sexta-feira, 29 de abril de 2011

10 coisas que você pode fazer para ganhar mais tempo no seu dia


Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena e trabalhar num espaço organizado podem fazer toda a diferença

Por José Luiz S. Cunha , www.administradores.com.br

Qualquer coisa que você puder fazer para melhorar sua organização fará diferença para a melhoria da sua produtividade, melhor gerenciamento do seu tempo e também para a proteção do seu bolso.

Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena, usar um sistema de arquivos com classificação adequada, trabalhar num espaço organizado, ter o costume de planejar o trabalho e as tarefas ou ainda utilizar os recursos da tecnologia de forma eficiente podem fazer toda a diferença do mundo, para o seu tempo render mais.

Às vezes escuto as pessoas dizendo "preciso me organizar melhor. Quando tiver um tempo, vou fazer isso". Posso garantir uma coisa: este tempo nunca vai aparecer nem sobrar na sua programação. Ele precisa ser criado por você e isso depende apenas de uma atitude sua.

1. Acorde mais cedo

Coloque o alarme para 15 minutos mais cedo e adiante o seu dia.

2. Planeje o que vai vestir na noite anterior

Deixe a roupa separada e pronta para vestir. Você irá economizar bons minutos do seu dia.

3. Mantenha sua mesa de trabalho organizada

Saber onde estão seus papéis e documentos, e saber onde guardá-los vai economizar bastante tempo ao longo do seu dia. Deixar a mesa limpa e mantendo sobre ela apenas aquilo em que está trabalhando no momento vai ajudar você a manter o foco e terminar as tarefas mais rápido.

4. Mantenha seu computador organizado

Desktop limpo e com poucos ícones, pastas organizadas e arquivos nomeados corretamente ajudam bastante na hora de encontrar o que você precisa, economizando muito tempo ao longo do dia. Organizar as suas pastas de e-mails e manter a caixa de entrada sempre vazia é também fundamental para melhorar a sua produtividade no trabalho.

5. Utilize sua agenda e crie listas de memória

Não tente lembrar as coisas de cabeça. Isso vai aumentar o seu estresse e o risco de você esquecer coisas importantes, que podem gastar inutilmente o seu tempo.

6. Cozinhe o suficiente para 2 refeições

Quando for cozinhar e preparar seus alimentos, procure fazer uma porção maior, depois divida em dois e congele se necessário, economizando assim o tempo na próxima refeição.

  Dane Steffes/iStockPhoto   
    
  
Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena e trabalhar num
espaço organizado podem fazer toda a diferença 
  


7. Concentre suas chamadas telefônicas

Faça uma lista das ligações que tem que fazer, anotando os números de telefone e assuntos. Depois separe um tempo e faça todas as ligações em sequência. Isso economiza tempo e deixa seu dia mais organizado.

8. Planeje seu dia de trabalho

Ao final de cada dia planeje o dia seguinte. Realoque compromissos e tarefas na sua agenda e tenha claro o que irá fazer. Isso faz com que você vá para casa com a cabeça mais tranquila, economiza tempo e melhora sua produtividade. Lembre-se: uma hora de planejamento pode economizar até 10 horas de trabalho.

9. Aprenda a utilizar os recursos do seu smartphone

Utilizar a agenda (calendário), o bloco de anotações, o GPS e tantos outros aplicativos de produtividade pode fazer uma incrível diferença na hora de administrar suas tarefas e atividades, dando a você mais controle sobre o uso do seu tempo.

10. Faça as compras pela Internet

Depois de aprender a se organizar para isso e criar este hábito, esta tarefa será rápida e vai economizar muitas horas na sua semana.

José Luiz S. Cunha - é CEO do Organize sua Vida 

O casamento do príncipe e seus efeitos sobre a marca "Família Real"


Espetáculo midiático, união mobiliza grandes empresas, movimenta economia e rejuvenesce a imagem da monarquia britânica, afirma especialista

Por Marcos Hiller, www.administradores.com.br

O casamento do príncipe Willian e da plebeia Kate atrai os olhares do mundo, incluindo especialistas do mundo da moda, gastronomia, turismo, realeza e os tablóides. Mas, se pudermos analisar esse evento com um olhar mais mercadológico, poderemos perceber que se trata de um espetáculo essencialmente midiático.

Se olharmos sob a ótica do processo de gestão da marca "monarquia inglesa", esse casamento era tudo que a velha Rainha precisava. Um casal jovem, educado, bonito, feliz, rico, elegante, simpático e com histórias de vida exemplares é tudo que a marca Realeza Inglesa precisa. Marca essa que, certamente, necessitava de um impulso rejuvenescedor, haja visto que muitas pessoas ainda associam a realeza britânica a escândalos extra-conjugais de Charles e Diana, ou às tendências estéticas um tanto quanto piegas.

Após a trágica morte de Lady Di há quase 15 anos, nunca mais a família real foi vista como marca admirada. A princesa Diana era um ícone da elegância, da filantropia, da boa-mãe e, certamente, era uma figura-chave em trazer para a marca da monarquia britânica uma imagem mais amigável, admirada e benquista por todos. Porém, chegou o dia em que o primogênito de Diana se casa. Ou seja, todos aqueles atributos de admiração e de exemplos de família são resgatados, para o bem da marca monarquia inglesa. 

  Reprodução/ Canal oficial do Casamento Real no Youtube   
  rainha elizabeth  
   Rainha Elizabeth em cortejo do casamento real  


Especialistas comentam que o casamento real injeta, de maneira indireta, cerca de US$ 2 bilhões na economia britânica. Com isso, grandes marcas globais participam do evento, para serem vistas pelos olhares ávidos de todo o planeta.

O casamento real também ganha um holofote diferenciado nas redes sociais, como nos Trend Topics do Twitter. Aliás, o uso do microblog pelos convidados durante a cerimônia foi terminantemente proibido. Independentemente da obediência a essa regra da etiqueta digital, o fato é que a cerimônia movimenta a mídia e a opinião pública de todo o mundo, com inevitável impacto na marca "Família Real".

Marcos Hiller é coordenador do MBA de Gestão de Marcas (Branding) da Trevisan Escola de Negócios. (@marcoshiller). 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Será que você é um workaholic?

Entenda quando a dedicação se torna excesso e você passa a ser um escravo do trabalho


Por Eber Freitas, Revista Administradores
Você já assistiu ao filme Clube da Luta (Fight Club, 1999)? Se a resposta for afirmativa, então você conheceu um caso clássico de um workaholic: Tyler Durden é um funcionário de uma empresa de seguros, sem família, namorada ou vida social, que passa a maior parte do tempo em aviões, não dorme e procura preencher a falta de significado da vida com objetos de decoração. Uma bomba que, a certa altura, explode da pior maneira e de modo que cause os maiores estragos possíveis.

Apesar de ser um personagem de ficção, Tyler simboliza uma manifestação indesejada, um apêndice, um efeito colateral do estilo de vida capitalista. Essa manifestação corresponde aos viciados em trabalho, pessoas que procuram no emprego o que não encontram no campo afetivo, espiritual e social.

