quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tucanos usam máquina pública para decidir questões partidárias

Por Redação, com Vermelho.org.br



PSDB
Os pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo usaram espaços físicos e telefones vinculados às pastas do Estado para abordar temas específicos da disputa tucana
Os pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo usaram estruturas de comunicação das secretarias de Estado para tratar de assuntos relativos às prévias do partido.
Nos últimos quatro meses, assessores de comunicação utilizaram espaços físicos e telefones vinculados às pastas dos pré-candidatos para abordar temas específicos da disputa tucana, marcada para março.
Em síntese, utilizaram recursos financiados pelos contribuintes do estado para decidirem assuntos internos do partido – com finalidade unicamente eleitoral.
A questão sobre o uso das estruturas do Estado na pré-campanha veio à tona na semana passada, quando o Twitter da Secretaria de Cultura, administrada pelo pré-candidato Andrea Matarazzo, repassou mensagem com elogio ao tucano. A pasta disse que a conta na internet fora violada e pediu à polícia investigação.
Por orientação dos pré-candidatos, questões político-partidárias foram encaminhadas para assessores das pastas, que têm remuneração paga com recursos do Tesouro.
A estrutura de comunicação da secretaria do Planejamento, tocada pelo presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, também foi acionada para demandas sobre o PSDB.
Os números dos telefones dos assessores, por meio dos quais são respondidas informações institucionais das pastas, foram usados no horário comercial para marcar compromissos de pré-campanha de Matarazzo, Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia).
No caso da Secretaria de Meio Ambiente, o telefone é pessoal da assessora. Nos demais casos, o governo não disse de quem eram os celulares. E-mails sobre prévias também foram respondidos por assessores dentro das secretarias.
A Secretaria de Comunicação do Palácio dos Bandeirantes informou que nenhum funcionário está autorizado a fazer atividades para as quais não foi contratado.
No dia 27 de janeiro, o Estado ligou para o diretório municipal do partido e pediu pela assessoria de imprensa. Recebeu, então, a informação de que questões sobre a legenda eram tratadas pela comunicação da Secretaria do Planejamento — pasta que deveria tratar exclusivamente das prioridades e estratégias do governo do estado de São Paulo para a área.

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