segunda-feira, 20 de junho de 2011

Após ocupação, Mangueira tem mutirão de limpeza

  Redação, com Agência Rio de Notícias - do Rio de Janeiro
As forças de segurança do Estado do Rio, com apoio de unidades das Forças Armadas, ocuparam o complexo da Mangueira, neste domingo
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, iniciou na manhã desta segunda-feira, um mutirão de serviços para a melhoria dos acessos aos morros da Mangueira, Telégrafos, Candelária e Tuiuti, ocupados neste domingo pela Unidade de Polícia Pacificadora. No total, 190 homens formarão as equipes, da Coordenadoria Geral de Conservação (CGC), Rioluz e Comlurb, que irão trabalhar ao longo da semana.
Os primeiros logradouros a receberem os serviços serão as principais entradas e vias de acesso às comunidades. A CGC, com 50 homens, realizará prioritariamente a recuperação da pavimentação asfáltica, desobstrução das redes pluvial e de esgotos e limpeza de valas.
Além disso, a equipe especializada da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) trabalhará na retirada de obstáculos implantados pelos traficantes nas vias da comunidade, seguindo as prioridades estabelecidas pela Policia Militar e no apoio as ações de ordenamento urbano da Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), com o uso de maçaricos de alta potência, britadeiras e retroescavadeiras.
A Rioluz fará a reformulação, manutençao e correção preventiva da iluminação com 90 técnicos, apoiados por sete kombis com escadas, 11 caminhões com cestos aéreos, um caminhão munck, um caminhão baú e oito carros pequenos.
Além do trabalho de manutenção em ruas como Visconde de Niterói, Ana Neri e Capitão Félix, as principais entradas das comunidades terão o sistema de iluminação reformulado, com aumento da luminosidade, nos seguintes logradouros: ruas Saião Lobato e Poteri (Mangueira), Abdon Milanez e Dias da Silva (Telégrafos), da Pedreira (Candelária) e Marechal Jardim (Tuiti).
A Comlurb trabalhará com 50 garis na remoção de entulhos e limpeza das principais vias. As equipes terão apoio de duas pás mecânicas e cinco caminhões basculante. O objetivo da Prefeitura do Rio é elevar o nível de serviços prestados nas comunidades como está sendo feito nas áreas onde já foram instaladas as UPPs.
As comunidades do conjunto da Mangueira também ganharão nova logística de coleta de lixo, reformulação da iluminação, e serviços de conservação para melhorar a ambiência e segurança da comunidade, o que torna-se possível a partir da retomada do controle do território pelo Estado.

A primeira madrugada e a primeira manhã após a ocupação do Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, pelas forças de segurança do Estado para a implantação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na manhã de domingo, foi de tranquilidade. Policiais civis e militares reforçaram o policiamento nos principais acessos à comunidade e ao Morro do Tuiuti.
No único incidente registrado até agora, um homem identificado como Aloysio Mattos Martins Júnior, de 45 anos, morreu ao tentar furar uma blitz armada para impedir a fuga de bandidos da comunidade. Ele estava armado com uma pistola 9mm encontrada em um Honda Fit que ele ocupava com outros dois bandidos, que conseguiram fugir. Aloysio foi atingido durante troca de tiros com PMs na Avenida Prefeito Olímpio de Melo, próximo ao Largo de Benfica. Levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, não resistiu aos ferimentos.
As forças de segurança do Estado do Rio, com apoio de unidades das Forças Armadas, ocuparam o complexo da Mangueira, na Zona Norte do Rio. A operação é a primeira etapa do processo de instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Com a nova unidade, o Governo do Estado fechará o cinturão de segurança do Complexo da Tijuca, onde já existem as UPPs do Borel, Formiga, Andaraí, Salgueiro, Turano, Macacos e São João.
Cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão) ocuparam a Mangueira e as comunidades vizinhas dos morros dos Telégrafos, do Parque Candelária e do Tuiuti.
A operação, que ocorreu sem confrontos, contou ainda com o apoio dos chamados ‘caveirões` e retroescavadeiras do Bope e de helicópteros das polícias Militar e Civil, além de policiais da 17ª DP (São Cristóvão) e de agentes da Polícia Federal.
Quatro helicópteros, sendo dois blindados, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas, motos, ônibus, ambulâncias e reboques também participaram da missão, como aconteceu na retomada dos complexos do Alemão e Penha, no fim do ano passado, e de São Carlos/Santa Teresa, em fevereiro.
Entre os blindados, o anfíbio Lagarta M-113, capaz de derrubar barreiras de concreto e ferro, colocadas pelos traficantes, foi usado para transportar parte da força de ocupação ao alto dos morros. Ele tem capacidade para levar até 12 pessoas de uma vez e possui uma metralhadora calibre 50, com poder para derrubar até aeronaves.

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