segunda-feira, 5 de março de 2012

Setor privado da zona do euro volta a declinar em fevereiro

Por Redação, com Reuters - de Londres
euro

Uma forte desaceleração entre empresas italianas e espanholas levou o setor privado da zona do euro de volta ao declínio no mês passado, frustrando esperanças de que a região possa evitar outra recessão, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira.
A Alemanha, a economia mais saudável da região, continuou a se expandir, mas em um ritmo mais lento, enquanto a atividade econômica na França ficou estável, apesar de uma melhora das perspectivas para os próximos meses.
O PMI Composto da zona do euro do Instituto Markit, que mede a atividade de empresas manufatureiras e de serviços da região, caiu para 49,3% em fevereiro, abaixo da leitura preliminar de 49,7 e da leitura de janeiro, de 50,4.
Uma leitura abaixo de 50 denota uma contração na atividade, o que significa que o setor privado ficou preso em um modesto declínio em cinco dos últimos seis meses.
- Nesse estágio, nossa melhor estimativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) da região vai se contrair 0,1% nos primeiros três meses do ano – disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.
Uma pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters com economistas no mês passado previu que a economia da zona do euro vai encolher 0,2% no atual trimestre, levando o bloco à sua segunda recessão em três anos. Define-se recessão a partir de dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.
-A fraqueza persistente em países como a Itália e a Espanha também reprime qualquer crescimento em outros países da zona do euro, que tradicionalmente depende de negócios dentro da região, pressionando a recuperação na Alemanha, França e em outras nações do norte da zona do euro – disse Williamson.
O setor de serviços da Espanha se deteriorou significativamente no mês passado, de acordo com os dados do PMI divulgados nesta segunda-feira, enquanto as empresas do setor de serviços da Itália entraram no nono mês seguido de declínio, com esperanças escassas de retorno do crescimento em breve.
O desemprego da zona do euro subiu para 10,7% em janeiro. O componente de empregos da pesquisa do PMI sugeriu que o mercado de trabalho não vai melhorar logo, ao mostrar que o indicador caiu de 49,4 em janeiro para 49,1 no mês passado, a pior leitura desde março de 2010.
O PMI do setor de serviços, que representa a maioria da economia privada da zona do euro, também caiu abaixo da marca de 50 em fevereiro, para 48,8, após atingir 50,4 em janeiro.
- A renovada contração do setor de serviços em fevereiro é uma grande decepção, e a fraqueza do setor arrisca levar a zona do euro de volta à recessão –  afirmou Williamson.
- O fato de o emprego cair novamente em fevereiro nos lembra quão desconfortáveis as empresas estão com as perspectivas empresariais, com a criação de empregos caindo até mesmo na Alemanha – disse Williamson.

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