sexta-feira, 18 de maio de 2012

Alvos identificados na Operação Ágata 4 podem resultar em novas ações na Amazônia

Por Redação, com ACS - de Brasília
As pistas clandestinas, as áreas ilegais de garimpo e os pontos usados para tráfico de entorpecentes e de animais silvestres identificados pela Operação Ágata 4, encerradas na quinta-feira, podem ser alvos de novas operações das Forças Armadas na região da Amazônia. A determinação foi transmitida pelo chefe de Operações Conjuntas (Choc), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general João Carlos Vilela Morgero, durante videoconferência que marcou o encerramento oficial da operação. A ação militar realizada entre 2 e 17 de maio contou com aparato de 8,5 mil militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB), além de funcionários civis de 18 agências ligadas a dez ministérios. A FAB identificou 12 pistas clandestinas, sendo que uma delas foi explodida às margens do rio Catrimani, a 230km de Boa Vista (RR). As outras pistas passarão pelo processo de limpeza da área, como, por exemplo, a retirada de moradores para, em seguida, serem destruídas. Os números finais da operação Ágata serão encaminhados pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) ao Ministério da Defesa até o dia 25 de maio. Em seguida, será produzido documento com todos os detalhes da operação militar. Para o patrulhamento de 5.128km de fronteiras do Brasil com Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa foram empregados 3.331 militares da Marinha, 4.078 do Exército e 1.037 da FAB. A operação contou com a participação de 11 navios, nove helicópteros, 27 aviões e 65 veículos automotores. O comandante da Força Aérea Componente (FAC), brigadeiro Marcelo Damasceno, disse que a operação permitiu mapear uma região fronteiriça de 5,2 mil quilômetros. Isso significa a distância entre Lisboa (Portugal) e Moscou (Rússia). O total de quilômetros voados pelas aeronaves da FAB durante a operação, 211 mil, representa cinco voltas em torno do planeta Terra. Mapa Os resultados da Operação Ágata 4 servirão para que o governo federal tenha o diagnóstico dos 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao avaliar na última terça-feira (15), em Manaus (AM), a megaoperação. Amorim percorreu trechos da região onde se desenrolou a Ágata 4 acompanhado do vice-presidente da República, Michel Temer; do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito; do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi; e dos comandantes da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general Enzo Peri; e da FAB, brigadeiro Juniti Saito. - Com a Operação Ágata 4 completamos o patrulhamento da fronteira brasileira. Nesse período, fizemos o levantamento de áreas estratégicas. Um aspecto importante que devemos destacar foi a interoperabilidade das Forças Armadas – disse o ministro. A Ágata é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. As ações no âmbito dessa operação são coordenadas pelo EMCFA. Após a realização da Ágata, o governo deflagra a operação Sentinela, sob comando do Ministério da Justiça.

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