segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sem máquinas, produtores do ramal São Francisco abrem ramal com as próprias mãos


DO Ac24Horas
Cerca de 130 produtores do município de Porto Walter, da mesorregião do Vale do Juruá, vivem o drama da falta de condições para o escoamento de seus produtos. Para não verem estragar toneladas de farinha, melancia e arroz, eles iniciaram um mutirão a começaram a abrir com as próprias mãos os trechos mais críticos do ramal São Francisco.
riscoA situação é semelhante no Projeto de Assentamento Vitória. Lá, o senhor Adalgizio perdeu toda a safra de melancia. Ele luta para conseguir trazer para a cidade, a sua produção de açúcar gaúcho. Um dos maiores problemas enfrentados pela população, além de ramais intrafegáveis, são as pontes. Os produtores que possuem transportes se arriscam em passagens por verdadeiras pinguelas.
Pelo telefone, o vereador Arnoldo [PMDB], disse que os recursos para as melhorias nos ramais foram repassados para a Prefeitura, mas que até a segunda quinzena deste mês, nenhuma máquina tinha iniciado os serviços na região.
- Dinheiro tem, mas até o momento não se sabe por que a prefeitura não iniciou nenhuma melhoria. Com as chuvas que ainda castigam a região está todo mundo com risco de perder a produção – alertou o vereador.
Ainda segundo o vereador, mesmo parte da população sendo rural na estrutura da prefeitura não existe uma secretaria de agricultura. Arnoldo afirmou que se até a próxima semana as máquinas não iniciarem o trabalho de recuperação de ramais, os produtores devem radicalizar suas ações pedindo melhorias.
Uma das medidas que o parlamentar deverá fazer é formular as denuncias junto ao Ministério Público. Arnoldo também garantiu que através da ajuda da deputada Antônia Sales, fará com que as imagens chegem ao INCRA.
- Nossa população, o povo que relamente precisa ser assistido precisa saber que existem recursos para fazer as benfeitorias necessárias para ele escoar seu produto e viver bem, se não fazem é por mal vontade. Onde estão os recursos do empréstimos que eram destinados para o tal desenvolvimento sustentável? - questionou Arnoldo.
Jairo Carioca - da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com 

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