segunda-feira, 19 de março de 2012

Começa hoje a Semana Municipal de Combate à Tuberculose

Por Prefeitura de Governador Valadares

Para lutar contra a doença, que apresenta mais de cem novos casos a cada ano em Valadares, haverá blitz educativa e apresentação microscópica do bacilo causador da moléstia
Começa hoje (19) e segue até sexta-feira (23), em Governador Valadares, a Semana Municipal de Combate à Tuberculose. Serão cinco dias de atividades educativas realizadas pelas Estratégias Saúde da Família (ESF) em parceria com o Centro de Referência em Doenças Endêmicas e Programas Especiais (Creden-PES). A semana, que tem o objetivo de explicar os sintomas, em especial a tosse, e a forma de tratamento da doença, antecede o Dia Mundial da Tuberculose, comemorado no próximo sábado (24).
A valorização da tosse como sintoma da tuberculose é o enfoque da semana por um motivo importante: segundo a médica sanitarista e coordenadora municipal de controle à tuberculose, Katiuscia Cardoso Ramalho, como a tosse pode ser sintoma de diversas doenças, é comum as pessoas não relacioná-la imediatamente à tuberculose, o que pode retardar o diagnóstico. “Quem tosse por mais de três semanas, independentemente da causa aparente, deve procurar o exame para a identificação da doença. Quanto antes houver uma avaliação, mais rápido será o diagnóstico e a cura – e a transmissão será interrompida”, explica.
Para a Semana de Combate à Tuberculose, o Creden-PES preparou um microscópio que ficará na sala de espera onde os pacientes poderão visualizar o bacilo causador da doença, além disso, dúvidas serão respondidas por um profissional do Centro. As ESF também programaram atividades. Um exemplo são as ESF Santos Dumont e SIR 1 e 2, que farão uma blitz educativa. Na quinta-feira (23), a partir das oito horas, as equipes de saúde estarão na Rua Moacir Paleta, entre a entrada do Conjunto SIR e a Universidade Vale do Rio Doce (Univale), com faixas e panfletos. “O número de casos naquela região não é tão alto. É justamente isso que preocupa: a doença fica escondida. A pessoa pensa que é uma simples tosse e não procura atendimento”, justifica Lucas Lima Barbosa, enfermeiro e coordenador da ESF Santos Dumont.
Mais de 100 novos casos de Tuberculose por ano em Valadares
Diante da importância do diagnóstico rápido, todos que tossirem por três semanas ou mais devem fazer o exame de escarro em dois dias seguidos. Além de simples, o exame é gratuito e pode ser realizada no Creden-PES, que fica na Rua Osvaldo Cruz, 21, Centro. Só no ano passado, 123 novos casos foram identificados em Valadares. Em 2009 e 2010, o número de novos casos foram 121 e 84 respectivamente. Para este ano, são esperadas 135 pessoas diagnosticadas com a doença. Até fevereiro, 19 casos novos foram notificados, o que, segundo Katiuscia Ramalho, está dentro do esperado. No Brasil, anualmente, são notificados aproximadamente 71 mil casos novos e 4,6 mil mortes em decorrência da doença.
Valadares na meta de cura
O Ministério da Saúde recomenda que pelo menos 85% dos novos casos de tuberculose sejam curados. Nos últimos três anos, Valadares tem alcançado esse índice. Em 2009, houve 87,1% de cura de novos casos e, em 2010, o índice foi de 85% – números que levaram o município a ser condecorado com honra ao mérito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em 2011, o município alcançou novamente 85% de cura.
Padrinhos para combater o abandono
Katiuscia explica que, mesmo com resultados satisfatórios, o abandono do tratamento – que tem duração de seis meses – ainda é um assunto preocupante e que requer esforços de toda a equipe de saúde. Uma forma encontrada para reduzir essa desistência é realizar o chamado tratamento diretamente observado, que envolve os profissionais das unidades de saúde e/ou os padrinhos de dose (geralmente familiares), que se responsabilizam, juntamente com o paciente, pelo fornecimento diário da medicação.
De acordo com a coordenadora do Creden-PES, Regina Barbosa Cypriano, os profissionais de saúde ou padrinhos de dose se tornam estimuladores e fiscais dos pacientes para que eles tomem corretamente a medicação. ”Se o paciente toma o remédio de forma irregular pode criar uma resistência ao bacilo, que não será eliminado, o que dificultará o combate à doença. Por isso, é importante manter o tratamento até o fim”, aconselha Regina.

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