Workaholic

O termo foi citado pela primeira vez no começo da década de 70, pelo psicólogo americano Wayne Oates, no livro "Confessions of a Workaholic". A palavra é derivativa da junção work (trabalho) + alcoholic (alcoólatra). Segundo o professor e coordenador do Laboratório de Pesquisa do Trabalho da UNB, Wanderley Codo, foi a partir da vivência clínica de pessoas com características e sintomas semelhantes a viciados que foi elaborado o conceito.

Sintomas e diagnóstico

Não é difícil identificar um workaholic, mas apenas o fato de passar muitas horas além do necessário trabalhando, bem como nos fins de semana, não representa, por si só, um diagnóstico do vício. No entanto quando essas horas a mais são, na verdade, uma maneira de fugir da vida social, dos conflitos familiares, conjugais ou de outros aspectos cotidianos, é bom ficar alerta: você pode ter problemas maiores do que aparenta e, acredite, não vai querer conviver com eles.

Os sintomas físicos costumam ser bem semelhantes ao de Tyler. "Eu ficava extremamente cansado, só pensava em trabalhar, tinha dificuldades para dormir. Ficava doente constantemente, comecei a ter uma gastrite, que evoluiu para úlcera e depois um pequeno tumor no tubo digestivo", lembra Christian Barbosa, CEO da consultoria Triad e ex-workaholic.

     Divulgação    
       
    Christian Barbosa, ex-workaholic que hoje é um dos maiores especialistas do Brasil
em gestão do tempo
   


Embora o mais indicado para a maioria dos viciados em trabalho seja uma ajuda médica, alguns profissionais conseguem encontrar a resposta quando reconhecem o próprio problema. No caso de Christian Barbosa, a melhor forma de lidar com o vício foi aprender a gerir o próprio tempo. Se deu certo? O fato de ele ter se tornado um dos maiores especialistas em gestão do tempo do Brasil dá por si só a resposta.

"Eu fui um workaholic dos piores tipos dos 16 aos 20 anos de idade. Procurei ajuda na gestão de tempo; comecei a me organizar melhor, priorizar outras coisas, adicionar tempo para mim mesmo na agenda. Foi um processo que demorou 4 meses para conseguir parar de trabalhar aos domingos e um total de 10 meses para ter mais vida", reconhece Christian.

Entretanto, Wanderley Codo garante que um auxílio especializado é essencial tanto para diagnosticar o vício quanto para tratá-lo. "Para detectar o vício é necessário um diagnóstico simples que deve ser feito por um profissional especializado, porque o que vai se estudar é o grau e tipo de relação que ele tem com o trabalho e com a vida. O paciente pode perfeitamente trabalhar muitas horas e ter uma relação perfeita com o trabalho e com os demais aspectos da vida", explica.

Worklovers

Se você gosta e já está acostumado a trabalhar 12 horas por dia, e até alguns fins de semana, não precisa ficar alarmado: você não é, necessariamente, um workaholic. As pesquisas coordenadas pelo professor Wanderley Codo identificaram outro tipo de profissional que, embora tenham essa característica de um viciado, não permitem que isso interfira nos demais aspectos da vida nem se utilizam do trabalho como um meio para figir dos problemas. Tais profissionais foram denominados worklovers, pessoas que amam o próprio trabalho e desenvolvem uma relação perfeitamente salutar com ele.

    Divulgação    
       
    Carol Azevedo, worklover
   
Carol Azevedo, diretora de Criação da agência de publicidade Bloom, acredita que seu perfil se encaixa nessa categoria. Apesar de trabalhar, em média, 10 horas por dia entre dois escritórios da agência, ela afirma que é apaixonada pelo que faz e que isso é feito de forma equilibrada e sem pesar na sua vida social, pessoal e afetiva. "Eu me considero uma worklover de carteirinha! Sou apaixonada pelo que faço e procuro profissionais com a mesma característica para a minha equipe. É essa paixão que traz qualidade e a constante busca pelo aprimoramento. Gosto de criar, de estar envolvida com as pessoas, à frente de desafios e projetos", afirma a diretora.


Vício ou status?

Muita gente gosta do trabalho, sente prazer no que faz e passa algumas horinhas a mais no escritório, abrindo mão de fazer coisas mais interessantes, como sair com o parceiro, assistir um filme ou ler um livro, por exemplo. No entanto, criou-se uma balbúrdia, a partir dos anos 90, de que gostar de trabalhar seria um sintoma de vício, já que para muita gente trabalhar é um esforço necessário apenas para ganhar dinheiro, e não uma fonte de deleite.

Incorporando essa cultura, jovens profissionais se intitulam workaholics como uma forma de manter uma fama entre os colegas de um trabalhador esforçado, que abre mão de tudo para conseguir os resultados necessários. Porém há uma diferença abissal entre gostar de trabalhar e ser um viciado em trabalho, o que abrange sintomas físicos e psicossociais graves. Um workaholic busca, através do trabalho, criar um 'mundo particular' para escapar dos problemas reais, não um status quo. 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tony Hsieh: o empreendedor que fez da felicidade um bom negócio

Fundador e CEO da Zappos.com, a empresa que mais vende sapatos pela internet no mundo, ele se transformou em referência de empreendedorismo quando apostou em um novo enfoque para a cultura da sua empresa

Revista Administradores
 


Divulgação
Tony Hsieh


"A felicidade, quanto mais se divide, mais você multiplica". Apesar de a frase parecer ter saído de um conto de fadas ou estória da carochinha, é na verdade a base de uma importante ferramenta de negócio que está revolucionando o mercado e transformando o norte-americano Tony Hsieh num visionário. Ele teve a coragem de inovar fazendo da felicidade um dos alicerces para administrar sua empresa.

Fundador e CEO da Zappos.com, a empresa que mais vende sapatos pela internet no mundo e chega a faturar 1 bilhão de dólares por ano, Tony se transformou em referência de empreendedorismo quando apostou em um novo enfoque para a cultura da sua empresa: buscar a felicidade para gerar lucros.

Essa postura resultou na satisfação de seus clientes e funcionários, gerando mais receita em menos tempo. Uma fórmula simples, que é tratada com paixão por todos da sua equipe e vem despertando a curiosidade do mundo dos negócios pelos resultados efetivamente alcançados. Em entrevista à Revista Administradores, Tony contou um pouco das suas decisões na carreira e o segredo que o fez tornar-se um bilionário ainda bem jovem.

Você sempre apresentou um espírito empreendedor e buscou levar criatividade em tudo o que faz. O que leva você a ser tão criativo?

Para mim, conhecer muitas pessoas diferentes de diversas origens sempre me dá novas perspectivas e percepções que eu acho que ajudam a me tornar mais criativo. As perspectivas você pode obter em determinado desafio, a criatividade você pode conseguir enfrentando esse desafio.

Você costuma dizer que a paixão é muito importante para fazer negócios. Por quê?

Nos negócios, a paixão é o que ajudará nos tempos difíceis. Também, essa paixão irá motivar seus funcionários, que afetarão seus clientes e colegas de trabalho.

