segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aécio coopta Força para montar núcleo sindical do PSDB em Minas

 Por Redação, com agências de notícias - de Belo Horizonte
Aécio
Aécio e Anastasia tiveram mais votos do que Serra, em Minas, nas últimas eleições
A Força Sindical de Minas Gerais se prepara para uma cooptação em massa ao PSDB. O evento está marcado para 20 de agosto, na sede do PSDB-MG, em Belo Horizonte, com as presenças do governador Antonio Anastasia e do senador AécioNeves, principais lideranças tucanas no estado.Na ocasião, cerca de 130 dirigentes sindicais se filiarão ao PSDB.
É o que prevê o presidente da Força em Minas, Rogério Fernandes, que deixa o PDT e a base aliada ao governo Dilma, para integrar os quadros tucanos. Segundo ele, dirigentes de 70 cidades deixam não apenas o PDT mas também o PMDB e o PTB.
– Apoiei Aécio e Anastasia, mas é cedo para dizer quem vamos apoiar em 2014 – diz Fernandes, sem dar detalhes da repentina saída da base do governo.
O dirigente sindical tergiversa:
– A Força é plural. Não existe apenas uma corrente.
Em Minas, a Força reúne cerca de 200 sindicatos, com aproximadamente 30 diretores cada um. No plano nacional, a Força apoiou a eleição de Dilma. Com a filiação em massa em Minas, a entidade sinaliza que parte da sua base está mudando de rumo.
– São movimentos de apoio ao senador Aécio Neves. Entendemos ser importante para o PSDB olhar para a questão sindical – entrega o presidente do PSDB de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite.
Apesar de negar a vinculação da filiação em massa ao projeto presidencial de Aécio em 2014, o dirigente da Força em Minas diz ser simpático à candidatura do mineiro ao Palácio do Planalto na próxima eleição.
– Vejo com certa simpatia a candidatura do Aécio – admite.
Ele conta que pretende criar um braço no PSDB mineiro, o PSDB Sindical, que já existe em São Paulo. Dirigentes do PSDB Sindical de São Paulo devem comparecer ao evento em Belo Horizonte.
Questionado sobre o impacto que a filiação pode ter na Força nacionalmente, o dirigente mineiro diz que Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente nacional da entidade e deputado federal pelo PDT, “respeita muito a pluralidade e não vai perseguir” os novos tucanos. Paulinho é parte da base aliada, é filiado ao PDT e tem muita influência no Ministério do Trabalho. A pasta é comandada por Carlos Lupi, presidente nacional da sigla.
Paulinho demonstrou surpresa ao ser informado pelo portal de internet iGsobre a revoada da Força para o ninho tucano. Já João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical no Brasil, considerou normal a movimentação da entidade em Minas. Segundo ele, a Força não tem “critério de direcionamento político” e incentiva a participação do trabalhador em partidos políticos.
– O que garante a unidade são decisões em congressos, para debater apoios nas eleições. Isso não significa uma divisão na Força, pois possuímos muitos segmentos – diz Juruna.

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