde espera pelo agendamento de sua cirurgia. O medo da paciente é que tenha que refazer toda peregrinação, já que os exames foram feitos no dia 28 de março, e teriam validade de trinta dias. “Preciso de ajuda. Hoje são 20 de abril, os exames vencem daqui a oito dias”.
O que diz a equipe do TFD
Conforme apuração feita pelo TFD, Zenilde Rebouça Ribeiro Lima, chegou de Tarauacá no dia 11 de março para consulta dia 12, no Hospital das Clínicas. O médico que a atendeu, o ginecologista George Umeoka marcou sua cirurgia para o dia 24 de agosto.
Para o TFD, “neste caso, ele deveria ter retornado a Tarauacá e só voltar a Rio Branco próximo à data da cirurgia. Esse é o procedimento quando ficam hospedados nas Casa de Apoio do TFD, onde recebem também alimentação”.
Segundo os gestores do TFD, “muitos pacientes preferem ir para a casa de parentes e acabam ficando por tempo indeterminado. Vale ressaltar que pacientes intermunicipais não têm diretio a ajuda de custo, uma vez que o estado oferece a casa de apoio”.
“A paciente poderia ter procurado a gerência do TFD para relatar sua situação, mas não o fez e diante da gravidade alegada por ela somente ao repórter, o médico irá atendê-la nesta segunda, 23, às 12h30 para nova avaliação e se julgar necessário, fará a cirurgia na mesma semana”.
Segundo ainda a assessoria do TFD, “é bom esclarecer que os pacientes do TFD vindos do interior do estado têm prioridade na agenda, mas se o médico marcou para agosto é porque julgou, naquele momento, que não havia necessidade de ser em data anterior”.
Sobre as supostas irregularidades
“Antes de falar em irregularidades, é bom que se tenha clareza dos encaminhamentos corretos para que não fique parecendo que o paciente ficou sem assistência”, finaliza a assessoria do TFD.
Ray Melo,
da redação de ac24horas