Seus pais são originalmente de Taiwan. Houve alguma lição especial que eles ensinavam e que ajudou a se tornar esse empresário bem sucedido?

Acho que uma das lições mais importantes que eu aprendi deles foi não ter medo.

Em seu livro "Satisfação garantida" você indica que trabalhar com felicidade é um bom negócio. Mas o que é sucesso para você? O que é felicidade para você?

Para mim, a definição de sucesso é você estar verdadeiramente bem, mesmo perdendo tudo o que possui.

    Reprodução    
       
    Capa do livro "Satisfação Garantida", de Tony Hsieh    


Quando você vendeu a LinkExchange para a Microsoft, a empresa ofereceu um bom salário para continuar mais 12 meses. Porém, em seu livro, você diz ter perdido a felicidade em trabalhar ali e saiu antes desse prazo. Você se arrepende de deixar a Microsoft e desistir dos oito milhões de dólares?

Em geral, eu costumo me arrepender de coisas que eu não fiz, não de coisas que eu fiz e que não deram certo.

Você assumiu um grande risco ao colocar quase todos os seus fundos pessoais em Zappos quando a empresa estava passando por problemas. Como você decidiu que deveria assumir esse grande risco e até onde poderia ir com ele?

Para mim, isso apenas veio por realmente acreditar no futuro de Zappos e por saber que tínhamos o time certo para fazer isso acontecer. Também, o pior cenário nunca foi tão ruim assim. Eu nunca estive em risco de fome ou de ser sem-abrigo .

A Zappos ficou conhecida pelo atendimento exemplar ao consumidor. O que desencadeou você a procurar o melhor atendimento e satisfação do cliente como um dos valores fundamentais da Zappos?

Eu sempre fui apaixonado pelo serviço ao cliente como um consumidor. Ao longo do tempo, percebemos que o melhor serviço que oferecemos para nossos clientes na Zappos é o mais leal atendimento, que cresceu bastante através do boca a boca.

    Divulgação    
       
    Equipe da Zappos    


A Zappos não parece investir muito no marketing tradicional. O que a equipe de marketing faz para ajudar a construir a marca, então?

Nós temos um departamento de marketing direto on-line, assim como um departamento de marketing da marca, que é focada principalmente em marketing off-line. Entretanto, a maioria do dinheiro que teríamos gasto em publicidade ou marketing pago, investimos no atendimento ao cliente.

Como você instrui seus funcionários do call center para manter um bom espírito de serviço ao cliente sem sacrificar seus equilíbrios emocionais?

Como com muitas coisas na Zappos, nós falamos para nossos funcionários para serem simplesmente reais e usarem suas melhores opiniões.

Por que você acredita que a cultura da empresa é tão importante?

Para qualquer empresa que quer construir sua marca em torno de fornecer um excelente serviço, a cultura vai fazer uma enorme diferença. É difícil providenciar um ótimo serviço onde os funcionários estão infelizes.

Empresas tradicionais de comércio eletrônico tendem a se concentrar em transações de baixo preço e são considerados impessoais nos negócios. No entanto, você foi capaz de respirar um elemento humano no comércio eletrônico, o que não é típico. Como você chegou até essa abordagem?

Descobrimos que os clientes que estão focados apenas em preços baixos não eram mais leais em relação aos concorrentes que ofereciam esses preços.

A Zappos tenta contratar apenas pessoas que cabem na cultura dela. Como você encoraja a diversidade se a força de trabalho é homogênea?


Para nós, a diversidade é encapsulada nos nossos valores fundamentais que definem nossos valores fundamentais. Por exemplo, sendo 'mente aberta', 'humilde' e 'perseguidor do crescimento e aprendizado' tudo aponta para abraçar a diversidade.

Os ideais em que você acredita são o melhor caminho para ter funcionários vivendo entre os valores fundamentais nas empresas?

O caminho mais fácil é simplesmente contratar funcionários cujos valores pessoais já se encaixem com os valores fundamentais da organização. Então você não tem que treiná-los a viver num conjunto de valores diferentes.

É muito surpreendente que a Zappos fornece importantes informações de valores aos fornecedores. Alguém poderia pensar que informações sobre vendas é a melhor arma que um varejista pode ter. Você estava nervoso em desistir dessa arma?

Um dos nossos valores fundamentais é "Construir relações abertas e honestas com a comunicação". Nossa maior força é nossa cultura e valores fundamentais e assim fornecer as informações aos nossos fornecedores era mais consistente com nossos valores fundamentais do que não fazê-lo.

Mesmo quando a crise atingiu o comércio eletrônico em 2008, Zappos conseguiu atingir 1 bilhão de dólares em vendas de produtos negociados em 2009. Existia alguma nova estratégia ou abordagem para Zappos durante esse período?

Não, nós continuamos a crescer por causa dos investimentos que nós tínhamos feito em atendimento ao cliente antes de 2008. Não por causa de nada que nós fizemos de diferente em 2008 ou 2009.

Você é um grande fã de redes sociais, como Twitter e Facebook. Inclusive, incentiva funcionários ao uso dessas ferramentas. Como as empresas devem alterar ou corrigir as suas estratégias de mídia social, a fim de ajustar-se à mudança da relação entre os consumidores, marca corporativa, comunicações e essa rápida mudança de ambiente?

Seja com Twitter, Facebook ou qualquer coisa do tipo, a próxima coisa é: o caminho mais fácil de lidar com tudo é apenas encorajar funcionários para serem reais e usar seus melhores julgamentos.

Como um empreendedor e empresário, qual a melhor lição que você aprendeu e qual o pior erro que cometeu?

A maior parte dos erros tem sido com a contratação. Se somarmos os custos de todas as más contratações que fizemos na Zappos e as decisões ruins, isso custou à empresa mais de 100 milhões de dólares.

Onde você se vê daqui a 10 anos?

Eu geralmente não planejo ou penso no que vem pela frente, porque as coisas nunca saem do jeito que você acha que elas vão. A vida é cheia de surpresas e meu objetivo é aproveitar o máximo possível.

A entrevista com Tony Hsieh foi publicada na revista Administradores nº 2. Confira acima outros destaques da edição.

10 qualidades indispensáveis para um bom profissional

Saiba o que as empresas esperam de você

Por Redação Administradores , www.administradores.com.br
A economia está mais pujante e, por isso, o mercado ficou mais exigente. Atender as expectativas dos empregadores hoje requer qualidade, esforço e dedicação. Ou seja: ter uma boa formação, inclusive continuada; estar disposto a correr atrás dos seus objetivos e comprometer-se a buscar os melhores resultados para a empresa.

"As exigências sempre vão ser muitas e vão aumentar. É um esforço constante, mas que tende a ser recompensado no final", afirma Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum e especialista em recolocação profissional.

O executivo lembra também que a melhor hora de buscar um novo emprego é quando se está trabalhando e que o mercado de trabalho está repleto de oportunidades.

Abrileri indica as principais qualidades que o profissional precisa ter para conquistar espaços e se garantir no mercado. Confira abaixo.

