
Sammy Barbosa analisou os comentários de reportagem publicada no final de semana por Agazeta.net. Na matéria foram revelados comentários que o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Adair Longuini, fez sobre uma possível “omissão” do Ministério Público e do Tribunal de Contas por conta das ingerências do Executivo nas finanças dos poderes, além de outras questões.
O procurador afirma que se encontrou com Longuini e afirmou a ele ter recorrido a outros métodos para melhorar a situação financeira do MP, como reuniões com o ex-governador Binho Marques, deputados estaduais e a bancada federal.
Um dos apontamentos realizados por Barbosa é a disparidade entre os orçamentos do Judiciário e do Ministério Público. Enquanto o TJ abocanha 8% do Orçamento, o MP conta com 2,5%.
“Nossos salários [TJ e MP] são os mesmos, as carreiras, idem. A situação do MP é mais complicada por temos muitas áreas que não são atendidas pelo TJ. Quando assumi a procuradoria sabia das dificuldades que enfrentaria”, afirma ele.
Dos R$ 30 milhões anuais que o MP dispõe, 80% tem como destino a folha de pagamento.
Sammy ressalta que o Judiciário tem, em termos percentuais, o maior Orçamento entre os 27 tribunais estaduais. A média dos Estados, seguindo ele, é de 6%, com os MPs ficando com 3%. “A diferença entre as verbas do TJ e do MP no Acre é de quatro vezes.”
Além disso, os recursos anuais do Ministério Público são menores do que os da Assembleia Legislativa. Enquanto a estrutura da Assembleia se resume somente a Rio Branco, o MP tem promotorias espalhadas pelos 22 municípios. O Parlamento abocanha ao menos 5% do OGE.
O procurador-geral de Justiça participa na tarde desta terça-feira, 21, da reunião da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia. Uma das reivindicações da procuradoria será reduzir a disparidade do orçamento ante o Poder Judiciário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário