sexta-feira, 17 de junho de 2011


Clima da Amazônia está imprevisível e preocupa especialistas

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Nunca o rio Acre teve três grandes enchentes simultâneas e há 50 anos não se via períodos tão secos
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) realiza encontro em Rio Branco entre representantes do Brasil, Peru e Bolívia para preparar documento, em que juntas, as três nações, vão montar propostas de redução de desmatamentos.

Os departamentos de Pando na Bolívia e Madre de Dios no Peru, juntamente  o Estado no Acre, no Brasil, têm uma das maiores áreas de florestas tropicais contínuas, e o melhor, conservadas. Essa área que tem apenas 8% de desmatamento ajuda a regular o clima no planeta.

Quando for fechada uma política que ajude a equilibrar o clima, a proposta segue para o presidente dos três países envolvidos para que seja homologada.

O documento será apresentado no COP 17, um encontro de 109 países que vão discutir o meio ambiente. De Acordo com Elsa Mendoza, coordenadora do Ipam, a ideia é fazer todas essas nações conhecerem e valorizarem essa parte da Amazônia tão importante para o resto do planeta.

O pesquisador Foster Brown, professor da Universidade Federal do Acre, mostrou aos participantes como nosso clima está diferente: “A Amazônia começou a sofrer extremos”, disse Brown.

Nunca o rio Acre teve três grandes enchentes simultâneas. Há 50 anos não se via períodos tão secos. Se não se chegar a um acordo agora, para se reduzir os ataques ao meio ambiente, daqui a 10 anos ninguém sabe que tipo de resposta a natureza pode dar.

O IPAM faz a estimativa que para o ano de 2030, o desmatamento ao longo das estradas provocará uma perda aproximada de 97 mil quilômetros quadrados de cobertura florestal, quatro vezes a área desmatada atualmente.

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