1 - Capacitação técnica específica

Esta continua sendo a principal e fundamental exigência. Se você não estiver apto a exercer bem a função que pleiteia, dificilmente conseguirá conquistar a vaga. Uma boa formação, cursos adicionais, experiência na função são importantes na hora de competir por uma vaga de trabalho.

2 - Visão global

Além de ser bom no que faz, é importante que você compreenda quais os impactos de sua parte sobre o todo. Ter uma visão global ajuda na comunicação em geral, tanto com pares como superiores ou subordinados.

3 - Estar bem informado

Vivemos hoje na sociedade da informação. Quem é munido de conteúdo sempre sai na frente. Nada melhor do que conversar com alguém que sabe o que está acontecendo sobre a função que exerce. Você deve ser o ponto de referência na empresa quando o assunto estiver relacionado à sua área. Agora, se puder também se informar sobre atualidades, economia, lazer, artes, esportes, internet, negócios, entre outros assuntos, melhor ainda. Você se torna alguém bem mais aberto e com muito mais possibilidade de interagir com outros da companhia. Mas não se esqueça: o principal conhecimento que você deve ter é relacionado à sua área de atuação.

4 - Facilidade com tecnologia

O computador e a internet são hoje ferramentas fundamentais de trabalho e comunicação. Quem interage bem com estas tecnologias e tem familiaridade com elas tem uma grande vantagem competitiva.

5 - Internet e redes sociais

Quem navega bem na internet e utiliza as redes sociais de maneira correta sabe como tudo isso pode ajudar para se informar, encontrar respostas e resolver problemas, e da mesma forma ganha pontos frente aos demais concorrentes.

6 - Idiomas (inclusive um bom português)

Num mundo cada vez mais globalizado, ter conhecimento de outro idioma é muito importante, principalmente o inglês. O Brasil ainda é um país que carece de pessoas que tenham domínio sobre outras línguas. Quem tem conhecimento em inglês e espanhol tem ainda mais vantagens. Mas lembre-se: saber bem o nosso português, por mais óbvio que seja, faz muita diferença.

7 - Educação continuada

Workshops, cursos de curta duração, palestras e pós-graduação, entre outros, sempre será algo valorizado pelas companhias. Mas não aja de modo a apenas colecionar diplomas. Conhecimento é muito valioso, portanto empenhe-se e realmente aproveite as oportunidades para aprender e crescer como pessoa e profissionalmente.

8 - Trabalho voluntário

Ter no currículo experiências como voluntário mostra que você é um profissional preocupado com valores importantes. Ações como essa não são apenas bem vistas no âmbito profissional, mas amadurecem o ser humano.

9 - Elegância e cordialidade

Essas qualidades podem ser mostradas em diversos aspectos – na maneira de se vestir, em como falar, nas atitudes. Ser elegante e cordial sempre atrai. Tais características ajudam a conquistar e demonstram maturidade e simpatia. Todos querem estar ao lado de pessoas agradáveis.

10 - Bons valores

Caráter e valores têm sido mais valorizados pelos recrutadores. Às vezes são naturais e nascem com a pessoa, são do interior dela, outras vezes são aprendidos em casa, mas também podem ser cultivados através da percepção e da valorização correta destas qualidades. Qualquer que tenha sido a forma de absorvê-los, o importante é ter bons valores. Com eles você se torna não apenas um bom profissional, mas um ser humano exemplar e de bem com a vida. 

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terça-feira, 26 de abril de 2011

O líder como modelo e inspiração

Confira o caso Southwest Airlines e de seu líder de mudança, Herb Kelleher, um dos fundadores da empresa e seu presidente por mais de 30 anos

Para os colaboradores da Southwest Airlines, companhia aérea norte-americana, Herb Kelleher, um dos fundadores da empresa e seu presidente por mais de 30 anos, é um modelo de comportamento. Sua aposentadoria como CEO foi recebida com tristeza, mas não foi um trauma para a empresa que ele havia preparado para mudar constantemente e com vigor.

Um filme produzido pela rede de televisão CBS salienta que, após 16 anos de resultados ruins, a empresa fundada em 1971, finalmente, lucrava. Segundo este filme, a Southwest obteve sucesso quebrando todas as regras: deixou de servir refeições, eliminou a primeira classe e oferecia serviço ponto a ponto. Era preciso manter os custos muito baixos, os mais baixos do setor, para que a tarifa fosse também a mais baixa possível e o valor para o cliente fosse o máximo.

Na visão de Kelleher, o grande concorrente da Southwest não eram as demais empresas aéreas, mas o transporte terrestre. O mercado da companhia logo triplicou e, em todas as cidades onde tinham operações, as outras empresas tinham de reduzir seu preço.

O principal fator de sucesso, na visão expressa por Kelleher, eram os funcionários da empresa, que tinham orgulho de trabalhar bem. A Southwest tinha o menor turnover do setor e a melhor relação com funcionários. Tanto eles como o CEO, seu modelo, se divertiam no trabalho.

A força dos funcionários

Kelleher apostava nos funcionários como interface com os clientes e fonte de informações úteis. Em troca dessa confiança, as pessoas se sentiam à vontade para transmitir o que soubessem. Uma colaboradora da emissão de passagens, por exemplo, ouviu, numa festa, que a United Airlines planejava destruir a Southwest.

Às 23 horas, logo que chegou da festa, ligou para seu chefe para alertá-lo da situação e isso deu início à união de esforços para buscar mais informações e agir. Em outra organização, talvez ela não tivesse vontade ou coragem de acionar seu chefe.

A comunicação é um dos pontos forte da Southwest. Os funcionários facilmente chegam a níveis superiores, porque a organização é achatada e a comunicação na horizontal flui mais facilmente do que na vertical.

Em relação à comunicação da visão na empresa, há muito nem é preciso explicar aos funcionários o que significa uma visão. O norte, para eles, é cuidar dos clientes e dos acionistas, para que todos fiquem felizes. “E ‘todos’, na Southwest, é todo mundo mesmo, funcionários inclusive”, ressalta John Kotter, expert em gestão de mudanças.

O respeito à capacidade dos funcionários também os autoriza a realizar a visão da empresa. Kotter recorda o caso de um casal que tinha urgência de embarcar para o funeral de sua neta. Chegaram ao portão de embarque quando o avião já estava para decolar.

Entendendo a gravidade da situação, o rapaz que recebia os cartões de embarque comunicou-se imediatamente com o comandante da aeronave que, por sua vez, retardou a decolagem sem pedir nenhuma autorização e comunicou aos demais passageiros o motivo do atraso. Quando o casal finalmente embarcou, foi recebido da melhor maneira possível diante da circunstância.

“Isso só pôde acontecer, porque os funcionários estão acostumados a fazer isso de maneira contínua. Quando deparam com um desafio grande, têm facilidade de resolvê-lo”, explica Kotter.

A tenacidade é uma das grandes características das pessoas que formam a Southwest, que não esmorecem diante de barreiras. Isso ficou evidente após o episódio de 11 de setembro de 2001, quando a regulamentação governamental e os procedimentos de segurança afetaram as operações aéreas.

