Com
poucos recursos, muito talento e uma imensa vontade de acertar, jovens
universitários transformaram boas ideias em excelentes negócios. Confira a
matéria completa que saiu na revista Administradores nº 0
Romero Rodrigues cursava
Engenharia Elétrica na Poli USP quando, junto com seus colegas, pensou em uma
idéia que mais tarde revolucionaria o comércio eletrônico brasileiro.
"Tudo começou quando um dos meus amigos (hoje sócio), Rodrigo Borges,
procurava na Internet um modelo de impressora para comprar. Depois de pesquisar
bastante, ele não encontrou nada sobre preço ou especificações técnicas.
Concluímos que era uma
oportunidade a ser explorada e tivemos a ideia de criar um negócio que pudesse
solucionar esse problema".
Com começo difícil, o grupo
de estudantes retirava do próprio bolso 100 reais ao mês, cada um, para cobrir
os custos de manutenção. "No início, tivemos dificuldades na aceitação do
conceito da empresa. Os varejistas não tinham tanto interesse em abrir seus
preços para serem comparados na internet. No entanto, revertemos essa situação
na medida em que melhoramos nossa audiência, e nos transformamos na porta de
entrada do comércio eletrônico no Brasil".
O jovem estudante de
Engenharia tornou-se, hoje, o presidente do grupo BuscaPé, site referência na
comparação de preços de produtos pela internet, com nove empresas acopladas e
atuante na cadeia de varejo em mais de 20 países.
Empreendedorismo entre gerações
Outro empresário que começou
cedo sua aventura no mundo dos negócios foi Bruno Tomasi. Aos 23 anos, Bruno
soube enxergar na fábrica de peças e acessórios de metal para banheiras do avô,
uma oportunidade de expansão para os negócios de decoração em lavabos e banheiros.
Hoje, com 28 anos, é dono da Doka Bath Works, referência quando se trata em
decoração de banheiros de luxo. Os produtos da Doka são exportados para os
Estados Unidos e Europa e suas peças viraram tendência nos projetos mais
ousados e charmosos dos principais arquitetos do mundo.
A vocação para empreendedor,
aliada à formação em Administração de Empresas, possibilitou a Bruno Tomasi
evoluir em seu negócio. "Apesar de alguns anos trabalhando em conjunto com
meu pai e avô, sempre tomei decisões embasadas em pesquisas junto ao mercado, o
que sempre me deu confiança para seguir minhas convicções, sair do mundo das
ideias e realmente implementar projetos reais. Depois da Doka, já empreendi um
outro negócio e tenho certeza de que não vou parar por aqui".
As possibilidades
encontradas pelos dois empresários, Romero e Bruno, só aconteceram pelo fato de
terem acreditado e investido em suas ideias. Uma das lições aprendidas por
começarem um empreendimento tão cedo foi compreender que qualquer projeto
demanda esforço e intenso trabalho por um longo período. Manter-se atento às
tendências do mercado, e não se deixar desmotivar por algumas dificuldades
foram outras regras. Bruno Tomasi destaca também que "muitas vezes, a
falta de capital estanca o início do projeto, mas hoje existem diversos
programas de incentivo às empresas, encontrados no BNDES e FINEP, por
exemplo."
Acima, você pode conferir a matéria na revista
Administradores
Incubadoras como parceiras
Outra forma de colaborar
para a concretização de um projeto é através das Incubadoras de empresas. Elas
estimulam a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas através de
suporte técnico, gerencial e formação complementar para os empreendedores.
Catarina Azevedo, coordenadora da Incubadora de Empresas da Universidade Veiga
de Almeida, no Rio de Janeiro, relata que enquanto 56% dos empreendimentos
fecham as portas até o terceiro ano de vida, as empresas que são incubadas têm
mais possibilidades de darem certo. "Por conta do suporte desse sistema, a
taxa de mortalidade das empresas vinculadas às incubadoras no Brasil é menor
que 20%."
Quem soube aproveitar essa
colaboração, foi o empresário carioca Marcius Costa, que conseguiu tirar do
papel sua idéia do Motofog, uma moto fumacê com o escapamento adaptado usada no
combate de pragas agrícolas e vetores urbanos, como a dengue. Com a assistência
da Incubadora da UVA, a empresa ganhou parceiros tecnológicos ligados ao
Instituto Genesis na PUC- Rio e teve sua tecnologia patenteada no INPI. "A
incubadora foi fundamental para ingressar no mercado. Ela ofereceu todo suporte
que seria necessário com muito investimento e um canal de network que
demoraríamos anos para adquirir", salienta Marcius.
Esse planejamento certo, fez
com que a Fumajet, empresa do Marcius, já colhesse os frutos. Recentemente ela
venceu o Desafio Brasil Intel 2010, competição entre empresas e empreendedores
de inovação tecnológica que reuniu mais de 162 equipes de todas as regiões do
país.
MAIS DO QUE EXEMPLOS
Veja a história de gigantes
internacionais que também começaram no dormitório da universidade
Facebook
Surgiu como um site para que
um grupo de colegas colocassem fotos e trocassem informações. Montado em um
quarto da Universidade de Harvard, em 2004, pelo estudante Mark Zuckerberg, a
rede social, hoje, conta com mais de 500 milhões de usuários e vale US$ 33
bilhões.
Dell Computers
Michael Dell, aos 19 anos,
começou a vender os computadores que montava em seu dormitório na Universidade
do Texas. Passou de um capital de US$ 1.000, em 1984, para faturar US$ 60
bilhões somente em 2010.
Google
Dois estudantes de doutorado
de Ciência da Computação da Universidade de Stanford, Sergey Brin (23 anos) e
Larry Page (24 anos), criaram um sistema de busca que, em 1998, foi chamado de
Google. Hoje, a organização é considerada uma das principais empresas do mundo.
1. Analisar imparcialmente o
potencial de mercado e o grau de inovação da sua ideia;
2. Apresentar uma proposta
de negócio à Incubadora de Empresas;
3. Elaborar um bom plano de
negócio do empreendimento que quer realizar;
4. Passar na apresentação da
banca examinadora;
5. Participar do sistema de
incubação aproveitando ao máximo os subsídios e oportunidades oferecidas.
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