quinta-feira, 12 de abril de 2012

F1 decide nos próximos dias sobre corrida do Barein

Por Redação, com Reuters - de Dubai/Xangai


Os organizadores da Fórmula 1 devem decidir nos próximos dias se realizam ou não o Grande Prêmio do Barein neste ano, levando em conta os protestos antigoverno que já levaram ao cancelamento da corrida de 2011.
Há confrontos diários nas ruas, um ativista está em greve de fome na cadeia, e a oposição diz que a corrida deveria ser cancelada. Já os organizadores e o governo dizem que a situação está sob controle, e que não há motivo para cancelar o GP.
Protestos previstos para depois das orações islâmicas de sexta-feira podem influir na decisão, mas até agora a categoria parece inclinada a realizar a prova.
- A corrida está no calendário, está marcada – disse o chefe comercial da F1, Bernie Ecclestone, em Xangai, onde acontece a próxima etapa da temporada – As únicas pessoas que podem fazer algo a respeito são as da autoridade esportiva nacional, que podem pedir a retirada do calendário. Se não… estaremos lá.
O Barein se orgulha de ter sido o primeiro país do Oriente Médio a receber a F1, em 2004. A edição de 2010 atraiu mais de 100 mil visitantes, que gastaram meio bilhão de dólares no pequeno país.
A realização da corrida seria também uma oportunidade para que a monarquia sunita mostrasse que há um progresso no processo de reformas e de conciliação com a maioria xiita da população.
A corrida do ano passado foi inicialmente adiada, e depois cancelada, por causa dos protestos dos xiitas contra a monarquia, parte da Primavera Árabe. Mais de 30 pessoas morreram na repressão, que teve ajuda de forças militares sauditas.
O GP do Barein neste ano está marcado para o fim de semana de 20 a 22 de abril, e uma decisão deve ser tomada neste fim de semana pelas equipes em Xangai.
- A sexta-feira sempre é o dia mais movimentado de protestos (no mundo árabe) – comentou o membro de uma equipe, pedindo anonimato - Então sábado pode ser um dia provável para uma reunião de emergência.
Entre as equipes, a McLaren tem vínculos particularmente estreitos com o Barein, já que o fundo soberano do reino, chamado Mumtalakat, possui 42 por cento das ações do grupo McLaren e 50 por cento do seu braço automotivo.

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