Além disso, quando a Jet Blue, outro concorrente de baixo custo, entrou no mercado, colocou um forte desafio à empresa, mas, com sua incrível capacidade de mudar diante da dinâmica do mundo, a companhia saiu-se bem.

Crescer com ética e fé

Especialista traça a evolução dos trabalhadores da época industrial com os dias atuais, citando o forte crescimento da China em comparação com os demais países
Nos idos da Revolução Industrial, não era fácil ser um trabalhador. As fábricas eram precárias, abafadas, sujas e com péssima iluminação.  Os empregados, inclusive as crianças, chegavam a trabalhar 18 horas por dia e até estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões.
Os salários mal supriam as necessidades alimentares das famílias e não havia direitos trabalhistas, como férias, auxílio doença, 13º salário ou descanso semanal remunerado.
Em pleno século 21, a China não chega a reproduzir as condições aviltantes da Inglaterra do século 18, mas é certo que sua competitividade em preços deve muito à exploração exacerbada da mão-de-obra.
As jornadas podem chegar a 15 horas diárias, o descanso semanal remunerado é exceção nas empresas e muitas fábricas atrasam os salários durante meses, além de reterem os documentos dos funcionários, evitando assim que eles abandonem o emprego. Não deixa de ser um tipo de escravidão.
Por isso, quando se ouve falar do impressionante crescimento chinês, deve-se questionar: qual é o preço que a sociedade está pagando por esse desempenho econômico?
Claro que tem havido um resgate efetivo de muitas pessoas que estavam abaixo da linha da pobreza. Mas, não podemos achar que tudo corre às mil maravilhas.
Seja no que concerne às condições oferecidas aos trabalhadores, seja no âmbito do Meio Ambiente, a China de hoje e a Inglaterra de ontem em muito se assemelham.
Ambas transformaram florestas em carvão, envenenaram o ar e comprometeram a saúde de seu povo. Trata-se de um modelo de desenvolvimento diametralmente oposto ao que buscamos no Brasil, onde as empresas, cada vez mais, se comprometem com a proteção ao meio ambiente, com a responsabilidade social e com o respeito às comunidades onde estão inseridas. Somos um País cristão e sabemos que o crescimento depende de posturas humanas e fraternas nas relações trabalhistas.
Em vez de aderir a um modelo predatório, e que a longo prazo tende a se revelar insustentável, o empresário brasileiro se esforça para estar enquadrado nas diretrizes que pautam o conceito de sustentabilidade.
Muitas vezes, ele faz isso a duras penas, pois o nosso País tem uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo, entraves burocráticos de toda natureza e uma legislação trabalhista que, já não responde às necessidades do mundo moderno.
E, enquanto os chineses devastam seus recursos como se não houvesse amanhã, nós temos uma legislação ambiental que chega a extrapolar o bom senso com suas exigências e restrições.
Ainda assim, salvo raras exceções, o empresariado brasileiro nada fica a dever às boas práticas adotadas no mundo desenvolvido. E ele está cada vez mais atento às muitas implicações que suas decisões podem ter — implicações não somente econômicas, mas também éticas e morais.
Afinal, como disse o papa João Paulo II, a empresa não é apenas de seus sócios, mas, também, de seus trabalhadores e de toda a sociedade para a qual gera matérias-primas, produtos ou serviços. Um patrimônio coletivo.
É importante termos isso em mente quando invejarmos os 10% de crescimento econômico que a China vem alcançando ano após ano. Pois os nossos resultados, embora mais modestos, são consistentes e servem de alicerce para a construção de uma sociedade cada vez mais justa e equilibrada.
João Guilherme Sabino Ometto (Engenheiro (EESC/USP), é vice-presidente do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e coordenador do Comitê de Mudanças Climáticas da entidade)

Cinco características dos melhores chefes

Robert Sutton distingue os bons dos maus chefes, destacando sua capacidade de se relacionar com as pessoas que lideram e de tomar decisões sábias. Essas competências se agrupam em cinco atributos. Confira quais são eles.
A rede de moda masculina Men’s Wearhouse demitiu um de seus melhores vendedores. Por isso, o faturamento da unidade em que trabalhava aumentou –sim, cresceu– 30%. O motivo? Segundo Robert Sutton, especialista em gestão por evidências, esse vendedor representava uma maçã podre, e a capacidade de distinguir presenças danosas assim das verdadeiras estrelas é uma das características do bom chefe.

O problema como o da maçã podre da Men’s Wearhouse é muito frequente. Pela filosofia da loja, os vendedores devem ajudar uns aos outros a atender os clientes, mas o comportamento daquele único vendedor impedia a colaboração na equipe.

Apesar de ser o melhor da região de Seattle, o funcionário era acusado, por seus colegas, de roubar as vendas deles. Daí porque, ao ser restaurado esse espírito colaborativo, as vendas apresentaram tamanho incremento.

Um vendedor campeão como esse poderia, por alguns, ser considerado uma estrela. Mas estrelas, segundo o professor, são aqueles que têm capacidade para ajudar toda a organização a ter sucesso.
Citando pesquisa conduzida pelo Dr. Will Felps, que estudou o efeito de membros ruins dentro de grupos, Sutton destacou que as maçãs podres -por Felps definidas como “parasitas”, “pessimistas” ou “babacas”– reduzem o desempenho de uma equipe em 30% a 40%, quando comparadas aos grupos que não têm elementos com essas características.

“Se você tem alguém assim na equipe, tem de lidar com isso antes de estimular as demais pessoas a fazerem coisas positivas. As maçãs podres causam muitos problemas, porque se dedica tempo demais para lidar com elas, e as pessoas acabam se distraindo de buscar resultados”, explica o palestrante. Segundo ele, há dois modos de lidar com pessoas problemáticas assim: tentar mudá-las ou demiti-las.

Assertivo, protetor e eficaz

Além de saber distinguir maçãs podres de estrelas, o bom líder também é assertivo à perfeição, protetor de sua equipe, capaz de formar equipes pequenas e estáveis.

Por “assertivo à perfeição”, Sutton não quer dizer muito assertivo, mas assertivo o suficiente, equilíbrio que se conquista quando o líder está em sintonia com cada membro da equipe.

De acordo com ele, os chefes mais eficazes estão numa zona intermediária. O ideal é saber quando forçar as pessoas, quando avaliar e quando criticar, além de compreender que há indivíduos que exigem supervisão próxima e outros que trabalham melhor sozinhos. “Às vezes, a melhor gestão é nenhuma gestão”, alertou.

O palestrante recordou que quando William Coyne havia acabado de deixar a posição de CEO da 3M, contou que grande parte de seu trabalho era manter o pessoal de criação distante dos executivos, pois eles perguntavam e avaliavam muito.

Os melhores chefes também protegem seu pessoal de ofensas, intromissões, distrações, indignidades e todo tipo de idiotices. “Grandes chefes ignoram e desafiam as idiotices vindas de cima inclusive”, ressaltou.

