quinta-feira, 9 de junho de 2011


Assassino de estudante da USP se apresenta e fica solto

Irlan disse que Felipe foi morto por reagir ao assalto

Um dos criminosos da dupla suspeita de ter matado o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, entregou-se à polícia na tarde desta quinta-feira (9) em São Paulo. Segundo o delegado Mauricio Guimarães Soares, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Irlan Graciano Santiago, 22 anos, assumiu que, ao lado de um comparsa ainda não-identificado, tentou roubar o carro do aluno da Universidade de São Paulo (USP) no dia 18 de maio.

Em seu interrogatório, o bandido disse que a vítima reagiu no momento da abordagem e que, por isso, seu colega acabou efetuando um disparo "a esmo", nas palavras do delegado. Irlan foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte), crime cuja pena varia de 20 a 30 anos de prisão.

Como se apresentou por vontade própria, não tem passagem pela polícia e possui residência fixa, o suspeito já está solto. O delegado assumiu que há "um risco" de criminoso fugir, mas acredita que "seria pior para ele".

Irlan, conhecido como "Queiroz", é morador da favela São Remo e, segundo seu advogado, Jeferson Baddan, teria decidido participar do assalto por enfrentar dificuldades financeiras.

O criminoso confesso chegou a ser colocado diante dos repórteres para explicar sua versão do ocorrido. Segundo ele, o estudante da USP teria dado "dois socos na cara" de seu comparsa e tentado tomar a arma do crime.

Foi nesse momento, disse ele, que o disparo fatal teria sido dado. Nitidamente nervoso e com um gorro na cabeça, o jovem afirmou que praticou o crime "por necessidade". Questionado se teria algum recado para a família de Felipe, afirmou estar "arrependido".

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