sexta-feira, 22 de julho de 2011

RS: mais de 10 mil pessoas abandonam casas devido às chuvas


22 de julho de 2011  08h33  atualizado às 09h33

Chuvas contínuas provocaram cheias no Vale do Taquari. Foto: Juremir Versetti/Agência Freelancer/Especial para Terra
As enchentes deixaram 5.581 desabrigados e 4.586 desalojados, sendo que a pior situação no momento é na região do Vale do Paranhana
Foto: Juremir Versetti/Agência Freelancer/Especial para Terra
As chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul desde o início desta semana afetaram ao menos 50 mil pessoas no Estado, segundo a Defesa Civil. As enchentes deixaram 5.581 desabrigados e 4.586 desalojados. A pior situação no momento é na região do Vale do Paranhana, formada pelas cidades próximas ao rio Paranhana, afluente do rio dos Sinos, que abrange áreas dos municípios de Igrejinha, Parobé, Riozinho, Rolante, Taquara e Três Coroas.
As cidades de Novo Tiradentes, Lajeado e Encantado decretaram situação de emergência e mais oito municípios enviaram Notificação Preliminar de Desastre. O aumento do nível do rio Caí, no Vale do Caí, deixou o governo gaúcho em alerta para um cheia recorde na cidade, pois medições da Defesa Civil apontam que as águas sobem cerca de 20 cm por hora. O rio está 5,8 m acima do normal e a maior cheia da década ocorreu em 2007, quando o nível chegou a 6,58 m. Em São Sebastião do Caí e Montenegro, moradores recorrem a barcos para percorrer alguns locais.
Segundo o major da Defesa Civil Ari Ferreira, as consequências das enchentes devem ser mais intensas a partir de hoje, pois a chuva diminuiu e os rios começaram a transbordar. "Estamos em contato permanente com os coordenadores regionais e municipais. Já houve pedidos de colchões e cestas básicas em São Sebastião do Caí, Taquara e São Leopoldo", afirmou.
O órgão alerta que os moradores próximos a encostas e rios devem estar preparados para deixar suas residências. "A nossa orientação é que as pessoas que moram nessas áreas observem o movimento das águas e a situação das encostas e procurem entrar em contato com os bombeiros municipais e a Defesa Civil, para que eles façam inspeções. Quem perceber que não pode permanecer, que facilite o trabalho de remoção, pois isso pode causar um problema maior", advertiu o major Ferreira.
Estradas interditadas
De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), diversas estradas tiveram de ser interditadas devido a deslizamentos, acúmulo de água na pista e cheias de rios. A ERS-122, do km 42 ao km 51, em São Vedelino, está interditada devido ao risco de desmoronamento. O desvio é feito no acesso a Feliz ou pela RSC-470.
Na ERS-448, a queda de uma barreira deixou a pista interditada no km 8, entre Nova Roma do Sul e Farroupilha, e na ERS-431, do km 15 ao km 18. Nas ERS- 441, 124 e 240, há interdição em Vista Alegre do Prata, Pareci Novo e Pareci Velho. O problema maior é na ERS-020, em Taquara, devido a um deslocamento de pista de 5 cm de profundidade.
Um desmoronamento interditou o km 34 da ERS-115, em Gramado e Três Coroas. Os funcionários da Concessionária da Brita trabalham no local para liberar a rodovia. A ponte sobre o rio da Várez, em Barra Funda, no km 29 da ERS-569, está interditada e o desvio deve ser feito pela BR-386, em direção a Seberi. Na RSC-480, dois trechos estão interrompidos: em Nonoai, divisa com Santa Catarina, e em Erval Grande, após o rio Passo Fundo atingir uma ponte.
Há problemas também na RSC-452, em Boa Vista do Sul; ERS-129, em Estrela; ERS-416, de Poço das Antas a Teutônia; ERS-130, do km 28 ao km 38, em Mariante; ERS-122, em São Vedelino; ERS-448, em Nova Rosa do Sul, e ERS-431, em Cotiporã.

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