Ele revelou que, em sua pesquisa de doutorado, identificou que, nos fechamentos bem-sucedidos de agências bancárias de um grande banco, os gerentes afirmavam ter ignorado toda a gama de procedimentos prescritos pela matriz.

“Os demais, que tentaram seguir de perto os procedimentos, acabaram frustrados e abatidos, com baixa retenção de clientes. Mas, quando mostrei as evidências ao banco, não me quiseram mais por perto”.

Um dos conselhos de Sutton é: “Tente se concentrar na menor equipe para realizar um trabalho. Mais pessoas não necessariamente levam a mais eficiência”. Segundo pesquisas, equipes compostas por quatro a seis membros têm máximo desempenho em tarefas ditas “intelectuais”.

Em relação à importância da estabilidade da equipe, o professor citou uma estatística forte: segundo o National Transportation Safety Board (agência norte-americana que investiga acidentes nos transportes em geral), 73% dos incidentes de voo ocorrem no primeiro dia que pilotos trabalham juntos e 44% ocorrem em seu primeiro voo. Praticar juntos é, portanto, muito importante.

Chefes sábios

Finalmente, o quinto atributo de um bom chefe é a sabedoria, e ela é manifestada de diversas maneiras. Talvez comece pela consciência que o líder deve ter sobre suas forças e limitações. Ele deve ser humilde, mas vale saber convencer de que se está no controle. É preciso saber ouvir, em vez de fingir ouvir os funcionários. Além disso, discernir o que é comentário sincero do que é bajulação também é crucial.

Na visão de Sutton, os chefes recebem elogios falsos o dia inteiro, porque os bajuladores são incentivados a agir assim, de alguma maneira, pelo próprio chefe. “Ninguém quer dar notícia ruim para o chefe. Quando a notícia chega à diretoria, muitos já mentiram, e ela está bem melhorada”, constata. Esse é o efeito-mordaça: as pessoas não dão más notícias aos chefes, porque acabam sofrendo as consequências.

O palestrante recorda o dramático caso da explosão do ônibus espacial Challenger. Foi perguntado à equipe qual era a probabilidade de o motor principal da aeronave apresentar problemas. Os engenheiros estimaram que a probabilidade era de uma em 200, mas os altos executivos estimaram que era apenas uma em 100 mil.

Outra característica dos líderes eficazes é que eles permitem que haja conflitos saudáveis entre a equipe, sem que resultem em grandes brigas. Para ressaltar a importância da diversidade de pontos de vista, Sutton cita William Wrigley Jr., empresário do setor de gomas de mascar: “Nos negócios, quando duas pessoas sempre concordam, uma delas é desnecessária”.

Por fim, um teste fundamental: como as pessoas se sentem depois de falar com o chefe? Elas têm mais ou menos energia? Chefes maus sugam energia de sua equipe.

Robert Sutton esteve presente no Fórum HSM de Gestão e Liderança 2011.


Portal HSM
25/04/2011

Liderança do século 21 | Portal HSM

Liderança do século 21 | Portal HSM

JBS, o maior frigorífico do mundo, assina o TAC proposto pelo MPs amanhã

 

O JBS, maior frigorífico do mundo, com uma filial em Rio Branco, assina amanhã o Termo de Ajustamento de Conduta coordenado pelo Ministério Público Federal, em parceria com o Ministério Público do Estado e Ministério Público de Trabalho. A informação foi confirmada pela assessoria jurídica da empresa que deve chegar hoje a Rio Branco. “Chegamos a uma redação que garante sustentabilidade tanto econômica quanto ambiental”, adiantou o assessor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva. Ele assegura que “não procede” a informação de que o frigorífico compra carne bovina tratada em área embargada pela Justiça por prática de trabalho escravo ou crime ambiental. “Não compramos carne que não seja de origem legal”.
Leia mais:  http://www.agazetadoacre.com

A CARNE DO ACRE É LEGAL!!

Mauro Ribeiro

Poucos produtos são tão genuinamente acreanos quanto a melhor carne do Brasil, a nossa carne. Consumimos uma carne saborosa, macia, suculenta, frequentadora das melhores churrascarias do Brasil. Mais que isso:  da mesa de todas as famílias acreanas. Falo sobre as qualidades de nossa carne para começar, pelo sabor, a rebater a recente tentativa de criminalizar a incipiente produção pecuária acreana, com a proposição de uma multa estratosférica e as consequências nefastas de tal ato.

Não considero que esta seja uma discussão reservada a especialistas. É de interesse de toda a sociedade. Posso afirmar que, no meu entendimento, trata-se de uma ação extemporânea e intempestiva, feita  para reacender velhos holofotes midiáticos e tentar jogar por terra todo o esforço histórico que governo e sociedade construímos na superação de antigas divergências.

No fundo trata-se de uma questão puramente ideológica,  manifestada sempre em suposta defesa dos interesses da população, em abrigo a um modelo de desenvolvimento de que a Amazônia tem dados seguidas provas de saber fazê-lo diferente, o Acre em especial. Tem sido assim sempre que algum projeto de desenvolvimento é colocado em curso: dificuldades e embaraços são criados para manter a Amazônia como santuário de pobres e isolados, num rosário de exigências inaplicáveis em qualquer outro estado brasileiro.

Considero extemporânea porque comete um erro histórico. Desconhece quem é o verdadeiro pecuarista do Estado. Com a mira ideológica voltada para os grandes fazendeiros, acerta o alvo nos pequenos proprietários, que diz defender. Ora, nem sonham que cerca de 80% das propriedades tem menos de 100 cabeças de gado. Se pensarmos em até 500 cabeças, quase 98% dos produtores estão concentrados neste intervalo.

Juntos, detêm a maioria do rebanho e são, ainda, os principais fornecedores de bezerros para recria e engorda.

É intempestiva porque o Acre, desde 2007, fez aprovar a Lei Estadual do Zoneamento Ecológico-Econômico, estabelecendo, dentre tantas coisas boas, a possibilidade de regularização de áreas com passivo ambiental, inclusive estabelecendo a modalidade da desoneração, em adição às de compensação de reserva legal, regeneração natural e reflorestamento -- já previstas no moribundo Código Florestal.

Só por isso -- por existir um programa de regularização de passivo ambiental em pleno curso -- já seria injustificável atropelar prazos, impondo julgamento antes mesmo de concluir etapas de defesa e adequação de todos os produtores que desejam permanecer na legalidade.    Além disso, impor medidas tão draconianas à economia do Estado, justamente no único setor consolidado e responsável pela geração de riquezas e oportunidades de trabalho, onde foi plantada uma verdadeira cadeia produtiva, é apostar no caos, na quebradeira.  Por isso, não se justifica acenar para o setor tendo à mão a dura intenção de  proposição de Termos de Ajustamento de Conduta, como se assinar um TAC fosse necessariamente uma solução tão generosa. Não pode haver generosidade com imposição. É sempre necessário considerar os dois  lados. 

