Ter, 21 de Junho de 2011 14:20
Fabio Pontes Procurador diz que tem mesma estrutura do TJ e orçamento de 2,5%
O
procurador-geral de Justiça, Sammy Barbosa Lopes, afirma que não ficará
no Muro das Lamentações para pleitear mais recursos para o Ministério
Público Estadual. Essa é a primeira vez que o procurador fala sobre o
embate entre Judiciário e Executivo, com o primeiro reivindicando uma
fatia maior do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Sammy Barbosa analisou os comentários de reportagem publicada no final de semana por Agazeta.net.
Na matéria foram revelados comentários que o presidente do Tribunal de
Justiça, desembargador Adair Longuini, fez sobre uma possível “omissão”
do Ministério Público e do Tribunal de Contas por conta das ingerências
do Executivo nas finanças dos poderes, além de outras questões.
O procurador afirma que se encontrou com Longuini e afirmou a ele ter
recorrido a outros métodos para melhorar a situação financeira do MP,
como reuniões com o ex-governador Binho Marques, deputados estaduais e a
bancada federal.
Um dos apontamentos realizados por Barbosa é a disparidade entre os
orçamentos do Judiciário e do Ministério Público. Enquanto o TJ abocanha
8% do Orçamento, o MP conta com 2,5%.
“Nossos salários [TJ e MP] são os mesmos, as carreiras, idem. A
situação do MP é mais complicada por temos muitas áreas que não são
atendidas pelo TJ. Quando assumi a procuradoria sabia das dificuldades
que enfrentaria”, afirma ele.
Dos R$ 30 milhões anuais que o MP dispõe, 80% tem como destino a folha de pagamento.
Sammy ressalta que o Judiciário tem, em termos percentuais, o maior
Orçamento entre os 27 tribunais estaduais. A média dos Estados, seguindo
ele, é de 6%, com os MPs ficando com 3%. “A diferença entre as verbas
do TJ e do MP no Acre é de quatro vezes.”
Além disso, os recursos anuais do Ministério Público são menores do
que os da Assembleia Legislativa. Enquanto a estrutura da Assembleia se
resume somente a Rio Branco, o MP tem promotorias espalhadas pelos 22
municípios. O Parlamento abocanha ao menos 5% do OGE.
O procurador-geral de Justiça participa na tarde desta terça-feira,
21, da reunião da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia. Uma
das reivindicações da procuradoria será reduzir a disparidade do
orçamento ante o Poder Judiciário.
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