quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Egipto. Confrontos por encomenda deixam o Cairo em estado de sítio


Ataques contra manifestantes parecem ser organizados. Ministério da Saúde egípcio dá conta de quase 600 feridos e três mortos na principal praça do Cairo
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Hosni Mubarak deu o tiro de partida para uma reforma que dizia querer "pacífica" para "restaurar a paz e a estabilidade". Mas logo após o seu discurso, começaram os confrontos nas ruas do Cairo entre os seus apoiantes e os manifestantes que ao longo de dias têm pedido a sua demissão. A oposição aos apoiantes de Mubarak, que surgiram no Cairo armados e organizados, prolongou-se durante todo o dia de ontem. As duas facções envolveram- -se em violentos confrontos na Praça Tahrir (da Libertação), num contraste com o espírito de euforia dos últimos dias. De um lado, o bloco de manifestantes antigoverno, que há oito dias não deixa as ruas do Cairo; do outro, milhares de apoiantes de Mubarak, que apareceram montados em cavalos e camelos e armados com barras de ferro e tacos de basebol, contra os que pedem a saída do presidente.


Depressa a praça se tornou palco da maior batalha campal desde o "Dia da Raiva", a 25 de Janeiro, quando as duas frentes entraram em conflito e começaram a atacar-se mutuamente com pedras e cocktails molotov, a partir do topo dos edifícios e na praça. Imagens dos canais de televisão no local mostram várias pessoas com pás, a destruir o pavimento da rua para usarem os pedaços como arma de arremesso, enquanto testemunhas no local relatam através do Twitter que alguns apoiantes do presidente empunhavam catanas.

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