A multa proposta -- e o consequente embargo aos frigoríficos -- ajuda a pensar que o julgamento e a condenação  estão antecipados a qualquer possibilidade de discussão.Todos sabem que temos prazo em aberto, que estão andando os processos de licenciamento e regularização ambiental. Mais ainda: que está havendo adesão dos nossos produtores, a tal ponto de muitas propriedades rurais já se encontrarem regularizadas, e outras encaminhando uma série de providências para darem entrada em seus processos de regularização, a exemplo do Georreferenciamento de cada área, um processo oneroso e necessário.

Quem é que não sabe que nos dias 3 e 4 de maio o Congresso Nacional estará votando a proposta de alteração do Código Florestal, removendo um dos mais velhos entulhos que conheço? Será oportunidade para adequá-lo aos novos tempos sem descuidar da proteção ambiental.

Pelas propostas em discussão, algumas com a sinalização de consenso por parte da base governista, é possível resolver mais 90% dos problemas de passivo ambiental em nosso Estado, o que atenderia a expectativa de milhares de pequenos produtores rurais.

Assuero Veronez anuncia desabastecimento de carne no Estado do Acre

Ter, 26 de Abril de 2011 00:19 
 
O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, declarou em entrevista na tarde desta segunda-feira (25), que pode haver desabastecimento de carne no Estado.
A entrevista foi concedida a uma emissora local que com Ação Civil Pública que impediu 14 frigoríficos no estado de abater gado oriundos de fazendas que promoveram desmate ilegal nos últimos cinco anos, pode fazer faltar carne no comércio acreano e haverá um aumento do preço do produto no mercado local.
Para Assuero, “sem alternativas os proprietários dessas fazendas terão de procurar o mercado de frigoríficos do estado de Rondônia, o que vai gerar desemprego aqui e também vai encarecer o preço da arroba do boi por causa do frete e isso será repassado ao consumidor. Se essa medida não for revista, vamos passar a comprar carne de Rondônia e bem mais caro”, lamentou.
Informações de Cruzeiro do Sul, [município distante 760 quilômetros da capital do Acre], dão conta que já falta carne bovina nos açougues e mais da metade dos restaurantes e churrascarias não abriram as portas na cidade por falta de carne.
Para o procurador da União, Anselmo Henrique, que gravou entrevista na TV Acre, “essa é uma manobra dos pecuaristas e pode gerar uma nova ACP, dessa vez com base na Lei de crimes contra a ordem tributária e econômica”, afirmou.
A Promotora do Meio Ambiente, Meri Cristina Amaral disse na última terça-feira (19), que a ACP movida pelos Ministérios Público Federal, Estadual e do Trabalho contra os 14 frigoríficos do Acre e o IBAMA, se fez necessária para que a pecuária seja desenvolvida de acordo com a legislação ambiental.
Para Meri Cristina, “o IBAMA também figura como réu, para que o órgão cumpra com o seu dever de efetivar o embargo das propriedades que já foram autuadas anteriormente” disse ela.
Salomão Matos- da redação de ac24horas com informações da TV Acre

Ifac deve chamar mais 70 concursados

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac) convocará, nos próximos dias, professores e técnicos administrativos de nível médio e superior para preenchimento de vagas. Serão cerca de 70 profissionais convocados no Acre.

Em todo o Brasil, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia já foram autorizados a contratar, via concurso público, pelo menos 2.800 professores e 1.800 técnicos administrativos para as escolas federais de educação profissional.

Conforme divulgou o jornal O Globo, os institutos que ainda tiverem concurso público válido poderão convocar e nomear os candidatos aprovados imediatamente. A autorização é dos ministérios da Educação e do Planejamento.

O Ifac promoveu cinco concursos em 2010, mas por conta do período eleitoral, não foi autorizado a contratar nenhum profissional. Com abertura de novas turmas, a contratação será imediata.

Segundo o Ministério da Educação, entre 2003 e 2010 foram instaladas 214 escolas técnicas federais, e boa parte do quadro desses centros ainda precisa ser preenchida. O país tem hoje 281 escolas técnicas públicas em funcionamento, e a previsão do governo é chegar a pelo menos 380 até o fim do ano. No Acre, o Ifac possui núcleos em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Xapuri.

Hoje, o MEC conta com pouco mais de 22 mil professores de ensino técnico e tecnológico, contra mais de 64 mil professores de ensino superior. (Ana Paula Batalha)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Jetman voará sobre o Grand Canyon


Por Pedro Sirna

Piloto suíço usará asas de propulsão a jato feitas de fibra de carbono em seu primeiro vôo nos EUA
Em seu primeiro vôo nos EUA, Jetman atravessará o Grand Canyon

Em seu primeiro vôo nos EUA, Jetman atravessará o Grand Canyon
É um pássaro? Não. É um avião? Não. É o Jetman!
A celebre frase usada nos quadrinhos do Super-Homem poderá ser ouvida na manha do dia 6 de maio por quem estiver visitando o Grand Canyon, Arizona.
Está é a data escolhida pelo suíço Yves Rossy, conhecido como Jetman, para voar pela primeira vez com suas asas a jato no céu dos Estados Unidos.
O piloto vai saltar de um avião para o Grand Canyon e, em seguida, voar a mais de 200 metros do chão.
As asas usadas no vôo terão 30 quilos (55 quilos com tanque cheio) e 2 metros de envergadura. O evento será patrocinado pela luxuosa relojoaria suíça Breitling.
Yves Rossy ficou conhecido como Jetman em 2006, quando se tornou o primeiro homem a voar com asas de propulsão a jato feitas de fibra de carbono.
Desde então, o piloto já voou sobre o Lago Geneva, na Suiça, e atravessou, em 2008, os 35 quilômetros do Canal da Mancha, que separam a Inglaterra da França.
Em 2009, Jetman tentou atravessar os 39 quilômetros de mar Mediterrâneo que separam África e Europa. Mas por conta de nuvens carregadas, teve que fazer um pouso de emergência na água com auxilio de pára-quedas.




Contrata-se: com profissionais em falta, sobram vagas para cargos de liderança


A maior preocupação das empresas para 2011 é atrair talentos

Por Redação, www.administradores.com.br
Com a economia crescendo a passos bastante largos, o Brasil tem precisado correr contra o tempo para corrigir alguns problemas históricos que, agora, se fazem perceber de forma muito mais clara. Nunca foi segredo o atraso do país em diversos setores, entre os quais está o sistema educacional. A estrutura falha, comprometida desde a base, mesmo com as recentes melhorias, ainda não foi capaz de capacitar profissionais suficientes e com todas as qualidades demandadas pelo novo momento que se vive hoje.

O resultado de tudo isso é o que mostra um estudo realizado pelo Instituto CRF, da Holanda. O levantamento constatou que a falta de profissionais qualificados no Brasil tem sido a reclamação mais recorrente nas empresas.

Para efeitos comparativos, a pesquisa aponta que 3% das empresas europeias afirmam ter dificuldade de preencher vagas de diretores e presidentes, enquanto nas brasileiras esse percentual é quase 9 vezes maior. No nível gerencial, a escassez é sentida por 17% das europeias e por 44% das nacionais.

