sábado, 18 de junho de 2011


Para professor, abertura de arquivos secretos não mudará relação do Brasil com outros países

 Por Redação, comk RBA - de Florianópolis
secretos
Arquivos secretos
A divulgação de documentos secretosreferentes à relação histórica do Brasil com paízes vizinhos em nada afetará as relações internacionais do país. A afirmação é do professor Nildo Ouriques, do departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para quem a abertura dos arquivos públicos secretos deve ser decida pelos próprios cidadãos.
– A divulgação dos documentos secretos só fará com que os países vizinhos saibam de tudo que já é suspeitado por eles e fato concreto para os brasileiros. E não mudará  nada nem para a história nem para a relação dos países – defende.
A fala de Ouriques refere-se à manifestação dos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor de Melo (PTB-AL) que posicionaram-se contra o fim do sigilo eterno de arquivos públicos, em especial os que tratam de episódios como a Guerra do Paraguai e a incorporção do Acre. Segundos os parlamentares, a divulgação dos documentos poderia estremecer a relação do Brasil com Paraguai e Bolívia, por exemplo.
Nildo considerada absurdas as colocações feitas pelo senador José Sarney e espera que a presidente Dilma não leve adiante a tentativa de prorrogar ainda mais o sigilo dos arquivos. Segundo ele, a Guerra do Paraguai que aumentou o endividamento externo brasileiro e que se tornou um desastre para a América Latina como um todo, nada pode ter de secreto, além de ter sido um crime histórico.
Já em relação à incorporação do atual território do estado do Acre, o professor ressalta que não há nada que mude em relação ao território que ants pertencia à Bolívia. “Nos apropriamos do território boliviano e também sabemos das denúncias do bolivianos no que se refere à maneira de que essa  apropriação foi feita”, pontua.
Arquivos secretos
Aprovado no ano passado pela Câmara, o Projeto de Lei 41, de 2010, visaa dar fim a decretos que estenderam o prazo de abertura dos arquivospúblicos. Além de não restringir renovações dos documentosultrassecretos, a norma atual dá prazo de 30 anos para que venham à luzos arquivos classificados como secretos, 20 anos os confidenciais e dezanos os reservados.
Pressionada por parte de sua base no Legislativo, a presidenta DilmaRousseff recuou na determinação de que oprojeto tramite em caráter de urgência. A ordem foi repassada pela nova ministra de RelaçõesInstitucionais, Ideli Salvatti, ao líder do governo, Romero Jucá(PMDB-RR), mas o líder do PT, Humberto Costa (PE), avisou que preferemanter o texto que veio da Câmara.

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