REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
Conciliação está prevista no acordo bilateral entre os países, de 1954
A Itália vai solicitar às autoridades brasileiras a criação de uma comissão de conciliação para rever a decisão do governo brasileiro de não extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battiti.
A Comissão Permanente de Conciliação está prevista no acordo bilateral entre os países, de 1954. Em nota divulgada nesta sexta-feira (17), o Ministério de Relações Exteriores da Itália afirmou que o país continua disposto a "realizar todas as iniciativas necessárias para buscar a revisão da decisão que validou a negativa à extradição de Cesare Battisti". O governo italiano já nomeou o jurista internacional Mauro Politi para ser membro da comissão, que terá quatro meses para concluir os trabalhos. Depois disso, se não houver acordo, a Itália ainda poderá recorrer à Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda. A decisão de não extraditar Battiti foi tomada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de junho. Battisti era membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, e foi condenado à prisão perpétua em 1993 pela Justiça italiana por quatro assassinatos. Battisti está no Brasil desde 2004, e foi detido em março de 2007 no Rio de Janeiro em uma operação conjunta de agentes do Brasil, Itália e França. Após isso, as autoridades de Roma solicitaram a extradição do ex-ativista.
BC
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