"Esse cenário é o resultado da rápida aceleração da economia brasileira, sem que muitos profissionais tivessem tempo para se preparar para esse novo mercado", diz Robert Schaefer, Diretor para América Latina do Instituto CRF.

Por aqui, a maior preocupação das empresas, para 2011, é atrair talentos. Na Europa, o foco é maior em engajar os já conquistados. "Uma das maneiras mais eficientes de as empresas brasileiras garantirem mão de obra profissional seria por meio de ações como cursos, treinamentos para seus funcionários e planos de carreira que promovam os melhores talentos da organização", completa Schaefer. 

Lições de inovação: aprenda com a Apple a fazer diferente


Professor do IMD (Suíça) aponta ações que deram à empresa de Jobs o status de mais inovadora do mundo e mostra como elas podem servir de exemplo para você

Por Bill Fischer, Especial para a Revista Administradores
Devido às mudanças na economia mundial e ao aumento da concorrência, parece que a última tendência em consultoria estratégica instintiva para as empresas é tornar-se "mais inovador". No entanto, ser mais inovador não é tão fácil. O mercado mundial está repleto de carcaças corporativas de empresas que aspiravam à inovação. Grandes organizações como a Digital Equipment, Pan American Airlines e Polaroid, líderes inovadores em suas indústrias durante bastante tempo, já não existem, em grande parte devido à incapacidade de sustentar avanços tecnológicos.

Há mais de uma década, a Apple é considerada a empresa mais "inovadora". iPhones, iPods e iPads modificaram não só o mercado, mas a maneira com que vivemos. O iPod detonou a produção e distribuição de CDs e sacudiu a rádio com os podcasts. É realmente uma história de sucesso de inovação e levou apenas oito meses, do início ao fim. Claramente, há muito para apreender.

Motiva-se com os erros

A Apple não pensava em música portátil no fim do século 20. Na era do mp3 e compartilhamento peer-to-peer, estava focada em vídeo e no desenvolvimento do iTV e do iMovie – tanto que seu iMac na época não tinha sequer gravador de CD. Na verdade, ignoraram completamente o mercado da música. A empresa mais inovadora do mundo estava literalmente cega a uma das maiores tendências sociais daquele momento! No entanto, previsões financeiras fizeram com que percebessem a necessidade de mudar sua abordagem ao mercado e à tecnologia.

Dada sua reputação para a inovação e tendências, a incapacidade de prever a importância da música na vida dos usuários de computadores pessoais foi completamente atípica, mas uma perda de US$ 195 milhões no trimestre os motivou a repensar a maneira com que se inseriam no mercado. A Apple não só aprendeu com seu erro, mas o usaram como 'catapulta' para a inovação.

Busque habilidades

Então, se você é a Apple, como você se recupera? A maioria dos livros de gestão de equipe recomenda: "contrate atitude, ensine habilidades". Este modelo propicia um ambiente de trabalho harmonioso e colaborativo. No entanto, no mundo da inovação, aspirações e atitudes não são suficientes. Na situação em que se encontrava, a Apple precisava de habilidades reais e, assim, quando Steve Jobs formou a equipe do iPod, ele agrupou os melhores em hardware, software e design. Estes tinham a missão de mudar o mundo; acirrando o espírito competitivo e atingindo altíssimos níveis.

  Ilustração: José Maia/ Montagem: Administradores.com.br  
    
  
Quando se fala de Apple, fala-se de Steve Jobs. Ele é uma figura importantíssima à
marca e às atitude da empresa. 
  


Repare no alheio para se ter grandes ideias

O que realmente diferencia o iPod dos outros tocadores de mp3 não é o hardware, software ou o design – embora todos sejam ótimos. Seu verdadeiro destaque é a facilidade com que o cliente pode acessar, baixar, armazenar e carregar músicas e podcasts. Essa "inovação" não vem de dentro da Apple, mas de fora. Tony Fadell tentava desenvolver isto por conta própria e a empresa o encontrou e o contratou por oito semanas! Pense em como isso é difícil: encontrar alguém com uma boa ideia. Não era para construir uma relação a longo prazo, mas simplesmente para acessar uma boa ideia de outra pessoa.

Áreas criativas e inovadoras

Steve Jobs colocou a equipe em um espaço físico comum que, embora não condizente à hierarquia, fez com que os membros tivessem uma comunicação eficiente. O ambiente de trabalho tinha "muito pouco espaço pessoal" – não havia cubículos ou salas. Ao impor ambientes abertos, a criatividade e o fluxo livre de ideias foram incentivados.

Definir limites de liderança

Este artigo foi publicado originalmente na revista Administradores nº 0. Confira acima outros destaques da edição

Quando se fala de Apple, fala-se de Steve Jobs. Ele é uma figura importantíssima à marca e atitude da empresa. Então, qual seu papel no iPod? Depois de desenvolver uma equipe de primeira, Jobs lhes deu visões claras e ambiciosas. Ele cobrou a criação de um produto que colocaria 1.000 músicas em seus bolsos, com software tão simples que até suas mães poderiam usá-lo e uma oferta completa de produtos que estariam em pontos de venda dentro de oito meses. A beleza desses objetivos é que são simples, claros e precisos, mas abrangentes o suficiente que a equipe poderia trabalhar totalmente focada e livre ao mesmo tempo. Líderes inovadores devem fornecer um briefing claro que organize a equipe e que não restrinja suas capacidades.



Mesmo com a fama de se envolver nos projetos, Jobs realmente não interferiu muito no iPod. Ele foi perspicaz em montar uma equipe altamente qualificada e deixar que suas habilidades brilhassem. Porém, ao longo do caminho, ele agiu como policial e também cheerleader, impondo uma atitude que deixou os membros da equipe saberem que se a Apple tivesse sucesso, eles também teriam sucesso pessoal. Ele vigiou os parâmetros do projeto, garantindo a adesão da equipe às suas metas.

Pés no chão

Outro produto da Apple, o iPhone, está redefinindo a telefonia. No entanto, esta inovação foi uma ameaça à Apple quando um problema técnico afetou a qualidade do sinal. A resposta de Jobs mostrou sua verdadeira liderança: uma mensagem que corresponde à cultura da Apple – uma empresa que, repetidas vezes, mudou o mundo para melhor. Sua mensagem foi: "vamos resolver o probleminha do iPhone", e para seus concorrentes: "pegue-nos se for capaz".

A Apple continua inovando. O iPad promete revolucionar o setor editorial. Mais uma vez, Jobs viu uma oportunidade de cadeia de valor em um setor que, atualmente, está vulnerável às grandes mudanças e que usa tecnologias modernas, porém não revolucionárias. A empresa desenvolveu uma maneira inovadora de lucrar ao "religar" a experiência do consumidor de maneira que possam tecer uma nova cadeia de valores.

Bill Fischer é professor de Gestão de Tecnologia do IMD, uma das principais escolas de negócios do mundo, localizada na Suíça. Ele dirigiu o programa Mastering Innovation Globally 2010, administrado em Hong Kong.